Diretor era considerado um dos pais da Nouvelle Vague; informação foi comunicada a um jornal francês pela família
O cineasta suíço-francês Jean-Luc Godard, um dos pais da Nouvelle Vague, morreu nesta terça-feira, 13, aos 91 anos em sua residência, na pequena cidade de Rolle, na Suíça. A informação foi confirmada pelo jornal francês Liberation, que citou um anúncio feito pela família, divulgado pelo conselheiro jurídico e fiscal dos familiares de Goddard, Patrick Jeanneret. Segundo o texto, Godard morreu de “maneira tranquila”, em casa, ao lado da esposa. “O cineasta Jean-Luc Godard faleceu em 13 de setembro de 2022, anunciam sua esposa Anne-Marie Miéville e seus produtores. Não haverá nenhuma cerimônia. Jean-Luc Godard faleceu de maneira tranquila em sua residência, ao lado de seus entes queridos. Será cremado”, diz o comunicado. O conselheiro jurídico disse ainda que a cremação deverá ocorrer dentro de dois dias, talvez na próxima quarta-feira, 14, e que as cinzas permanecerão com a viúva. Com mais de 40 filmes em 70 anos de carreira, Goddard deixa um material repleto de obras-primas e mal-entendidos que o tornaram uma lenda durante sua vida, um marco entre gerações de cinéfilos, com clássicos como “Acossado” (1960) ou “O Desprezo” (1963). Ele também foi responsável por documentários experimentais, curta-metragens, ensaios cinematográficos e vídeos de música. Outros filmes de sua autoria são “Viver a vida” (1962), “Weekend à Francesa” (1967), “Carmen” (1983), “Eu vos saúdo, Maria” (1985) e “Adeus à Linguagem” (2014). Godard e o também cineasta François Truffaut lideraram a “Nouvelle Vague”, que sacudiu o mundo do cinema nos anos 1960. Em 1987, Godard recebeu um César honorário pelo conjunto de sua carreira. Em 2010, recebeu um Oscar honorário por sua obra. O Festival de Cannes também concedeu uma Palma de Ouro especial em 2018. (JP)