(Uma rolinha caldo de feijão, desnorteada, adentrou em minha sacada)
O mundo fito/zoo-ecológico era o seu habitat, fazendo seus ninhos nos ocos dos paus, cantando ao sol nascer para deleite de sua consorte e comendo frutas sem agrotóxicos.
Veio o Homem com sua insanidade e tomou seu lugar, obrigando-os a se mudarem para as Cidades, utilizando os fios elétricos como galhos de árvores, alimentando-se de pão fermentado e voando, encadeados pelos vidros das sacadas dos edifícios, ferindo-se ou até morrendo.
Acudi um deles, nessa situação, que adentrou ao meu apartamento, num voo sem “GPS”, mas felizmente sem se machucar.
No meio urbano, os pássaros se alimentam de restos de comida descartada e produtos de jardim, tornando-as dependentes do que os humanos abandonam, exigindo-lhes adaptação permanente.
Mesmo assim, mantem os ensinamentos com a mãe Natureza, contribuindo para a saúde do ecossistema urbano, seja através do controle de insetos, além de trazer harmonia e beleza ao ambiente.
À medida que se agiganta indiscriminadamente a urbanização, reduzindo os espaços naturais, cada vez mais as aves se ressentem negativamente da poluição do ar, da água e do ruído urbano.
Então, já é sem tempo, uma ação que promova a coexistência entre os pássaros e ambientes urbanos, fundamental à manutenção da biodiversidade, através de projetos de urbanismo sustentável e iniciativas de conservação, integrando a vida selvagem nas cidades, beneficiando tanto os humanos quanto os pássaros. (15.10.2024).
Para contactá-lo: luizferreira1937@gmail.com