A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ministro das comunicações, Juscelino Filho, apontando possíveis desvios de emendas parlamentares durante seu tempo como deputado federal. O caso está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF) e pode levar ao afastamento do ministro. Juscelino, por sua vez, nega as acusações e se declara inocente, expressando confiança de que a Corte rejeitará a denúncia. Esta é a primeira vez que um membro do governo Lula enfrenta uma denúncia formal neste mandato. O ministro Flávio Dino é o relator do caso no STF. Em junho do ano passado, Juscelino já havia sido indiciado pela Polícia Federal, enfrentando acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
O presidente Lula afirmou que, caso ocorra um indiciamento, o ministro será afastado de suas funções. A defesa de Juscelino argumenta que a denúncia não é suficiente para comprovar culpa, destacando que ele apenas fez indicações de emendas para obras, enquanto a execução e a fiscalização dessas ações são de responsabilidade do Poder Executivo. O inquérito em questão investiga a possibilidade de desvio de emendas destinadas à pavimentação de ruas na cidade de Vitorino Freire, no Maranhão, que era administrada pela irmã de Juscelino. O ministro criticou a investigação, alegando que ela distorce a realidade e ignora os argumentos apresentados em sua defesa.
Isac Nóbrega / MCom