Foto: Divulgação/Ibama
Por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, foi afastado do cargo. Ele está no grupo de dez agentes públicos ocupantes de funções de confiança no Ibama e no Ministério do Meio Ambiente que tiveram seu afastamento preventivo decretado pelo magistrado. Moraes também autorizou que a Polícia Federal (PF) cumprisse 35 mandados de busca e apreensão, nesta quarta-feira (19), no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Pará. Entre os alvos da “Operação Akuanduba”, estão endereços ligados ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Em abril deste ano, o chefe da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva, encaminhou ao STF notícia-crime contra Ricardo Salles, por atrapalhar a investigação de madeireiros envolvidos em outra operação chamada de “Handroanthus”, que apreendeu 43.700 toras de madeira supostamente ilegal. Saraiva defende a legalidade da operação e pede que Ricardo Salles seja investigado por “irregularidades”. No início de maio, o Ministro já havia criticado a notícia-crime de Saraiva e denunciou que a queixa foi apresentada pelo delegado no último dia em que ele estava no cargo de Superintendente do Amazonas.
“Tenho me mantido bastante contido em relação aos fatos porque o que consta na notícia-crime é mentira de ponta a ponta”, afirmou, ressaltando que as declarações buscam indiretamente atingir o presidente Jair Bolsonaro.
“Ele (Alexandre Saraiva) é muito ligado à ex-ministra Marina Silva e, mais do que, efetivamente, delegado, ele é um militante político lá, dentro daquela Operação”, disparou.
“Essas acusações do delegado são uma tentativa ridícula de criar algum fato para me atingir e, com isso, atingir o presidente da República. Só que, como eu não devo nada e não fiz nada errado, tenho absoluta consciência daquilo que fiz e faço como ministro do Meio Ambiente. Posso olhar na cara das pessoas, como estou aqui, e dizer o que eu quiser. Não devo nada para vagabundo nenhum”, concluiu Salles.
R7