O sujeito num palanque, cercado de ‘militontos’, faz e acontece. Xinga, difama e afronta.
É o tal de Gregório Duvivier, um humorista sem graça e um ativista sem escrúpulos.
Flagrado em conversa com hacker, o pilantra ‘afinou’ na presença da Polícia Federal.
O jornalista Augusto Nunes, sempre cirúrgico e, este sim, verdadeiramente corajoso, definiu a situação de Duvivier:
“Tão agressivo nos discursos de palanqueiro do PT, tão atrevido ao invocar o direito de ofender a religiosidade alheia, o Duvivier beligerante sumiu assim que a Polícia Federal apreendeu o palavrório sórdido. Entrou em cena o pusilânime pronto para a rendição desonrosa. ‘Ele entregou espontaneamente todas as mensagens trocadas com o hacker, com o objetivo de cooperar com as investigações’, disse o advogado Augusto de Arruda Botelho. Ao declamar sua versão no depoimento à PF, o humorista confirmou que certas demonstrações de covardia requerem mais coragem do que atos de bravura em combate que rendem medalhas e condecorações.”
E prossegue o texto de Augusto Nunes:
“Segundo o advogado, ‘Gregorio explicou detalhadamente que, aleatoriamente, mencionou uma série de nomes, em uma conversa informal, sem qualquer intenção ou interesse de que tais nomes de fato fossem interceptados ou muito menos investigados’. As ‘menções aleatórias, fruto de mera curiosidade’, não incluíram alguma professora de matemática que o perseguia, ou a namorada com quem dividiu o primeiro beijo, ou o vizinho que lhe confiscava o sono ouvindo música sertaneja no último volume. Sem saber por que, o depoente foi logo pensando nos diretores da Globo, no governador Wilson Witzel, no juiz Marcelo Bretas, responsável pelas ações da Lava Jato no Rio, além de outros inimigos do tempo presente. É muito cinismo e pouca vergonha.”
E arremata brilhantemente o jornalista:
“O que deveria ser um depoimento foi uma piada sussurrada por um humorista apavorado. Foi também uma prova de que medo de cadeia cura insolência.” (JCO)