Em entrevista coletiva com Jair Bolsonaro e a equipe médica que o atendeu, após alta de nova internação hospitalar, na manhã desta quarta-feira (5), a repórter Carolina Linhares da Folha resolveu deixar o ‘jornalismo de lado’ e apelar para a narrativa, questionando a legitimidade da facada contra o presidente na campanha de 2018 e dando a entender que o fato será usado politicamente.
“A gente sabe que essa obstrução é uma consequência da facada, mas a dúvida é que durante essa semana foi falado do uso político-eleitoral da facada”, questionou a repórter.
A dura resposta veio primeiro pelo presidente:
“Olha, você está na frente do Dr. Macedo que esteve em quatro cirurgias comigo. É uma agressão ao Dr. Macedo essa pergunta. É uma agressão aos médicos de Juiz de Fora. Querem politizar uma tentativa de homicídio. As imagens mostram a faca entrando e tem o brilho dela inclusive, quando sai. Falar que isso aí é uma faca fake?
O cirurgião, Antônio Luiz Macedo também desmascarou a narrativa e ofereceu detalhes que demonstram que Bolsonaro tem muita sorte por ainda estar vivo:
“A facada cortou dois vasos do mesentério dele, que exigiram a retirada de um pedaço do intestino. A facada ficou a um centímetro da veia cava inferior, que é um dos grandes vasos do abdômen e graça a Deus não pegou a veia cava. Aí ficamos a noite inteira na UTI, naquele seis de setembro. Só de manha cedo que o presidente conseguiu acordar e recuperar a pressão. Dizer que isso não foi uma agressão ou não foi uma tentativa de homicídio?.
Linhares insistiu, perguntou sobre o efeito político da internação e teve que ouvir ‘poucas e boas’ de Bolsonaro.
“Ta de brincadeira comigo, o Dr. Macedo tem sua honra e eu tenho a minha. Três advogados imediatamente chegaram lá, um inclusive com avião particular. Uma pessoa tentou entrar na câmara usando o nome do Adélio como álibi. As pessoas da pousada, duas já morreram, tá muito parecido com o caso do Celso Daniel.
A gente espera que a Polícia Federal aprofunde mais, porque conseguimos agora adentrar no telefone dos advogados. Um advogado que falou que era pago por um órgão de imprensa, acho que a própria imprensa tinha interessa de resolver esse assunto”.
Para relembrar, Jair Bolsonaro sofreu um atentado à faca em setembro de 2018, durante campanha eleitoral para presidente, da qual saiu vitorioso. Desde então, sofre as sequelas da agressão que quase levou à sua morte, e foi internado algumas vezes, passando ainda por outras cirurgias corretivas.
Nesta segunda-feira (3), após sentir fortes dores abdominais, foi levado às pressas de Santa Catarina, onde passava um curto período de férias, para o hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde ficou internado.
Dados os fatos, é impressionante a falta de bom-senso da repórter em questão. Resta saber se é falha de caráter, incompetência ou resultado da orientação esquerdopata de seus superiores.
Veja o vídeo: