Em entrevista à Jovem Pan, na noite de quarta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro soltou o verbo contra os ataques do ministro Edson Luiz Fachin, o próximo presidente do TSE.
Acompanhado por Luis Roberto Barroso, o atual presidente da Corte, e de Alexandre de Moraes, que assumirá o órgão nas próximas eleições, Fachin revelou o temor de que o tribunal venha a sofrer ciberataques, e citou a Rússia, país que Bolsonaro visitou nos dois últimos dias, como local em que os hackers não só atuariam, com também seriam financiados para a prática dos crimes digitais.
“Essa questão do ministro Fachin é um fake news. Não é verdade que eu estaria na Russia para programar um ataque hacker aos computadores do TSE. Então essa é uma pequena amostra do que está acontecendo, dos problemas que enfrento, e lamentavelmente essas três pessoas não colaboram com o Brasil em absolutamente nada, querem apenas uma narrativa para desgastar o governo.”
Disse Bolsonaro, relembrando ainda da grave tentativa de constrangimento da velha mídia, que se aproveitou de outra viagem sua ao exterior, em 2020, para tentar culpá-lo pelo assassinato da vereadora carioca, Marielle Franco.
Indignado, o presidente também questionou o motivo para Fachin ter medo de um possível ataque hacker ao TSE, mas não ter o mesmo temor sobre outros órgãos do governo, reafirmou que aguarda as respostas solicitadas pelas Forças Armadas sobre a segurança do sistema e das urnas para as próximas eleiçõe e lamentou que, a essa altura, a notícia da desconfiança de representantes da justiça brasileira sobre a Rússia já tenha chegado aos líderes do país europeu.
Bolsonaro, entretanto, foi ainda mais contundente ao analisar a postura dos ministros, a qual considerou extremamente imatura.
“São pessoas que se comportam como adolescentes. O que fica da ação desses três ministros do Supremo, lamentavelmente parece que eles tem um interesse. Primeiro é buscar uma maneira de me tornar inelegível na base da canetada, e outra que é eleger o seu candidato, que é o Lula. Lamentavelmente isso cada vez mais se torna bastante transparente para todos os eleitores do Brasil.”
Talvez Bolsonaro devesse intensificar suas agendas no exterior, pois a cada vez que ele sai do país, os interesses de seus opositores se revelam com mais intensidade.
Quando a facada não vem de baixo, é porque os autores preferem agir pelas costas!
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