Quem mora em Itabuna ou no Sul da Bahia e acompanha as novidades culturais, muito possivelmente já ouviu falar em nomes como os de Egnaldo Ferreira França e Jaqueline Paula dos Santos (casados) ou das filhas Tâmela França, Êmile França ou Tâmara França; ou ainda do “Grupo Encantarte”, “Banda Negras Perfumadas” ou “Prouni” (curso pré-universitário para negros e excluídos).
O Encantarte, a Banda Negras Perfumadas e o Prouni são apenas algumas das ações culturais e de inclusão desenvolvidas pelo casal de ativistas Egnaldo e Jaqueline na periferia de Itabuna, entre os bairros Pedro Jerônimo e Maria Pinheiro, lugar onde as três filhas foram criadas e aprenderam a lidar com a paixão pela cultura, transmitida de uma geração para outra.
A publicação que ora se faz, no entanto, não é para pautar os projetos culturais da família, nem as novidades que estão sendo preparadas pelo Encantarte ou pela banda. A pauta, agora, é “Saúde”, mais precisamente a saúde da filha mais nova de Egnaldo (Tâmara Paula dos Santos França, 19 anos, estudante do primeiro semestre do curso de bacharelado em Química, pela Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC).
Tâmara é bailarina, coreógrafa, dançarina, compõe o corpo de ballet afro do Encantarte e da Banda Negras Perfumadas, timbaleira das mais dedicadas e uma das mais entusiasmadas no bloco afro que adentra todos os anos o Carnaval do Beco do Fuxico.
A dança, aliás, é aquilo que faz pulsar mais forte o seu coração, sua alma e os seus sentimentos. E talvez essa quantidade enorme de amor explique as dificuldades de saúde que ela enfrenta atualmente e que podem impedi-la, futura e definitivamente, de fazer o que mais gosta: dançar e tocar percussão.
No decorrer da adolescência, na medida em que o corpo de criança foi se transformando em corpo de mulher, a jovem passou a enfrentar um problema que seria no mínimo insólito (estético, como se diz), se não fosse efetivamente comprometedor na parte mais sensível do seu corpo: Tâmara foi diagnosticada com gigantomastia (que nada mais é do que as hipertrofias mamárias gigantes, que fazem com que os seus seios ultrapassem os volumes convencionais).
O problema causa dores e torna sensível a estrutura de sua coluna vertebral por conta do peso que os seios provocam sobre o seu corpo. Atualmente, não pode dançar, se apresentar, bailar, tocar tambor.
Como já coloca em xeque os sonhos da jovem, não dá mais para esperar que o Sistema Único de Saúde (SUS) o absorva e o solucione na velocidade necessária.
A jovem, que já estava com o procedimento cirúrgico agendado para a data de 22 de outubro, acabou tendo a cirurgia de mamoplastia redutora adiantada para o dia 11 próximo, em Ilhéus.
Num tratamento que está sendo feito com a própria família custeando as despesas com muito esforço e dificuldade, de tudo o que já foi guardado, ainda faltam exatos R$5,5 mil, valor que precisa ser conseguido com ajudas e doações num prazo de uma semana. O dinheiro será utilizado para custear a cirurgia propriamente dita, o tratamento pós-operatório, despesas com aquisição de medicamentos e equipamentos específicos para garantir o sucesso do procedimento.
Se você pode e quer ajudar, participe da campanha “Uma Semana Para Ajudar Tâmara”, que pretende arrecadar pelo menos R$ 1 mil por dia entre 1º e 08 de outubro. Vale qualquer valor e, seja ele qual for, AJUDE! Para fazê-lo, está disponibilizado o pix (número de telefone 73 99164 1301) ou ainda as informações bancárias completas, constando de conta na Caixa Econômica Federal, Agência 02089, Código da Operação 1288, Conta 000798131848-4. A titular da conta e da chave pix é Tâmara Paula dos Santos França.
Texto: Eric Thadeu Nascimento Souza. Imagens: Arquivo Pessoal Tâmara França.
