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INTERNACIONAL: SAÚDE – Sob crise do coronavírus, bilhões de pessoas não têm onde lavar as mãos

por Ornan Serapião
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40% da população mundial não tem sabão e água em casa e a proporção pode chegar a 75% em países menos desenvolvidos, segundo o Unicef

EFE

40% da população mundial não tem sabão e água em casa Pixabay

Em meio a repetidos apelos para lavar as mãos para combater o novo coronavírus, 40% da população mundial – ou cerca de 3 bilhões de pessoas – não têm sabão e água em casa para fazer isso, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que alerta que essa proporção sobe para quase 75% nos países menos desenvolvidos. “Lavar as mãos com sabão é uma das coisas mais baratas e eficazes que você pode fazer para se proteger e proteger os outros contra o coronavírus e muitas outras doenças infecciosas. Entretanto, para bilhões de pessoas, até mesmo essas medidas básicas estão fora de alcance”, disse o diretor de programas do fundo, Sanjay Wijesekera, em um comunicado. O problema não se limita aos lares, já que 47% das escolas carecem de locais para lavar com água e sabão, afetando cerca de 900 milhões de crianças, e 16% das instalações médicas não têm banheiros ou lavatórios.O Unicef também salienta que a limpeza das mãos é especialmente importante nas áreas urbanas, devido à maior densidade populacional e ao contato mais frequente com outras pessoas, o que aumenta o risco de transmissão de doenças. No entanto, em regiões como a África Subsaariana, até 63% dos residentes urbanos vivem sem acesso a instalações para lavar as mãos. Na Ásia Central e do Sul, essa porcentagem é de 22%, incluindo a Índia, onde 20% da população urbana – cerca de 91 milhões – não têm instalações básicas para fazerem esse tipo de higienização. As autoridades sanitárias insistem que lavar frequente e corretamente as mãos com água e sabão é uma das melhores formas de reduzir o risco de infecção pelo coronavírus. O Unicef disse estar trabalhando em todo o mundo para promover a limpeza das mãos entre as crianças e os pais e para tentar disponibilizar algo tão básico a um número cada vez maior de pessoas. A agência da ONU declarou nesta sexta-feira que decidiu fechar a sua sede em Nova York deixar todos os funcionários trabalharem remotamente durante as próximas quatro semanas, depois que três pessoas desenvolveram sintomas de Covid-19. Até agora, não há confirmação se se trata de portadores da doença. A sede das Nações Unidas em si, que fica a uma curta distância, mas em um complexo separado, continua funcionando, embora muitos funcionários estejam trabalhando remotamente para reduzir a densidade demográfica dos edifícios. A organização também adiou ou cancelou numerosas reuniões e eventos, suspendeu visitas e reduziu o número de participantes em reuniões que continuam ocorrendo, tais como as do Conselho de Segurança.Até agora, nenhum funcionário da ONU em Nova York deu positivo para a doença, embora um caso tenha sido confirmado em um diplomata filipino que visitou a sede da organização pela última vez na última segunda-feira. (R7)

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