Palestino ferido é atendido durante confrontos com a polícia israelense no complexo que abriga a mesquita Al-Aqsa nesta segunda (10) — Foto: Ammar Awad/Reuters
Novos confrontos entre palestinos e policiais israelenses na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, deixaram centenas de feridos nesta segunda-feira (10) no “Dia de Jerusalém”. A data do calendário hebraico celebra o dia em que Israel conquistou Jerusalém Oriental e a Cidade Velha, que abriga lugares sagrados muçulmanos, judeus e cristãos, em 1967. Os confrontos têm ocorrido na Cidade Velha, no complexo da mesquita de Al-Aqsa, que é conhecida pelos muçulmanos como Santuário Nobre e pelos judeus como Monte do Templo.
O local é considerado o mais sagrado do Judaísmo e o terceiro mais sagrado do Islã.
Manifestantes atiraram pedras e a polícia respondeu com bombas de efeito moral e balas de borracha do lado de fora da mesquita. A polícia diz que os manifestantes atiraram pedras contra os policiais e em uma estrada adjacente, perto do Muro das Lamentações, onde milhares de judeus israelenses se reuniam para orar. Ao menos 180 pessoas ficaram feridas e 80 foram hospitalizadas, segundo médicos palestinos. Desde o início dos confrontos, na sexta-feira (7), mais de 500 se feriram (veja mais abaixo).
Despejos em Jerusalém Oriental
As tensões aumentaram após Israel anunciar que vai seguir com o despejo programado de famílias palestinas no bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental. Uma audiência que seria realizada nesta segunda na Suprema Corte de Israel, para analisar os despejos, foi adiada. Um tribunal de primeira instância já decidiu a favor da reivindicação dos colonos judeus sobre as terras onde as casas dos palestinos estão localizadas.
Jerusalém Oriental é reivindicada como a futura capital da Palestina, e palestinos veem a decisão como uma tentativa de Israel de expulsá-los da região.
Israel diz que Jerusalém é sua capital e indivisível, mas a grande maioria dos países reconhecem Tel Aviv como a capital do país.
COM G1