Homens armados mataram um policial e sequestraram pelo menos 80 alunos e 5 professores de uma escola no estado de Kebbi, na Nigéria, disseram autoridades e moradores locais. O ataque é o terceiro sequestro em massa em três semanas no noroeste do país. As autoridades atribuíram as ações a bandidos armados que buscam pagamentos de resgate. Usman Aliyu, professor da escola, disse que os suspeitos levaram mais de 80 alunos, a maioria meninas. “Eles mataram um dos (policiais), invadiram o portão e foram direto para as salas dos alunos”, disse ele. O porta-voz da polícia estadual de Kebbi, Nafiu Abubakar, disse que os homens armados mataram um policial durante uma troca de tiros e também atiraram em um estudante, que recebe tratamento médico. Até o fim da noite de quinta-feira (17) a polícia ainda não havia divulgado o número de estudantes desaparecidos, e um porta-voz do governador do estado de Kebbi disse que uma contagem dos desaparecidos estava em andamento. O ataque ocorreu em uma faculdade do governo federal na remota cidade de Birnin Yauri. Abubakar disse que as forças de segurança procuram pelos alunos e professores sequestrados em uma floresta próxima. Atiku Aboki, um morador local que foi à escola logo após o fim da troca de tiros, disse que viu uma cena de pânico e confusão enquanto as pessoas procuravam seus filhos. “Quando chegamos lá, vimos os alunos chorando, os professores chorando, todos se solidarizaram com as pessoas”, disse ele, por telefone. “Todos estavam confusos. Então meu irmão me ligou (para dizer) que seus dois filhos não foram vistos e (nós) não sabemos se eles estão entre os sequestrados.” Bandidos em busca de resgate sequestraram mais de 800 estudantes nigerianos de suas escolas desde dezembro em uma série de incursões. Alguns foram libertados enquanto outros permanecem desaparecidos. Os ataques na região noroeste não têm relação com as ações dos grupos insurgentes islâmicos no nordeste, onde militantes do Boko Haram, por exemplo, ganharam destaque em 2014 ao sequestrarem mais de 270 alunas da cidade de Chibok.
CNN Brasil