Polícia Civil e o Ministério Público também abriram investigação sobre o caso, mas nenhum dos dois inquéritos ainda foi finalizado
Por O Dia
Rio – O inquérito instaurado pela Polícia Militar para apurar possíveis irregularidades na operação no Morro do Fallet-Fogueteiro, no Rio Comprido, que deixou 15 mortos, em fevereiro deste ano, concluiu que não houve “crime ou transgressão” por parte dos policiais militares envolvidos na ação. Na versão oficial, criminosos resistiram à prisão e entraram em confronto. No testemunho de moradores e parentes, eles já tinham se entregado, e, mesmo assim, foram levados para uma casa e os PMs atiraram para matar. Alguns teriam sido assassinados a facadas.
De acordo com a Polícia Militar, “o Inquérito Policial Militar (IPM) – medida adotada sempre que uma operação resulta em lesão corporal ou morte – instaurado pelo comando da Corporação foi remetido ao Ministério Público com a conclusão de ausência de crime ou transgressão por parte dos policiais militares envolvidos no episódio”.
A Polícia Civil e o Ministério Público também abriram investigação sobre o caso, mas ambos ainda não foram finalizados. Procurada, a Polícia Civil informou que o “inquérito está em fase de conclusão na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC)”. O Ministério Público foi procurado, mas ainda não deu mais detalhes sobre a ação.
Operação no Fallet-Fogueteiro
Quinze suspeitos morreram durante uma operação da Polícia Militar no Morro do Fallet-Fogueteiro, em fevereiro desse ano. De acordo com a corporação, a partir de denúncias e informações do Setor de Inteligência, foi feito vasculhamento em alguns pontos da comunidade do Fallet. Policiais do Batalhão de Choque (BPChq) foram recebidos a tiros e houve confronto. Após cessarem os disparos, cerca de dez criminosos feridos foram encontrados em vias da comunidade e foram socorridos para o Hospital Municipal Souza Aguiar (HMSA).
Mortos no Fallet: disparos seriam de curta distância No entanto, a versão foi contestada por moradores. Eles alegaram que cerca de 10 pessoas foram rendidas pela PM em uma casa e, mesmo após se entregar, parte delas teria sido morta pelos policiais. Uma prima de um dos mortos na casa disse que os PMs não aceitaram a rendição e entraram no imóvel já atirando.