Itabuna
Por te Itabuna…
Um dia aqui cheguei
aportei
Me encantei…
Permaneci
Te amei!
E por te estudei
trabalhei…
Briguei
Lutei…
Carrego no carrinho
De mão na feira-livre…
Peguei…
Lá tambem vendi farinha
De Buerarema
E fejão…
Na “Maria Fumaça” ponguei
E de meu pai apanhei…
Em lombo de animias
Vendi água no carote
De leste a oeste
De sul a norte da cidade
Enchia os potes…
Povo bom, sem maldade…
Entreguei leite “de cacau”…
Pães da Padaria Santa Fé…
Da Conceição!
Onde fiz catecismo e primeira Comunhão…
Depois com orgulho
Entreguei bilhetes de loteria…
Federal
Loteba
E Mineira…
De João Atala Haum…
Curti o Trói
Do Centro Comercial
A Estrela do Sul…
O Bataclan…
E o delicioso churrasco
De Paco!
Itabuna te venero!
Te orgulho!
Pois em tuas ruas e praças
De jardins floridos
Árvores e flores plantei…
E paquerei…
Sangue e suor derramei…
Nas águas limpidas e cristalinas
Do Rio Cachoeira
Daquela era
De robalos, tucunarés, pitus, acaris, barés e massambés…
Nadei, brinquei…
E me banhei
Na ilha do mutucugê
Carros tambem lavei…
E das tuas pontes…
depois dos “babas”
Do Bariri ou da rua da Jaqueira!
Saltei, pulei…
Na FESPI, cheguei!
Mas me esbarrei…
Porquê não sei!
E de jornalista
Da escola do Diario de Itabuna
Cresci…
E me profissionalizei
Meu coração
A te Itabuna
Eu te entreguei…
Titulo de Cidadão Itabunense
Ganhei…
E de sonhos realizados
Ou não…
Itabuna, por te lutei…
E, nas azas do tempo voei…
E nos conselhos
E poemas de Firmino Rocha
Plinio de Almeida
Valdelice Pinheiro
Ariston Caldas
e Telmo Padilha…
Me amarrei…
A te Itabuna!
O Clube do Poeta Sul da Bahia
Te entreguei…
Marcado pela querida infancia…
Do Rio de águas cristalinas!
Dos macucos
Graúnas
E da riqueza do cacau
Que não existem mais.
Sonhei…
Adeus frutos de ouro!
Adeus Coronéis!
Mesmo assim
Viva uma cidade poesia!
Rainha das terras grapiúnas
Viva os 113 anos de Itabuna!
Joselito dos Reis
28.07.2023
