Após encerrar os trabalhos como a Paloma de ‘Bom Sucesso’ (a trama encerra atividades dia 25), Grazi Massafera quer férias. “Vou aproveitá-las o máximo que eu puder, para me alimentar de coisas novas, relaxar, observar”, conta a atriz. Ainda assim, ela não queria que a novela acabasse de jeito nenhum.
“Já estou com saudades. Eu estou até me recusando a ler os últimos capítulos. Parece mentira, mas não estou querendo ler porque estou vendo que a novela acaba mesmo”, brinca.
Acostumada a ouvir que a problemática Larissa da supersérie ‘Verdades Secretas’ foi seu papel mais difícil, ela diz que a batalhadora Paloma a fez trabalhar por três.
“Foi uma das melhores coisas que eu já fiz. Essa personagem foi bastante difícil, é uma mulher do cotidiano. E fazer o simples parece fácil, mas não é. Quando fiz a Larissa, eu tinha poucos dias de gravação, tinha mais tempo de estudo, ia mais segura, fazia as coisas com mais agilidade.
Mas a Paloma foi um trabalho feito com muito prazer. Os bastidores são muito legais, teve muito aprendizado com todo mundo, com Antonio Fagundes, Romulo Estrela, as crianças. Nunca trabalhei com crianças tão talentosas”, anima-se. “Saio com sensação de dever cumprido, feliz demais com o resultado de todo o mundo”.
Vergonha dos elogios
Lançada na telinha após participar do ‘Big Brother Brasil 5’, em 2005, Grazi foi parar na Oficina de Atores da Globo e fez a Thelma em ‘Páginas da Vida’, de Manoel Carlos. Enfrentou críticas, viu polêmicas sobre a presença de ex-participantes de reality shows em elencos de novelas, mas sempre investiu em seu trabalho. Hoje, aos 37 anos, se sente mais segura.
“Em qualquer profissão você vai crescer e aprender, vai conquistando espaço. Eu fui jogada aos leões e tive que ir adquirindo maturidade. Eu não queria ser atriz, queria ter dinheiro e uma profissão. Fui me apaixonando”, conta. “Aprendi até a aceitar elogios, porque eu passei a entender o tamanho que eu ocupo, não sou melhor, nem pior que ninguém. Bom, eu tinha vergonha de receber elogios”, brinca.
Mãe
Uma das inspirações de Grazi para fazer a Paloma foi sua própria mãe, já que apesar de ter uma filha (Sofia, sete anos, de seu casamento com Cauã Reymond), ela nunca foi mãe de adolescente. “Também me inspirei em amigas, em pessoas que eu encontro na rua”, conta ela, que por sinal fez a novela, cuja trama fala sobre livros, no momento em que Sofia está se alfabetizando. A filha foi uma das telespectadoras da novela.
“Foi o primeiro personagem que deixei que ela visse com mais frequência, que ela acompanhou. Ela tinha prazer nisso: ‘Mãe, vai trabalhar, fica tranquila’. Ela teve muita maturidade, se alfabetizou lindamente e foi ótimo estar falando sobre literatura no momento em que ela se alfabetizava”, conta Grazi, que promete pegar mais o hábito da leitura. “Vou me inspirar para ler mais quando acabar o trabalho”.
Família e diálogo
Grazi costuma imaginar que seu personagem pode ajudar no diálogo entre famílias. E cita um exemplo pessoal. “Lá em casa, meu pai e minha mãe não eram de dialogar. Eram mais brutos no sentido de demonstrar amor, de falar. Mas a gente via a novela juntos e a gente se comunicava sobre aquele tema que víamos na televisão. Já era algo importante. Trazia algo para o diálogo. Isso é o que a profissão me traz de mais precioso”, revela Grazi.
E o amor?
Grazi tem circulado com o ator Caio Castro, mas apenas ri e muda de assunto quando perguntada sobre seu suposto namoro. “Ah, demorou para perguntarem isso, né? Se eu estou feliz? Bom, a novela tá maravilhosa…”, brinca.
O Dia