Ação dá início ao programa social Cidade Integrada, que deve substituir as Unidades de Polícia Pacificadora; segundo Claudio Castro, projeto vai ‘muito além da segurança pública’
Uma operação acontece na manhã desta quarta-feira, 19, na comunidade do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro. Ao menos 1.200 agentes participam da ação integrada entre a Polícia Militar e a Polícia Civil, que tem como objetivo dar início a implantação do projeto de ocupação social Cidade Integrada, um modelo de substituição das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Segundo o porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz, o novo programa social do governo do Estado vai “muito além da segurança pública”. “A gente tem o objetivo de renovar os votos de esperança depositados no projeto das Unidades de Polícia Pacificadora, a medida que esse projeto ainda é muito importante, mas algumas expectativas não foram atendidas, tanto do ponto de vista dos moradores quanto dos policias”, afirmou à Jovem Pan. A expectativa é que os detalhes do novo programa sejam liberados no próximo sábado, 22.
Em maio do ano passado, uma operação policial no Jacarezinho terminou como a mais letal da história do Estado, com 28 mortos. Nesta quarta, também são cumpridos 42 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão de adolescentes. Nas redes sociais, moradores afirmam que casas foram invadidas na comunidade por policiais. No entanto, segundo o tenente-coronel Ivan Blaz, a situação é tranquila, sem relatos de invasões e registros e confrontos. Pelas redes sociais, o governador informou que as ações são apenas o começo da mudança. “Foram meses elaborando um programa que mude a vida da população levando dignidade e oportunidade. As operações de hoje são apenas o começo dessa mudança que vai muito além da segurança”, disse no Twitter.
Segundo Cláudio Castro, novos detalhes do serão repassados no sábado. A proposta é que as ações sejam iniciadas de maneira permanente em duas comunidades. “Servirão de modelo para outros importantes lugares que sofrem com a ausência de serviços e programas que realmente colaborem para melhorar a vida de quem mora nessas áreas”, disse. Também pelo Twitter, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, negou que tenham ocorrido conversas prévias sobre a operação, mas disse apoiar a ação do governo. “Vamos seguir trabalhando juntos como sempre fiz em meus mandatos como prefeito. Se for para combater criminoso – traficante ou miliciano – mais ainda!” (JP)