(Agência Brasil)
Carreiras ligadas à engenharia lideram o ranking das profissões com maiores salários de admissão no país. Das dez principais ocupações pesquisadas, sete são de engenharia, conforme levantamento nacional divulgado nesta segunda-feira (17) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
A lista é liderada pela engenharia da computação, que oferece, em média, salário inicial de R$ 13.794. A primeira profissão não relacionada à engenharia que aparece na lista é diretor de espetáculos, na terceira posição, com salário de R$ 11.716. Das 30 principais, 13 são da área de engenharia.
São os seguintes os maiores salários iniciais:
1º) Engenheiros em computação: R$ 13.794
2º) Engenheiros de minas e afins: R$ 13.055
3º) Diretores de espetáculo e afins: R$ 11.716
4º) Engenheiros químicos e afins: R$ 11.181
5º) Engenheiros mecânicos e afins: R$ 10.838
6º) Geólogos, oceanógrafos, geofísicos e afins: R$ 10.642
7º) Médicos clínicos: R$ 10.071
8º) Engenheiros de produção, qualidade, segurança e afins: R$ 9.960
9º) Pesquisadores de engenharia e tecnologia: R$ 9.708
10º) Engenheiros eletricistas, eletrônicos e afins: R$ 9.489
11º) Engenheiros metalurgistas, de materiais e afins: R$ 9.380
12º) Médicos em medicina diagnóstica e terapêutica: R$ 8.964
13º) Pesquisadores das ciências naturais e exatas: R$ 8.735
14º) Pesquisadores das ciências da saúde: R$ 8.642
15º) Oficiais de máquinas da marinha mercante: R$ 8.609
A Firjan explicou que ficaram fora do ranking os salários de membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes “devido à natureza compensatória diferenciada dos cargos de gestão”.
Aumento real
O estudo mostrou que o salário médio de admissão no Brasil, considerando todas as ocupações, registrou expansão real – acima da inflação – de 2% em 2024, alcançando R$ 2.178. Em 2023, o aumento real havia sido de 1,2%, revertendo quedas ocorridas em 2022 (-2,5%) e em 2021 (-4,6%).
De acordo com o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, o aumento real no salário de admissão médio do brasileiro é reflexo do nível baixo de desemprego, que faz os empregados serem mais disputados pelas empresas.
“O mercado de trabalho está aquecido, elevando os salários de admissão”, disse Goulart.
Segundo o levantamento da Firjan, o ano de 2024 terminou com desemprego médio de 6,6%, o menor já registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, a Firjan lembra que o país teve 1,7 milhão de empregos formais – com carteira assinada – criados no ano passado, expansão de 16,5% em relação a 2023.
Setores
Na análise por grandes setores, a indústria tem o maior salário médio de admissão: R$ 2.310. Em seguida, aparece o setor de serviços, com R$ 2.250. Abaixo da média nacional, surgem a agropecuária, com remuneração inicial de R$ 2.011 e o comércio, com R$ 1.926.
A Firjan também fez a análise das áreas com renda inicial de destaque em cada grande setor econômico.
Na indústria, os maiores salários médios iniciais são de extração de petróleo e gás natural (R$ 9.104); atividades de apoio à extração de minerais (R$ 4.908); fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (R$ 4.186); eletricidade, gás e outras utilidades (R$ 4.009) e extração de minerais metálicos (R$ 4.007).
No setor de serviços, o ranking é liderado por atividades de exploração de jogos de azar e apostas (R$ 9.301); organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais (R$ 6.801); atividades de serviços financeiros (R$ 5.179); atividades dos serviços de tecnologia da informação (R$ 4.927) e pesquisa e desenvolvimento científico (R$ 4.861).
Na agropecuária, o maior salário inicial está na pesca e aquicultura, R$ 2.113. No comércio, o destaque é o comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas, com R$ 2.267.
SP, DF e RJ no topo
Os pesquisadores da Firjan verificaram que os maiores salários médios de admissão estão em São Paulo (R$ 2.473), no Distrito Federal (R$ 2.284) e noRio de Janeiro (R$ 2.223).
A lista por unidades federativas é a seguinte:
1º) São Paulo: R$ 2.473
2º) Distrito Federal: R$ 2.284
3º) Rio de Janeiro: R$ 2.223
4º) Santa Catarina: R$ 2.198
Média Brasil: R$ 2.178
5º) Paraná: R$ 2.129
6º) Mato Grosso: R$ 2.127
7º) Rio Grande do Sul: R$ 2.062
8º) Minas Gerais: R$ 2.028
9º) Espírito Santo: R$ 2.006
10º) Mato Grosso do Sul: R$ 2.000
11º) Pará: R$ 1.973
12º) Goiás: R$ 1.933
13º) Ceará: R$ 1.927
14º) Maranhão: R$ 1.927
15º) Amazonas: R$ 1.917
16º) Bahia: R$ 1.899
17º) Pernambuco: R$ 1.868
18º) Tocantins: R$ 1.862
19º) Piauí: R$ 1.857
20º) Rondônia: R$ 1.833
21º) Paraíba: R$ 1.792
22º) Sergipe: R$ 1.784
23º) Rio Grande do Norte: R$ 1.760
24º) Alagoas: R$ 1.753
25º) Amapá: R$ 1.725
26º) Roraima: R$ 1.715
27º) Acre: R$ 1.700]
Foto: © José Cruz/Agência Brasil