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GERAL > Empresa ambiental nega envolvimento com crimes no Rio

por Ornan Serapião
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Uma investigação conduzida pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) desvendou um esquema criminoso envolvendo a Ciclus, empresa que planeja instalar um aterro sanitário em Cuiabá, Mato Grosso. A companhia foi exposta por conivência com traficantes do Terceiro Comando Puro, no Rio de Janeiro, e por causar prejuízos ambientais na ordem de quase R$5 milhões.

A empresa Ciclus Ambiental divulgou nota neste domingo (13) negando tudo e lembrando que também é vítima da criminalidade na região, assim como garante que suas atividades são pautadas pela ética, transparência e estrito cumprimento das normas legais e regulatórias, e seu Centro de Tratamento de Resíduos “é reconhecido como um dos maiores e mais modernos do mundo, referência em boas práticas operacionais”.

As apurações revelaram que funcionários da Ciclus estariam desviando maquinários e equipamentos para auxiliar um descarte ilegal de lixo em uma área dominada pelo tráfico no Caju, Zona Portuária carioca.

Neste local, caminhões de entulho e resíduos eram cobrados por traficantes para despejar dejetos de forma irregular, em valores muito menores que os dos Centros de Tratamento de Resíduos autorizados.

Essa prática resultou em ampla contaminação do lençol freático e destruição de manguezais próximos aos rios Jacaré e Dom Carlo, que deságuam na Baía de Guanabara.

A Operação Expurgo, desencadeada pela DPMA, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão, que incluíram o sequestro de 17 caminhões de diversas empresas suspeitas — dentre elas, a Ciclus ganhou destaque por manter contrato com o poder público e, simultaneamente, apoiar o tráfico com infraestrutura e suporte técnico.

Segundo os investigadores, a empresa também teria interesse em expandir suas operações para outros estados, incluindo a construção de um aterro sanitário em Cuiabá, o que, diante do histórico revelado, levanta graves preocupações ambientais e de segurança pública.

Nada de errado

Leia na íntegra a nota divulgada pela empresa Ciclus Ambiental:

“A empresa, que também sofre as consequências da criminalidade na região, tem total interesse em que os responsáveis sejam responsabilizados. Assim que tomou conhecimento das informações, imediatamente manifestou seu total interesse na apuração dos fatos e disposição para colaborar com quaisquer esclarecimentos.

A empresa pauta suas atividades pela ética, transparência e estrito cumprimento das normas legais e regulatórias, e seu Centro de Tratamento de Resíduos é reconhecido como um dos maiores e mais modernos do mundo, referência em boas práticas operacionais.“

(DP)

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