Ex-deputada acusa detentas e policiais penais de ameaçá-la
Apontada como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, a ex-deputada federal Flordeliz entrou com uma notícia-crime junto à Polícia Civil alegando que tem sofrido ameaças e extorsão, na cadeia. Segundo informações do jornal O Dia, na denúncia ela acusa outras detentas e policiais penais pelas ameaças e diz que elas começaram a ocorrer após um celular ser encontrado em sua cela, no Complexo de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro. A ex-parlamentar relatou que o aparelho entrou na cela para o uso de outras internas, por meio de pessoas que ela não pode delatar. Segundo Flordelis, ao recusar usar o telefone, ela gerou revolta entre presas e agentes. Ela disse ainda que após a insistência e ameaças passou a usar o celular para falar com o namorado e acabou sendo surpreendida por uma fiscalização. “Segundo ela, por não concordar com o uso de telefones em ambiente prisional, começou a ser perseguida por presas e por policiais penais, até o momento em que ela cedeu em relação ao uso aparelho e mesmo ela chegou a usar o aparelho, na ocasião em que houve uma fiscalização na cela dela e esse aparelho foi encontrado. Ela insinua, na verdade, que foi algo dirigido. Que por ela não concordar inicialmente com aquela prática, criou-se um mal-estar e por conta disso foi feita uma fiscalização na cela dela quando já se sabia que ela estaria com esse celular”, disse o delegado titular da 34ª DP (Bangu), Bruno Gilaberte, responsável pelas investigações. “Além disso ela relata ameaças de detentas e de policiais penais, a sua integridade física, a sua saúde e ainda uma tentativa de extorsão. Ou melhor, uma extorsão consumada, diz ela que foi obrigada a fazer uma transferência de valores pra conta de pessoa não identificada. Ou melhor, de ainda não completamente identificado”, acrescentou.