A expectativa de vida do brasileiro aumentou de 72,8 para 75,5 anos, de acordo com a Tábua de Mortalidade do IBGE. No entanto, mesmo com esse aumento, essa projeção ainda está abaixo do nível pré-pandemia. A longevidade das mulheres é maior do que a dos homens, com elas vivendo em média 79 anos, e eles, 72 anos. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra ainda que, após dois anos de queda devido aos impactos da pandemia da Covid-19, a expectativa de vida ao nascer no Brasil voltou a crescer. No entanto, esse aumento ainda não reverte a redução de 3,4 anos estimada nos dois primeiros anos da crise sanitária.
Apesar de uma redução maior na expectativa de vida masculina, os homens continuam com uma expectativa de vida menor do que as mulheres. A diferença entre os gêneros diminuiu de 7,3 para 7 anos. O estudo também aponta que, apesar dos óbitos ainda não terem voltado ao nível pré-pandemia, eles estão diminuindo. O número de mortes contabilizadas anualmente no Brasil teve um aumento gradual ao longo das décadas de 2000 e 2010, chegando a cerca de 1,349 milhão em 2019. No entanto, em 2020, com a chegada da pandemia, houve um aumento significativo no número absoluto de mortes, chegando a 1,832 milhão entre janeiro e dezembro. Para os próximos anos, o IBGE prevê uma redução do excedente de óbitos entre os idosos, devido à queda das mortes por Covid-19, mas também um aumento devido ao envelhecimento populacional. Portanto, é esperado que os níveis elevados de óbitos em relação à tendência histórica pré-pandemia persistam. (JP)