Por Natal Paixao
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (Lc 7,1-10).
Quando terminou de falar estas palavras ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. Havia um centurião que tinha um servo a quem estimava muito. Estava doente, à beira da morte. Tendo ouvido falar de Jesus, o centurião mandou alguns anciãos dos judeus pedir-lhe que viesse curar o seu servo. Quando eles chegaram a Jesus, recomendaram com insistência: «Ele merece este favor, porque ama o nosso povo. Ele até construiu uma sinagoga para nós». Jesus foi com eles. Quando já estava perto da casa, o centurião mandou alguns amigos dizer-lhe: «Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Por isso, nem fui pessoalmente ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e meu servo ficará curado. Pois eu, mesmo na posição de subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens, e se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e se digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, ele faz». Ao ouvir isso, Jesus ficou admirado. Voltou-se para a multidão que o seguia e disse: «Eu vos digo que nem mesmo em Israel encontrei uma fé tão grande». Aqueles que tinham sido enviados voltaram para a casa do centurião e encontraram o servo em perfeita saúde.
* Palavra da Salvação!
* Glória a vós Senhor!
“EXPLICAÇÃO TEOLÓGICA”
(Religião, “laicidade” e ”laicismo”)
Hoje, com esta cena, nos submergimos em uma atmosfera social de “verdadeira humanidade”: um superior —estrangeiro— se preocupa por um subalterno; um grupo de anciãos judeus que chegam até Jesus intercedendo pela saúde do servo do estrangeiro… e um elemento que os une: “o mesmo nos edificou a sinagoga”. Na diversidade multiforme (de origem, cultura, posição social… inclusive de religião), estão unidos pelo respeito à “religiosidade”.
A “laicidade positiva” procura a justa autonomia do político: evita o Estado “confessional”, mas assume o fato profundamente humano da religiosidade (o “laicismo” o margina). É fundamental insistir na distinção entre os âmbitos “político” e “religioso” para tutelar tanto a liberdade religiosa dos cidadãos, como a responsabilidade do Estado para com eles. Além disso, convém destacar as funções insubstituíveis da religião para a formação das consciências e sua contribuição —junto a outras instâncias— para a criação de um consenso ético de fundo na sociedade.
—Senhor: adoramos-te e pelas autoridades te rezamos.
* Seja louvado nosso Senhor Jesus Cristo!
* Para sempre Seja louvado