Por Natal Paixao
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como o direito, a misericórdia e a fidelidade. Isto é que deveríeis praticar, sem contudo deixar aquilo. Guias cegos, filtrais o mosquito, mas engolis o camelo! Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais o copo e o prato por fora, mas por dentro estais cheios de roubo e cobiça. Fariseu cego! Limpa primeiro o copo por dentro, que também por fora ficará limpo».
* Palavra da Salvação!
* Glória a vós Senhor!
“EXPLICAÇÃO TEOLÓGICA”
A “lógica do dom” (Doutrina social da Igreja)
Hoje, esta crise obriga-nos a rever o nosso caminho, porque o desenvolvimento sofre desvios dramáticos. O homem não pode prescindir da sua natureza “transcendente”: não é autor de si próprio; deve viver aberto a Deus e aos outros. Está criado para o “dom”, para amar. Mas frequentemente priorizamos acima de tudo a produtividade e a utilidade. Cristo diz-nos: a fé torna possível a misericórdia e esta aperfeiçoa a justiça.
A “cidade do Homem” não se promove apenas numa relação de direitos e deveres, mas com relações de gratuitidade, de misericórdia e de comunhão. O binómio exclusivo “mercado-Estado” corrói a sociabilidade, enquanto que as formas de economia solidária criam sociabilidade. O mercado da gratidão não existe a as atitudes gratuitas não se podem prescrever pela lei. Assim sendo, tanto o mercado como a politica têm necessidade de pessoas abertas ao “dom do recíproco”: ou seja fruto da caridade.
—Senhor, sem gratuitidade, típica do teu Amor, não pode haver justiça. Abre-nos o coração!
* Seja louvado nosso Senhor Jesus Cristo!
* Para sempre Seja louvado