Doença é uma síndrome que gera a destruição de fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro das fibras (como eletrólitos, mioglobinas e proteínas) no sangue
Agência Brasil
O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para combater o surto de rabdomiólise no estado. A doença, também conhecida pelo sintoma da urina preta, é uma síndrome que gera a destruição de fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro das fibras (como eletrólitos, mioglobinas e proteínas) no sangue.
O município de Itacoatiara, a 176 quilômetros de Manaus, é o local com mais casos, sendo o centro do surto do estado. A força-tarefa, composta por integrantes de diversos órgãos, irá à cidade com o objetivo de investigar o surto e de também atuar de maneira preventiva com diversos segmentos da população.
Uma das preocupações é a difusão de informações sobre uma suposta causa de contágio associada ao consumo de peixes. Contudo, o governo do Amazonas afirma que ainda não há evidências para esta correlação.
As causas estão sendo investigadas pela Fundação de Vigilância em Saúde do estado. “Ainda trabalhamos no campo das hipóteses. Pode ser uma bactéria, um vírus, ou até mesmo uma toxina.
As pessoas têm um quadro clínico sugestivo de intoxicação, após a ingestão alimentar, e é de evolução rápida”, diz o infectologista da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado.
Ele acrescenta que até hoje, com os casos notificados, “não se conseguiu ainda dar uma confirmação da causa real desses casos de rabdomiólise, que são associados à prévia ingestão de peixes”.
Até o momento foram registrados 51 casos no estado em sete cidades, sendo 36 em Itacoatiara, quatro em Borba, dois em Manaus, dois em Parintins, um em Caapiranga, um em Autazes e um em Maués.