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EDUCAÇÃO > Candidata é desclassificada do Enem após ter uso de aparelho essencial para dor crônica negado

por Ornan Serapião
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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 eliminou Iranilde Rodrigues de Sousa, 49 anos, com necessidades especiais para o controle de saúde. Iranilde, diagnosticada com a “Síndrome de Cirurgia de Coluna Fracassada”, foi desclassificada após o uso do aparelho necessário para controlar a dor crônica ser negado.

Iranilde já havia informado ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) sobre sua condição, e o órgão direcionou-a para uma sala adaptada. Contudo, ao informar os fiscais de que precisava manter o neuroestimulador ligado para controlar as dores intensas, foi retirada da sala e teve sua prova interrompida. O dispositivo, controlado por um celular, alivia as dores na coluna, essenciais para que ela possa manter-se concentrada e sentada durante longos períodos.

Em busca de uma solução, Iranilde sugeriu que os fiscais ficassem com o controle do aparelho, mas o coordenCandidata é desclassificada do Enem após ter uso de aparelho essencial para dor crônica negado

Mesmo com documentos médicos que comprovavam a necessidade do neuroestimulador, o coordenador declarou que a autorização para manter o aparelho ligado exigia permissão específica do Inep. Sem alternativas, Iranilde foi eliminada e forçada a permanecer na sala até o final do exame. Após duas horas, quando conseguiu sair, foi amparada por dois policiais militares, que, sensibilizados com a situação, a levaram para casa. “Eu estava exausta, tremendo, com as pernas bambas”, relatou. Em casa, foi levada ao hospital pelo marido, onde foi medicada com Rivotril para estabilizar seu estado emocional. “Eu não acreditava no que estava vivendo. Me senti um lixo”, desabafou.

O Inep esclareceu que candidatos que se sentiram prejudicados poderão solicitar a reaplicação do exame entre os dias 11 e 15 de novembro. ador da aplicação solicitou que o dispositivo fosse deixado fora da sala e ligado apenas sob supervisão. Ela argumentou que precisaria sair com frequência para ajustes, o que a prejudicaria por não dispor de tempo extra. “Eu avisei que isso ia me prejudicar, mas eles não permitiram de jeito nenhum. Me senti humilhada,” contou ao Metrópoles.

Mesmo com documentos médicos que comprovavam a necessidade do neuroestimulador, o coordenador declarou que a autorização para manter o aparelho ligado exigia permissão específica do Inep. Sem alternativas, Iranilde foi eliminada e forçada a permanecer na sala até o final do exame. Após duas horas, quando conseguiu sair, foi amparada por dois policiais militares, que, sensibilizados com a situação, a levaram para casa. “Eu estava exausta, tremendo, com as pernas bambas”, relatou. Em casa, foi levada ao hospital pelo marido, onde foi medicada com Rivotril para estabilizar seu estado emocional. “Eu não acreditava no que estava vivendo. Me senti um lixo”, desabafou.

O Inep esclareceu que candidatos que se sentiram prejudicados poderão solicitar a reaplicação do exame entre os dias 11 e 15 de novembro.

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