INADMISSÍVEL: EXTRA DISCRIMINA CONSUMIDOR COMO SE FOSSEM TODOS LADRÕDES
ISSO vem acontecendo, pasmem, na cidade de São Paulo. A rede de hipermercados Extra impôs medidas altamente nocivas aos seus consumidores em regiões consideradas carentes de S. Paulo, colocando alarme antifurto nos produtos à venda e, mais que isso, exigindo que bandejas de carnes, fossem pagas antes, vazias somente com a etiqueta do preço, para depois disponibilizar o produto. Nunca, jamais ouvimos falar que uma empresa do porte do Extra, tenha praticado esse tipo de DISCRIMINAÇÃO SOCIAL o que, além de causar-lhe multas, poderá também e sobretudo, ensejar ações criminais porque fere frontalmente a Constituição Federal. A questão é saber o que se passa na cabeça dos dirigentes dessa empresa em tomar uma atitude dessa, discriminando quem mora na periferia de S. Paulo e aqueles que moram em bairros considerados nobres. Nestes, as reportagens levadas ao ar por uma rede de televisão mostraram que nada de alarme antifurto nem “bandejas vazias”. Desrespeito, afronta à sociedade. Há de se tomar providências, porque no país tem leis e elas devem ser respeitadas. O caso veio à tona depois que a educadora Fabiana Ivo relatou no Facebook, no dia 14/10, que recebeu uma bandeja de carne vazia no estabelecimento do bairro periférico da zona sul de São Paulo. Ela contou que foi informada que receberia o produto completo apenas após o pagamento no caixa. E disse que chegou a questionar um funcionário do mercado e que ele teria dito que a medida foi tomada para “evitar roubo”. A educadora ao ouvir a resposta disse que teve uma “sensação horrível”. Nesse caso, a população do referido bairro, era tida como sendo todos ladrões? A pergunta é para os proprietários do EXTRA. Porque, então, no MORUMBI não havia esse tipo de exigência? E o alarme antifurto fixado nos cortes de carnes? O que se espera das autoridades, são medidas pesadas contra esse poder econômico que representa essa rede de hipermercados. Não pode passar impune. Alguém terá de ser responsabilizado. O espaço está aberto também ao Hipermercado Extra para, se quiser, utiliza-lo em sua defesa. Mas não nos venham com desculpas frágeis. Cremos seja uma situação vexatória para a empresa.
ESSA É A NOSSA OPINIÃO
Ornan Serapião é aposentado do serviço público federal,
administrador de empresa, professor e proprietário do site.