O presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, defendeu a decisão do Banco Central e disse que o Brasil precisa sair do “terreno expansionista” para harmonizar com a política monetária restritiva, refletida na taxa básica de juros. Durante o 3º Congresso da Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), em Brasília, Sidney comentou manutenção da taxa de juros. “O Banco Central interrompeu o ciclo de queda na taxa de juros, o que é negativo para o que precisamos. Não estou criticando o BC; a decisão foi técnica, baseada no cenário atual e na deterioração do quadro fiscal e das expectativas de inflação.” O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 10,5% ao ano, encerrando o ciclo de cortes de juros iniciado em agosto de 2023. A decisão foi unânime. Isaac Sidney destacou que o debate sobre o aumento de receitas está esgotado e defendeu uma reavaliação do ritmo de crescimento das despesas no planejamento fiscal. Ele citou os elevados gastos com incentivos sociais, que representam 6% do PIB, e com a Previdência. Perguntado sobre a situação fiscal, Sidney reconheceu os resultados positivos do trabalho do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como o crescimento do PIB em 2023 e neste ano. Ele enfatizou a preocupação histórica da Febraban com o equilíbrio fiscal no país e a necessidade de contenção dos gastos públicos. “Precisamos adotar uma agenda de sustentabilidade fiscal para que o Brasil consiga crescer de forma sustentável. Isso ajudará a manter a inflação na meta e permitirá juros mais baixos, o que todos desejamos”, concluiu Sidney.
ECONOMIA: Presidente da Febraban afirma que Brasil precisa adotar agenda de sustentabilidade fiscal
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