Sondagem especial feita pela Fundação Getúlio Vargas, para 42,1% dos empresários brasileiros as atividades produtivas só voltarão ao nível pré-crise em 2021. Outros 25,1% afirmaram que a operação está no patamar normal, enquanto um terceiro grupo não vislumbram a possibilidade da retomada plena.
Realizada por meio do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), as empresas do setor de Serviços são as mais afetadas pelos impactos econômicos da Covid-19. Apenas 16,6% estão operando em situação considerada normal, mas para 47,2% a normalidade viria a partir de 2021 e 14,7% não conseguem visualizar o retorno.
“ Enquanto houver dúvidas em relação à recuperação econômica e principalmente do mercado de trabalho, e enquanto ainda tivermos restrições ao funcionamento de alguns tipos de estabelecimentos, ou a população não se sentir confortável para voltar a frequentá-los, esse setor será duramente impactado”, avalia Renata de Mello Franco, economista do FGV IBRE e uma das responsáveis pela pesquisa.
Nesta sondagem, foram entrevistados 1510 consumidores, 668 empresas da Indústria de Transformação, 489 da construção, 1212 de Serviços e 498 do Comércio, entre os dias 1e 14 de agosto.
A pesquisa constatou ainda que 55,1% das famílias que ganham até R$ 2.100 foram muito impactadas pela pandemia. Por outro lado, nessa mesma faixa de renda também está o maior percentual das famílias que responderam não terem sido afetadas. Esse resultado pode ser explicado pelas pessoas que não puderam parar de trabalhar ou que receberam o auxílio emergencial, ressalta o FGV Ibre.