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ECONOMIA – Movimento nas lojas aumentou 10% com reabertura, segundo Sindilojas

por Ornan Serapião
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As duas primeiras semanas de retomada na atividade econômica em Salvador registraram um aumento nas vendas de 10%, no comparativo com o período em que o setor funcionava apenas em drive-thru e e-commerce. O movimento, contudo, é 30% menor do que o verificado no mesmo período do ano passado, incluindo a demanda pelo Dia dos Pais. Os dados foram apresentados ao bahia.ba pelo presidente do Sindilojas, Paulo Motta.

“É um ponto positivo que tenha havido a reabertura”, destacou o executivo. “A minha avaliação é de que só daqui a quatro ou cinco meses vamos chegar a um ponto de equilíbrio entre receitas de despesas”.

Motta observa que houve, em razão do tempo parado, perdas significativas de emprego e de renda dos lojistas e dos consumidores. Ele adverte que garantir sustentabilidade para o varejo, no momento, é evitar um retrocesso na questão sanitária.

Para o lojista, mesmo com o índice de ocupação de UTIs para pacientes Covid-19 estando em 60% ou menos em Salvador – abaixo do limite definido para a reabetura (de até 75%) -, questões como os 3 milhões de infectados registrados pelo Brasil e a letalidade precisam ser acompanhados. O lojista pede ao consumidor apoio no combate ao coronavírus. “Não é hora de sair de casa para passear”, adverte.

Bares e restaurantes

Nesta segunda-feira (10), Salvador entrou na fase 2 da reabertura, em que setores como academia de ginástica, bares/restaurantes e setor de beleza voltam a funcionar. O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS) estima que 70% dos 6 mil estabelecimentos do segmento na capital voltam a atender clientes nesta segunda.

Por seu lado, Júlio Cesar Calado, do Camafeu de Oxossi, contou ao bahia.ba que a procura é maior do que ele esperava. “O primeiro dia ainda é de ajuste da equipe, do protocolo. Recebemos cerca de 25% do movimento normal”, disse. Em razão do protocolo de retomada estabelecido pela prefeitura, o Camafeu de Oxossi só pode receber até 50% da capacidade.

Também integrante do Conselho de Administração da regional baiana da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Júlio César Calado observa que o turismo ainda não reaqueceu e a demanda de trabalhadores é reduzida pelo home-office. O dirigente acredita que no verão o segmento de bares e resturantes vai atingir 70% do movimento pré-isolamento social. “Muita gente tirou férias durante a pandemia.” A previsão, contudo, não está fechada. “Pode ser que a gente tenha uma surpresa. A cidade está arrumada.”

Salões

No segmento de beleza, Natália Marques, do Bella Mone, prevê uma retomada de 30% a 40% do público de antes da pandemia nos empreendimentos que cumprirem os protocolos de segurança. “Estamos tendo uma procura considerável de clientes, mesmo com o quadro de colaboradores reduzido a 30%”, relatou ela, em contato do  “Colaboradores e clientes aceitaram facilmente todas as normas e protocolos de segurança, algumas delas já eram de rotina e outras são de fácil adaptação, tais como medição de temperatura e uso de face shield.”

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