O governo federal estuda direcionar R$ 62 bilhões em concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) na área de saneamento. Desses recursos, R$ 55 bilhões devem ser investidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O maior dos projetos sendo estruturados pelo banco está no Rio de Janeiro, e custa R$ 33,5 bilhões.
De acordo com informações do Valor Econômico, os outros R$ 7 bilhões têm como origem de investimento a Caixa Econômica. Durante webinar “Novo marco legal do saneamento: como alavancar investimento privado?”, promovido pelo Insper, a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, afirmou que a Caixa priorizará consórcios municipais para dar apoio técnico e financeiro.
Segundo ela, o objetivo do governo é “inundar” o mercado com projetos de concessão e PPP, após a sanção do novo marco legal do saneamento. Entre as vantagens, segundo ela, estão a transparência os critérios de definição de tarifas e a possibilidade de fazer investimentos bilionários apenas combatendo ineficiências sem, necessariamente, elevar as tarifas para o usuário.
De acordo com Martha Seillier, 40% da água tratada atualmente é perdida e não chega ao usuário. Esse desperdício custa cerca de R$ 10 bilhões ao ano.
