O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira, 17, que 2021 foi ano em que o Brasil se reergueu e a pandemia do novo coronavírus tombou. Em coletiva para fazer um balanço da pasta ao longo dos últimos meses, o chefe da equipe econômica ressaltou que a economia doméstica retornou ao mesmo patamar registrado antes da crise sanitária. “Em 2020, a doença lançou o país na escuridão, havia temor de desorganização social, fome, desemprego em massa, além das centenas de milhares de mortes. Se eu tivesse que fazer uma síntese de 2021, diria que o Brasil se reergueu e a doença tombou”, afirmou. Guedes voltou a afirmar que o Produto Interno Bruto (PIB) deve avançar 5% neste ano e que as atividades econômicas retornaram em “V” — quando uma forte recessão é seguida de um avanço robusto, mas que esta taxa de crescimento não deve ser sustentada no próximo ano. “O ‘V’ é o nível, não a taxa de crescimento. É a queda e a volta”, afirmou.
O chefe da equipe econômica citou a inflação como desafio para a retomada do crescimento sustentável, e afirmou que a variação de preços levou ao empobrecimento da população. “O Brasil está na forma que estava quando foi atingido pela recessão. Alguns vão dizer que ele está mais pobre por causa da inflação. Sim, guerras empobrecem a população”, disse, emendando que a variação de preços é um fenômeno de escala mundial. Guedes também chamou de “desonestidade intelectual” comparar os resultados do atual governo com gestões anteriores pois elas não tiveram que lidar com uma pandemia, e citou a movimentação de economistas críticos ao governo em meio ao processo eleitoral. “Com os alinhamentos dos economistas vamos vendo quem estava militando antes. Sabemos agora quem estava fazendo críticas construtivas, quem estava fazendo críticas realistas e quem estava só jogando pedra.”
Guedes também elencou dados das contas públicas para afirmar que o Ministério da Economia manteve o compromisso com os gastos, apesar do aumento da desconfiança do mercado com o risco fiscal. O ministro ainda disse que a estratégia fiscal do governo melhorou a situação de Estados e municípios. “Ou 5,5 mil prefeituras melhoraram extraordinariamente nos últimos 12 meses, 26 Estados melhoraram extraordinariamente, ou houve um pacto federativo funcionando, que é algo que está conosco desde o início”, disse. “Desde antes da pandemia chegar, nós sabíamos que tínhamos o compromisso com mais Brasil e menos Brasília.”
JP