A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, foi por conta de um acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca, conforme informou o boletim médico divulgado pelo Vaticano nesta segunda-feira (21). A morte, que foi registrada às 7h35 (2h35 no horário de Brasília), ocorre após um agravamento progressivo de seu estado de saúde, iniciado com uma internação por pneumonia bilateral em 14 de fevereiro. Durante os 38 dias em que permaneceu hospitalizado, Francisco enfrentou uma série de complicações respiratórias. No dia 22 de fevereiro, sofreu uma crise asmática prolongada e precisou receber transfusão de sangue devido a um quadro de trombocitopenia associado à anemia. Já em 3 de março, o papa passou por dois episódios de insuficiência respiratória aguda, causados pelo acúmulo de muco nos brônquios e broncoespasmos, o que agravou ainda mais seu estado clínico. Essa foi a quarta e mais longa internação de Francisco desde sua eleição em 2013. O pontífice já tinha um histórico de problemas pulmonares desde jovem. Aos 21 anos, quase morreu de pleurisia — inflamação do revestimento dos pulmões — e precisou remover o lobo superior do pulmão direito. Nos últimos anos, sua saúde também vinha sendo monitorada de perto por causa de outras questões, como o uso recente de aparelho auditivo e uma cirurgia de catarata realizada em 2019. A morte de Francisco marca o fim de um papado que durou mais de uma década e que foi marcado por posturas progressistas e tentativas de reforma na Igreja Católica. O Vaticano agora entra em período de Sede Vacante, à espera do conclave que escolherá seu sucessor. A expectativa é que se leve pelo menos 15 dias até o início do conclave, ou seja, a escolha do novo papa só deve começar a partir de 6 de maio.
DIVULGADA A CAUSA DA MORTE DO PAPA FRANCISCO
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