A Psicologia, profissão das psicólogas e psicólogos, completa mais um ano de homenagens no Brasil. Três lembranças surgem na reflexão sobre o momento pandêmico e na relação com os fazeres das/os profissionais das subjetividades. Primeira, as condições de desenvolvimento do trabalho, os desafios de “reinventar” as práticas psicológicas no cotidiano de diversas vulnerabilidades da sociedade brasileira e diante de perdas reais e simbólicas. Segunda, a expectativa da formação daqueles que pretendem chegar para somar aos 19.644 psicólogas/os baianas/os, colaborando com os direitos humanos, com a ética, as técnicas e oportunizado o acesso aos serviços de Psicologia no território da Bahia. E a terceira, é a árdua tarefa de gerir coletivamente a coisa pública, de ser “ponte” entre as demandas e necessidades, de ser presença nas oito regiões. Sim, o compromisso de interiorizar as vozes que constroem as Psicologias no extenso e intenso interior baiano. Essas lembranças trazem a dimensão da nossa diversidade refletindo que aquilo que nos une tem mais força, do que aquilo que possa nos distanciar. Por psicólogas/os com solidariedade como elucidou Matraga, por uma Psicologia capaz de cooperar e promover mudanças no enfoque de “sujeitos de direito”, que pensa a saúde e as condições de vida das pessoas de modo indissociado e, por fim, por profissionais comprometidas/os com a construção da sua profissão, participando, mobilizando e lutando como uma/um Psicóloga/o.
Ana Caroline Moura Cabral, Psicóloga, CRP-03/5541
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