Doença, considerada epidemia mundial, pode atingir inclusive bebês
Dia 3 de junho é o dia da Conscientização contra a obesidade mórbida infantil, considerada um dos maiores problemas de saúde pública pediátrica, afetando cerca de 224 milhões de crianças em idade escolar no mundo.
A data foi criada como forma de trazer visibilidade ao tema e alertar os pais sobre a importância de se cuidar da saúde das crianças através da alimentação saudável.
A obesidade é uma condição complexa, vista pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma epidemia mundial e é um distúrbio do metabolismo energético que resulta de fatores ambientais, genéticos e comportamentais.
Para o Ministério da Saúde grande parte da obesidade infantil se deve ao consumo de alimentos ultraprocessados e prejudiciais à saúde cada vez mais cedo pelas crianças.
Mas quando uma criança pode ser considerada obesa? Segundo Dr. Antônio Wanderson Lack de Matos, especialista em nutrição clínica e responsável pelo setor de nutrição do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI), uma criança é considerada com obesidade mórbida quando o seu IMC (índice de massa corporal) ultrapassa 40 Kg/m².
“O ideal é já ficar alerta se a criança estiver com o peso 25% maior que o indicado para a sua idade. Nesse caso, o tratamento mais adequado seria a regulação dietética e a prática de exercícios físicos e ainda alguns medicamentos para equilibrar esse organismo enquanto o corpo não volta ao peso ideal”, alerta o nutricionista.
Dr. Antônio lembra que o ideal é a criança ter a alimentação saudável com frutas, legumes e cereais e o consumo correto de proteínas.
“A doença atinge de bebês a jovens de 12, 13 anos e o tratamento precisa ser feito de acordo com a composição corporal do indivíduo através de um controle alimentar personalizado até o organismo da criança se livrar das toxinas e manter o crescimento dos tecidos. Para isso, a família precisa ajudar muito nesse processo, principalmente pelo fato de a criança não ter discernimento”, explica o especialista.