A decisão da maioria dos líderes do senado federal pela abertura de diversos pedidos de CPIs protocolados na casa somente após o término das eleições, caiu como uma bomba sobre o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que sonhava em ver a CPI do Ministério da Educação (MEC) em pleno funcionamento já nos próximos dias.
O comunicado oficial foi feito pelo presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), logo após a reunião com os partidos (veja ao final desta matéria), na qual Randolfe estava presente.
E como era de se imaginar, o político saltitante, que deve ter protestado estridentemente contra a decisão, resolveu apelar com uma de suas especialidades, conforme anunciado em suas redes:
A #CPIdoMEC atende todos os requisitos constitucionais p/ sua instalação. Não cabe interpretação, de quem quer que seja, da CF, isso inclui o colégio de líderes. Aguardo até amanhã a leitura do requerimento. Caso contrário, não nos restará alternativa, a não ser acionar o STF, escreveu o parlamentar, ao mesmo tempo em que Pacheco comunicava a decisão da maioria.
O motivo do desespero do senador DPVAT é a impossibilidade de montar um novo circo no Congresso Nacional, como o que ocorreu durante a CPI da Covid, para a exploração político-eleitoreira de narrativas e fake news contra o governo de Jair Bolsonaro.
Vale, entretanto, uma ressalva, pois assim que Randolfe entrar com o pedido para que o Supremo intervenha, nunca se sabe que tipo de decisão sairá de lá.
Estamos prestes a assistir a uma nova ‘interferência inconstitucional’ entre poderes?
Sobre a decisão de Rodrigo Pacheco.
Serão lidos e acatados os pedidos de abertura das CPIs do MEC, do crime organizado e do narcotráfico e da ação de ONGs na Amazônia.
Todas, entretanto, só poderão ser instaladas após o segundo-turno das eleições, em outubro.
JCO