A professora Vitória Romana Graça foi torturada e morta, tendo seu corpo carbonizado, após sofrer um sequestro no Rio de Janeiro. Em depoimento prestado à polícia na tarde desta quarta-feira (15), Edson Alves Viana Junior, um dos suspeitos de participar do crime, confessou que a professora foi enforcada com uma corda, álcool jogado em seus olhos e gasolina espalhada pelo corpo enquanto ainda respirava, viva.
De acordo com o “O Globo”, os suspeitos teriam enforcado a vítima por trinta minutos com uma corda e, para ter certeza de sua morte, abriram os olhos dela e jogaram álcool. A vítima foi colocada numa mala e, posteriormente, dentro do porta malas do carro de Vitória.
Em seguida, dirigiram até um local ermo, e retiraram a mala com a vítima do carro. Segundo Edson, ele próprio abriu um pouco a mala e despejou dois litros de gasolina dentro dela, ateando fogo logo depois. O suspeito contou ainda que ele, a irmã Paula Custódio Vasconcelos e a sobrinha e ex-namorada de Vitória, de 14 anos, só deixaram o local quando as chamas estavam altas.
A professora estava desaparecida desde a quinta-feira da semana passada, e foi encontrada carbonizada em uma casa na Comunidade Cavalo de Aço, na Zona Oeste do Rio. Em depoimento, a mãe da professora contou que recebeu ameaças por telefone e que lhe pediram R$ 2 mil pelo resgate de sua filha. Neste domingo, Paula teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após audiência de custódia.
Vitória era professora contratada do município há quatro meses e dava aula na Escola Municipal Oscar Thompson, em Santíssimo. De acordo com as investigações, Vitória teve um relacionamento com a adolescente apreendida. Um colega da professora contou, em depoimento, que Vitória decidiu se afastar da menina por achar que a mãe dela estava se aproveitando do namoro para se beneficiar financeiramente.