Apesar da história inacreditável contada pela deputada, o mistério continua
O exame das 16 câmeras e os seguranças do prédio onde a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) mora, em Brasília, desmentem sua versão de que o apartamento teria sido invadido por agressores que a deixaram com cinco fraturas no rosto, cortes e dois dentes a menos.
Nenhum estranho saiu ou entrou no apartamento nos dias em que a agressão se deu. Nem a deputada saiu para exames, como afirmou, em um hospital – exceto na terça-feira (20), quando ela “teria saído para o hospital”, de acordo com nota divulgada pelo Departamento de Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados (Depol).
Restam duas outras linhas aos investigadores, segundo revela a Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder: a deputada foi vítima de violência doméstica ou se lesionou para ganhar manchetes ou por razões de natureza psicológica.
O delegado Miguel Lucena, do DF, deu sua opinião profissional a esta coluna, sábado (24): a investigação deveria começar dentro da casa da deputada, que diz não se lembrar de nada e confirma que o marido e uma empregada se encontravam no interior do apartamento.
Lucena lembrou ontem da investigação que comandou em 2015, na 3ª DP do DF, de um homem que se machucava e até deu tiro no próprio pé, simulando “atentados”. Tinha problemas de ordem psicológica, claro.