O ajudante de pedreiro Reidimar Silva Santos, de 31 anos, foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) pela morte e ocultação de cadáver de Thaís Lara, de 13 anos. O homem confessou ter matado e enterrado a garota no quintal da casa onde morava, no Setor Madre Germana II, na capital goiana. A menina desapareceu em agosto 2019. O corpo de Thaís foi encontrado no início deste ano, depois que Reidimar foi preso pela morte de outra adolescente, Luana Marcelo Alves, de 12 anos, no mesmo bairro. Os crimes aconteceram de forma semelhante, após o desaparecimento das meninas. As duas foram encontradas na casa do homem. De acordo com o promotor de Justiça José Carlos de Miranda Nery Júnior, titular da 67ª Promotoria de Goiânia, em relação ao caso de Thaís, Reidimar foi denunciado por feminicídio quadruplamente qualificado, com agravante por a vítima ser uma criança. Também foi pedido que o ajudante de pedreiro responda por fraude processual e ocultação de cadáver, com penas cumulativas. De acordo com o órgão, o pedido é mais grave do que o indiciamento feito pela Polícia Civil.
Morte cruel
Conforme a denúncia, Reidimar e Thaís mantinham contato por meio de uma rede social, por onde ele também conversava com outras adolescentes. Esporadicamente, os dois se cruzavam pelas ruas do bairro onde moravam. Segundo o MPGO, a garota demonstrava carinho o filho do homem, que, à época, tinha cerca de 4 anos. No dia do crime, Thaís saiu sozinha para ir a uma feira livre que acontecia nas proximidades da casa dela. Ao passar pela residência de Reidimar, ela decidiu parar para perguntar sobre o filho dele. Conforme a peça acusatória, foi nesse momento que o homem a atraiu e a levou para dentro da residência. Durante uma conversa, a adolescente teria questionado Reidimar se eram verdadeiros os comentários de que ele já havia sido preso por crime sexual. De fato, Reidimar havia sido denunciado pelo MPGO pela prática de estupro contra uma adolescente, ocorrido em 18 de janeiro de 2015, mas o processo foi arquivado porque a vítima não foi localizada. Irritado com a pergunta, o ajudante de pedreiro matou a garota. Thaís foi estrangulada até a morte e, depois de morta, a garota teve o corpo queimado e jogado em uma fossa desativada. O homem ainda ateou fogo no local. A Polícia Civil em conjunto com a Polícia Científica localizou os restos mortais da adolescente no dia 11 de janeiro, depois de Reidimar pedir uma Bíblia a um agente da Polícia Penal de Goiás e confessar que a matou.
Semelhanças
Segundo a Polícia Civil, os casos de Thaís Lara e Luana Marcelo apresentam diversas semelhanças, inclusive, as características das vítimas, relacionadas ao porte físico e à idade. Ainda de acordo com a corporação, as duas meninas não tinham o hábito de sair sem avisar às famílias, eram quietas e não tinham histórico de atos infracionais. (sudoestedigital.com)