O governo da Nova Zelândia afirmou nesta segunda-feira, 27, que conseguiu controlar as transmissões comunitárias do novo coronavírus e anunciou o relaxamento das regras de distanciamento social.
Ashley Bloomfield, diretor-geral de saúde da Nova Zelândia, disse em entrevista coletiva que nas últimas 24 horas o país registrou um novo caso, quatro suspeitos e uma nova morte. Além disso, ele afirmou que todos os casos positivos tiveram sua origem de transmissão identificada.
A primeira-ministra Jacinda Ardern disse que o coronavírus foi “atualmente” eliminado, mas que o país precisa permanecer alerta e ainda pode registrar novos casos. “Não há grandes contágios locais. Ganhamos a batalha”, disse.
Nesta segunda, a Nova Zelândia também inicia uma nova fase do seu plano de isolamento social, relaxando algumas das medidas em vigor desde 25 de março. A partir de agora, parte do comércio será reaberto e as aulas serão retomadas em esquema especial e reduzido.
O home office continua sendo a recomendação do governo. Locais públicos como bibliotecas, museus e academias de ginástica ainda permanecerão fechados. No dia 11 de maio o país vai reavaliar as medidas.
“Nós estamos reabrindo a economia, mas não estamos abrindo a vida social das pessoas”, destacou Ardern afirmando que ainda não há certezas sobre a eliminação total do vírus e o retorno à normalidade. “Todos querem retomar os contatos sociais que faltam, mas para fazer isso com segurança precisamos nos mover lentamente e precisamos usar a cautela. Não arriscarei os progressos feitos no tema da saúde dos neozelandeses”, finalizou.
O sucesso neozelandês
Até o momento, a Nova Zelândia diagnosticou 1.122 casos conformados de Covid-19, cifra que inclui 19 óbitos. A taxa de transmissão no país está abaixo de 0,4%. A média internacional é de 2,5%. O país afirma ter sido bem sucedido em eliminar a transmissão comunitária por meio do fechamento de fronteiras já em março, da implantação de quarentena rigorosa antes mesmo do primeiro óbito e da testagem em massa.
Ardern, que já era admirada pelo estilo ao mesmo tempo firme e suave, ganhou um prestígio mundial nunca visto em sua pequena nação pelo seu trabalho na luta contra o coronavírus. Sob seu comando, a Nova Zelândia foi um dos primeiros países a oferecer ajuda financeira à população mais afetada. Ela mesma, aliás, cortou 20% de seu salário e dos ministros em “solidariedade” às vítimas.
O ambicioso objetivo do governo desde o início da crise é erradicar o Sars-CoV-2 do país, não apenas impedir sua propagação. Ajuda, é claro, o fato de a Nova Zelândia ter menos de 5 milhões de habitantes bem distribuídos em duas ilhas na Oceania
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