Só pode esperar uma “coerência” da maioria do Congresso: eles apenas aprovarão leis eleitorais que lhes permitam reeleger-se sempre. Foi por isso que os deputados de todas as tendências, da direita à esquerda, ressuscitaram coligações partidárias sem o menor pudor. E mandaram às favas a própria decisão de reduzir espaço para partidinhos de aluguel que servem para drenar dinheiro público para o bolso dos controladores.
Achando pouco, o Congresso aprovou o frankenstein “federação de partidos”, que estende a coligação eleitoral pelo prazo de 4 anos.
A “federação” permitirá aos grandes partidos “prender o rabo” dos nanicos que precisaram da aliança para não desaparecerem.
Além da decisão atrasada de ressuscitar as coligações, o Congresso desfez sua própria decisão de reforçar a “cláusula de barreira”.
Os “nanicos” estarão na rachadinha do fundão eleitoral (no caso das coligações) e do fundo partidário (nas federações). Só pensam nisso. (Cláudio Humberfto)