Incluída na lista das mais importantes cientistas do mundo, pela Universidade de Stanford (EUA), médica participou do programa ‘Direito ao Ponto’ desta segunda-feira para debater a medicina no país
Nesta segunda-feira, 18, o programa ‘Direto ao Ponto‘ recebeu a cientista e cirurgiã Angelita Gama para falar sobre a medicina brasileira. Recém premiada pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, por ser uma das mais influentes cientistas do mundo, Angelita falou sobre a necessidade do investimento na educação. “Os entusiastas da medicina são entusiastas da juventude. Eu diria que ainda estamos em um país muito bom. Eu sempre estudei em escolas públicas e cheguei longe, mas ainda precisamos incentivar mais. Mais crianças precisam ser alfabetizadas, precisamos aumentar a escolaridade e a educação do nosso povo. Sem isso não há progresso”, comentou. “Foram abertas numerosas faculdades de medicina, dispersas no Brasil inteiro, e não há corpo docente suficiente que seja preparado para ser professor. Porque para dar aula precisa fazer uma carreira. Tem muitas faculdades que poderiam ser fechadas. Não há trabalhos também”, disparou a médica.
Angelita também falou sobre a dificuldade como mulher na profissão. “Na minha turma éramos 11 moças, hoje mais de 50% dos jovens que entram na faculdade de medicina da USP são mulheres. E dentro das especialidades cirúrgicas tem crescido as cirurgiãs, ainda é pequeno”, declarou. A infraestrutura, na opinião de Angelita, também precisa ser melhorada. “Temos que melhorar nossa estrutura para fazer transplante, porque é caro. Precisamos de mais investimento na saúde e educação [para não perder profissionais para outros países]. Nós somos muito bons em transplante”, declarou a médica.