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MUNDO ARTÍSTICO DE LUTO: MORRE, AOS 63 ANOS NO RIO DE JANEIRO, A ATRIZ CLÁUDIA JIMENEZ

por Ornan Serapião
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A atriz Claudia Jimenez morreu na manhã deste sábado (20/8), aos 63 anos, no Rio de Janeiro. A artista estava internada em um hospital na zona sul da cidade. A causa da morte não foi divulgada pela família. Nos últimos anos, a atriz passou por uma série de cirurgias cardíacas. Em 1999, colocou cinco pontes de safena no coração. Em 2012, fez a substituição de uma válvula aórtica e, dois anos depois, colocou um marca-passo.

Trajetória

Cláudia Jimenez nasceu no Rio de Janeiro e desde a infância se dedicou às artes. A estreia como profissional do teatro foi em 1978, na peça Ópera do Maladro, de Chico Buarque. Na produção, ela viveu a prostituta Mimi Bibêlo. As primeiras aparições na televisão foram nos anos 1980, quando chegou a Globo para participar do programa Viva o Gordo, de Jô Soares, que também morreu recentemente. No programa, a atriz viveu a personagem Pureza. Na década seguinte, Claudia Jimenez foi para um dos humorísticos de maior sucesso da televisão brasileira, A Escolinha do Professor Raimundo, para viver Dona Cacilda. A personagem imortalizou o bordão “Beijinho, beijinho, pau, pau”, em clara ironia à despedida de Xuxa Meneghel. A partir de 1996, Cláudia Jimenez passou a integrar o humorístico Sai de Baixo, ao lado de Miguel Falabella, Tom Cavalcante, Luís Gustavo, Aracy Balabanian e Marisa Orth. Na atração, ela vivia a doméstica Edileuza. Cláudia Jimenez esteve em diversas novelas da Rede Globo, como Torre de Bebel, As Filhas da Mãe, Papo de Anjo, América e, mais recentemente, em Haja Coração. No cinema, ela participou de oito filmes e deu a voz para Ellie em A Era do Gelo 2 e 3.

Problema de saúde

Ainda na década de 1980, Claudia Jimenez foi diagnosticada com um tumor maligno atrás do coração. A atriz, mesmo contra diversos prognósticos negativos, conseguiu se curar. Porém, as sequelas da doença a obrigaram a realizar três cirurgias. O último procedimento foi em 2014, quando a atriz e humorista colocou um marca-passo. “Quando eu falo para o meu médico: ‘Ô, radioterapia desgraçada!’. Aí ele fala: ‘Mas se não fosse ela, você já estava há muito tempo lá em cima, né?’. E é verdade, quer dizer, a gente tem sempre que agradecer em vez de reclamar”, relembrou Cláudia em entrevista ao Fantástico, em 2014.

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