O número de mortes por dengue na Bahia chegou a 14 nesta quinta-feira (14). De acordo com informações da Secretaria, os últimos dois óbitos foram registrados em Santo Antônio de Jesus, na região do Recôncavo da Bahia e Santo Estevão, na região de Feira de Santana. Não foi revelada a identidade das vítimas e nem as datas da morte. Outros casos de morte também aconteceram em Jacaraci (4), Vitória da Conquista (3), Barra do Choça (1), Feira de Santana (1), Ibiassucê (1), Irecê (1), Piripá (1). Atualmente, a Bahia tem 175 cidades em estado de epidemia de dengue, já outros 67 municípios estão em risco e 18 cidades estão em alerta. Além disso, foi obtido mais de 45.386 casos prováveis da doença até o dia 9 de março, marcando um crescimento de 307,7% em comparação ao período homólogo, quando foram notificados 3.918 casos prováveis de chikungunya no estado. No ano passado foram 4.747 casos prováveis da doença. Já os casos de zika tiveram um aumento de 38,2% em relação a 2023, saltando de 335 casos prováveis para 463 casos prováveis em 2024. Os dados são da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab. Neste ano, foram registrados dois óbitos por chikungunya nos municípios de Teixeira de Freitas e Ipiaú. Nenhum óbito por zika foi confirmado até o momento.
Saúde
MARÇO AMARELO – SAÚDE DA MULHER: DOUTORA EMILLY SERAPIÃO É ESPECIALISTA EM ENDOMETRIOSE. ASSISTA AO VÍDEO:
VITÓRIA DA CONQUISTA-BAHIA: Secretaria de Saúde alerta para os sinais de alarme da dengue que podem agravar o estado de saúde do indivíduo
Nesse momento, o Brasil vive uma epidemia de dengue e todos os esforços estão sendo feitos para conter o avanço das arboviroses e reduzir a ocorrência de agravamentos e óbitos por dengue no município. Só neste ano, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já registrou 6.023 notificações suspeitas das arboviroses, com 890 confirmados para dengue, 36 casos de chikungunya e um de zika. Um aumento de 937,41% em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos últimos oito dias, as quatro unidades de saúde sentinelas já prestaram 2.019 atendimentos à população com sintomas suspeitos de arboviroses e síndromes gripais, principalmente os pacientes considerados fichas verdes e azuis. Contudo, ainda é preciso estar atento aos sinais de alarme, pois passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação, e é nesse momento que a doença pode progredir para as formas graves.
Dengue grave
“Quando tem uma doença inflamatória, como é o caso da dengue, produzida por um vírus que encontra um sistema imunológico já previamente estimulado – que é o caso do brasileiro, todos nós temos um anticorpo para dengue guardado no corpo, em função de mais de quarenta anos de epidemia do nosso país –, isso faz com que esse anticorpo seja o responsável por disparar uma cascata inflamatória, que lesiona os vasos sanguíneos da gente, faz com que a gente perca líquidos e os órgãos comecem a funcionar mal”, explica o médico infectologista, Augusto Aníbal.
Alguns desses sinais de agravamento da dengue é a dor contínua no abdômen (intensa ou fraca), alterações de humor, dificuldade para dormir, irritabilidade ou sonolência, dificuldade para urinar, quedas de pressão arterial súbitas e vômitos. “São de má perfusão dos tecidos ou a baixa do processo circulatório nos principais tecidos orgânicos, que faz com que o paciente morra por dentro e isso é absolutamente imprevisível. Mas os sinais de alarmes acontecem 48 horas antes da evolução com quadro de choque, então há uma sinalização do corpo de que o paciente vai ficar grave, que é o quadro mais abrupto de parada cardíaca ou de insuficiência circulatória”, esclarece o infectologista
Por isso, é imprescindível buscar o serviço de saúde o quanto antes e não esperar que esses sinais aconteçam, para que intervenções sejam feitas nessas 48h, a fim de evitar o agravamento e o óbito por dengue. Além disso, a hidratação, seja oral ou venosa, é um fator essencial no tratamento, em qualquer estágio da infecção.
Mas o infectologista reforça: “É necessário que a população já entenda isso como importante. Dengue mata e dengue não é uma virose comum! Produz uma taxa de mortalidade que é de 0,8% a 1,5%, mas à medida que você vai tendo um conjunto muito grande de casos, proporcionalmente a isso, aumenta muito e pressiona serviço de saúde, aumentando também o risco das pessoas morrerem”.
A queda da febre é um marcador da fase mais crítica, mas, segundo o médico, o brasileiro adulto tem essa fase por volta do fim do 4º dia de sintomas ou início do 5º dia. Nesse momento, é bom estar atento, se houve melhora ou se tem aparecido alguns desses sinais de alarme. Na criança, podem acontecer entre o 3º e quarto dia.
O médico reforça que a Organização Pan-Americana de Saúde e a OMS já alertaram que o Brasil tem uma epidemia complexa por três grandes motivos: primeiro, porque as pessoas não tem percebido que a dengue é um agravo de saúde diferente das outras viroses, então é importante que tendo a suspeita ou quadros febris, buscar serviço de saúde é essencial. Outro aspecto que é importante é que há um grande número de casos de dengue há muitos anos no país, com uma população extremamente suscetível a formas graves de doença. Num segundo evento ou a cada evento de dengue subsequente aumenta em 100 vezes a chance da ocorrência de dengue hemorrágica.
“O terceiro elemento, e mais importante, é a organização dos serviços de saúde e a participação social. Não dá pra achar que carro fumacê e vacina vai resolver nesse momento. É preciso tirar de 10 a 15 minutinhos para avaliar como é que está a sua casa, como é que está seu quintal, como é que está o hospital do vizinho, fazer as denúncias, para que os entes públicos possam agir. É na hora que a fêmea coloca os ovos na água que ela é mais vulnerável. Se a gente consegue evitar isso, a gente rompe com a epidemia”, alertou Augusto.
SUS incorpora teste para detecção de HPV em mulheres
Decisão está publicada no Diário Oficial de hoje
O Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) um teste para detecção de HPV em mulheres classificado pela própria pasta como inovador. A tecnologia utiliza testagem molecular para detecção do vírus e o rastreamento do câncer do colo do útero. A portaria foi publicada nesta sexta-feira (8) no Diário Oficial da União. Em nota, o ministério informou, em Brasília, ter investido R$ 18 milhões em um projeto piloto que utilizou o teste ao longo de 2023 em Pernambuco.
“A decisão de incorporar a estratégia para uso em todo o território nacional é um ganho para as mulheres, já que, além de ser uma tecnologia eficaz para detecção e diagnóstico precoce, traz a vantagem do aumento do intervalo de realização do exame”, explica a nota.
Segundo o Ministério da Saúde, enquanto a forma atual de rastreio do HPV, por meio do exame conhecido popularmente como Papanicolau, deve ser realizada a cada três anos e, em caso de detecção de alguma lesão, de forma anual, a testagem proposta pela tecnologia incorporada é recomendada para ser feita a cada cinco anos. “Essa mudança traz melhor adesão e facilita o acesso ao exame”.
O HPV é considerado atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.
Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres – sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.
“Embora sejam ofertadas alternativas para prevenção – tanto por meio da vacinação contra o HPV, do uso de preservativos nas relações sexuais e da realização do rastreio para diagnóstico precoce – a doença segue como uma das principais causas de morte de mulheres em idade fértil por câncer no Brasil. Na região Norte do país, por exemplo, essa é a principal causa de óbito entre as mulheres”, destaca a pasta.
Testagem
Recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a testagem de HPV é considerada padrão ouro para a detecção de casos de câncer de colo de útero e integra as estratégias propostas pela entidade para a eliminação da doença como problema de saúde pública até 2030.
A incorporação do teste na rede pública passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS.
(Agência Brasil)
Menina brasileira responde bem ao tratamento contra câncer raro que salvou garoto belga
A brasileira Maria Flor passa pelo mesmo tratamento, contra um câncer raro no cérebro, que curou um garotinho belga no mês passado.
A notícia da cura de um menino belga encheu de esperança uma garotinha brasileira que está sendo submetida ao mesmo tratamento contra o câncer raro.
Maria Flor, de seis anos, é filha de Stanley Silva e Juliana Dantas. De Maricá, Rio de Janeiro, a família luta desde 2022 contra o agressivo glioma intrínseco difuso (DIPG).
O tratamento não é fácil, mas desde que Maria começou a usar a medicação ONC 201, a mesma usada pelo menino belga, os resultados foram animadores: “Minha filha voltou a fazer tudo. Está indo ao colégio, brinca, anda de bicicleta, está mais alegre”, disse Juliana Dantas em entrevista ao Só Notícia Boa.
Primeira cura no mundo
Lucas Jemeljanova, de 13 anos, mostrado em fevereiro aqui no Só Notícia Boa, é belga e foi diagnosticado com o mesmo câncer raro e agressivo de Maria Flor.
Ele foi a primeira pessoa do mundo a ser curada do DIPG, e a notícia deixou os pais da menina brasileira otimistas e muito animados.
Lucas participou do estudo clínico na França e o tumor foi desaparecendo gradativamente.
Progresso positivo
Maria também respondeu muito bem ao estudo de fase três realizado no Institute Baptist Health South Florida, nos Estados Unidos.
“O tratamento nos Estados Unidos atua para neutralizar, parar o crescimento do tumor. Já o caso do menino Lucas trabalha na diminuição do câncer. Graças a Deus o tumor do Lucas sumiu. É um milagre”, disse Juliana.
Para o médico Sérgio Cavaleiro, que acompanha a garotinha, Maria evoluiu muito bem.
“A situação atual é que o tumor está parado, estabilizado. Esse é o progresso”, contou o profissional da saúde.
A recuperação da menina deixou até mesmo os médicos americanos impressionados.
“A equipe médica ficou muito feliz e impressionada com o atual estado da Maria Flor, porque o estudo está dando certo, e ela está sem grandes sequelas”, disse a mãe.
Ajuda para Maria
Todo mês a família tem que ir aos Estados Unidos buscar a medicação e o processo é caro.
Na época, quando o caso apareceu, a família recebeu ajuda via vaquinha, mas as doações diminuíram. Para Maria continuar se recuperando, os pais pedem doações no site Rifa Solidária de Maria Flor.
(Por Vitor Guerra/SNB)
SAÚDE: Estado de São Paulo chega a 47 mortes por dengue e 170 mil casos confirmados
Três novas mortes por dengue foram confirmadas em São Paulo nesta sexta-feira (8), elevando o total de óbitos no Estado para 47, com outros 154 em investigação, conforme dados do painel de monitoramento do governo. As informações são do site Jovem Pan. A disseminação alcançou um estágio crítico em 134 municípios paulistas, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. O Estado tem 170 mil casos confirmados, com a incidência da doença ultrapassando 300 casos por 100 mil habitantes, critério estabelecido pela OMS para classificar uma epidemia. Na capital, foram registrados 39.236 casos, com duas mortes confirmadas e 39 em investigação. O controle e a contenção da doença representam um desafio significativo para as autoridades de saúde pública diante deste cenário. O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) decretou emergência em saúde pública na última terça-feira (5).
A cidade com maior número de óbitos é Guarulhos, com 5. Também foram confirmadas mortes em Taubaté (4), Pindamonhangaba (4), Campinas (3), Marília (3), Pederneiras (3), Bariri (2), Franca (2), Jacareí (2), Ribeirão Preto (2), São Paulo (2), Batatais (1), Bauru (1), Bebedouro (1), Boracéia (1), Bragança Paulista (1), Iguape (1), Mairiporã (1), Matão (1), Mauá (1), Parisi (1), São José dos Campos (1), Serrana (1), Suzano (1), Tremembé (1) e Votuporanga (1). No país, mais de 1 milhão de casos prováveis de dengue foram registrados nos primeiros dois meses do ano, levando à declaração de emergência em saúde pública em seis Estados e no Distrito Federal.
IPIAÚ-BAHIA: Idosa de 75 anos aguarda há mais de 15 dias por regulação para cirurgia de emergência
Aos 75 anos, Edite dos Santos, moradora da Rua Antônio Barnabé da Silva, centro de Ipiaú, encontra-se numa luta pela vida no Hospital Geral de Ipiaú. Diagnosticada com um Neurisma Aorta, uma condição grave que aumenta o risco de rompimento da artéria principal do corpo humano, a idosa espera há 17 dias por uma cirurgia de urgência que poderá salvar sua vida. Seu estado de saúde é descrito como grave pelo neto, Cristiano Medrado Gama, que tem compartilhado a angústia da família diante da espera por uma regulação médica que permita a realização da intervenção necessária. O jovem desabafou sobre a situação que a família tem enfrentado nos últimos dias. “Ela não está podendo se mover no leito. Quando vamos receber o relatório médico é sempre a mesma situação, informando que está esperando a regulação”, expressou o neto da paciente. A espera pela regulação médica para a cirurgia tornou-se um desafio adicional para a família, que vê a saúde de Edite se deteriorar a cada dia que passa. Na Bahia, casos de pacientes que aguardam por regulação médica para procedimentos emergenciais são recorrentes, evidenciando deficiências no sistema de saúde que impactam diretamente na vida e no bem-estar dos baianos. (Giro Ipiaú)
MARÇO AZUL: Prevenção e combate do câncer colorretal são enfatizados
Diagnóstico precoce é o principal foco da campanha
O número estimado de novos casos de câncer colorretal para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023-2025, é de 45.630, sendo 21.970 a serem diagnosticados em homens e 23.660 em mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, este tipo de tumor ocupa a terceira posição entre os mais frequentes no país. Nas Regiões Nordeste e Norte, é o quarto mais prevalente. Em 2020, a doença matou 20.245 brasileiros. Esses dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam a importância da Campanha Março Azul de prevenção e combate à doença, cuja incidência tem aumentado de forma significativa nos últimos anos.
Segundo o coloproctologista Ramon Mendes, este crescimento deve-se principalmente ao diagnóstico mais precoce, facilitado pelas consultas com coloproctologistas e exames mais frequentes. A Sociedade Brasileira de Coloproctologia recomenda a realização de exame de colonoscopia a partir dos 45 anos em pacientes assintomáticos com objetivo de rastreamento e prevenção da doença. Se o paciente apresentar sintomas antes dessa idade, a realização do exame deve ser antecipada. “Quanto mais cedo o tumor é descoberto e tratado, maiores são as chances de sucesso do tratamento”, destacou o especialista, chefe do serviço de coloproctologia do Hospital Santa Izabel, preceptor da residência em coloproctologia do Hospital Geral Roberto Santos e diretor do núcleo de coloproctologia do Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica (IBCR).
Sintomas e fatores de risco
– O câncer colorretal pode ser assintomático, mas diante de qualquer indício, é essencial consultar um coloproctologista ou gastroenterologista. As manifestações mais comuns incluem diarreia ou constipação, presença de sangue nas fezes, sensação de esvaziamento incompleto do intestino, dor abdominal tipo cólica, inchaço abdominal, fadiga, perda de peso inexplicada e presença de massa palpável no abdômen. A pesquisa de sangue oculto nas fezes pode ser o primeiro passo para investigação, mas a colonoscopia e a biópsia são determinantes para o diagnóstico final.
De acordo com a coloproctologista Meyline Lima, os principais fatores de risco envolvem o consumo excessivo de alimentos industrializados e com baixo teor de fibras, ingestão elevada de carne vermelha, gorduras e álcool, tabagismo, sedentarismo, excesso de peso, histórico pessoal ou familiar de câncer, e idade acima de 45 anos. “A mudança de estilo de vida com hábitos mais saudáveis é a melhor forma de prevenir o câncer colorretal”, ressaltou a especialista, que também integra o IBCR.
Tratamento
– Inicialmente, o tratamento para o câncer colorretal é cirúrgico, visando remover a parte afetada do intestino e os gânglios linfáticos no abdômen. A cirurgia pode ser convencional, videolaparoscópica ou robótica, sendo esta última preferencial para tumores no reto e em pessoas com sobrepeso ou obesidade. A radioterapia, associada ou não à quimioterapia, pode ser indicada em alguns casos para diminuir o risco de recorrência, dependendo das características do tumor e da saúde geral do paciente. Em situações de metástase, as opções terapêuticas podem proporcionar prolongamento da sobrevida e, em alguns casos, cura, dependendo do cenário clínico.
SAÚDE: Brasil atinge 1,2 milhão de casos de dengue e 278 mortes pela doença já foram comprovadas
Houve uma desaceleração no número de casos entre a 8º e 9º semana mas ainda é preciso manter o alerta
Nesta segunda-feira (4), o Brasil atingiu a marca de 1,2 milhões de casos de dengue. Dois dias após o “Dia D de Mobilização Contra a Dengue” que foi realizado em todo o país. Até essa tarde foram contabilizados 1.212.263 casos, a partir de 2024, pouco menos do total de ocorrências da doença em todo o ano passado, que totalizou 1,6 milhão.
Além do alto número de casos, a quantidade de óbitos também é expressiva. Já foram registradas 278 mortes comprovadas, e pelo menos 744 em investigação para saber se há relação com a doença.
Entretanto, na observação da curva de casos prováveis percebe-se que houve uma queda entre a 8ª e a 9ª semana do ano. Ainda assim, a contaminação pela doença ainda deve estar em alerta, já que a linha segue acima da média.
Estados em alerta vermelho
A região Sudeste é a parte do país que apresenta a maior concentração de casos, seguida de com Goiás, Paraná, Acre e Santa Catarina. O Distrito Federal lidera o coeficiente de incidência e Minas Gerais é o estado com maior número de casos prováveis, 407.977. (Metro1)
SAÚDE – Dengue: 14,7% das vacinas distribuídas aos municípios foram aplicadas
Das 1.235.119 vacinas contra a dengue distribuídas a municípios selecionados pelo Ministério da Saúde, apenas 182.204 foram aplicadas em crianças e adolescentes que fazem parte do público-alvo definido pela pasta. A quantidade de doses aplicadas equivale a 14,75% do total distribuído.
Os dados foram coletados desde o início da vacinação, em 9 de fevereiro, até o último sábado (2). Ao todo, 521 municípios foram selecionados pelo governo federal para receber as vacinas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo o ministério, são consideradas endêmicas para dengue.
Pioneiro na vacinação contra a dengue, o Distrito Federal (DF) informou, na semana passada, que, quase 20 dias após o início da distribuição das doses, apenas 32% das crianças de 10 e 11 anos haviam sido imunizadas. Das 71.708 doses recebidas do ministério, ainda havia cerca de 48 mil disponíveis para aplicação em todos os 67 pontos de vacinação do DF.
“Como todo imunobiológico, a vacina da dengue também tem prazo de validade. Os imunizantes estão válidos até o dia 30 de abril”, destacou o governo do Distrito Federal em nota. O comunicado ressalta que “tratativas estão sendo feitas para uma possível ampliação no público-alvo, a fim de garantir que todas as doses sejam efetivamente aplicadas na população”.
O Distrito Federal é uma das unidades federativas mais afetadas pela doença. Dados do painel de monitoramento de arboviroses indicam que o DF já contabiliza 117.588 casos prováveis de dengue, além de 78 mortes pela doença. Há ainda 73 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 3.647 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
Já na cidade do Rio de Janeiro, até a última sexta-feira (1º), apenas 18% das crianças de 10 e 11 anos haviam sido levadas por seus responsáveis às unidades de saúde para receber a vacina contra a dengue. Segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde, na primeira semana de vacinação contra a doença, somente 25.317 doses foram aplicadas.
Dados do painel de monitoramento de arboviroses mostram que, em todo o estado do Rio de Janeiro, foram registrados 91.445 casos prováveis de dengue, além de 13 mortes pela doença. Há ainda 73 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 575 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
Alerta aos pais
Há mais de 15 anos, a pediatra Natália Bastos atende desde pacientes recém-nascidos a adolescentes na capital federal. Em entrevista à Agência Brasil, ela destacou que há uma explosão de casos de dengue e que os pais precisam ter cautela.
“Gostaria de emitir esse alerta pedindo aos pais que não vacinaram que procurem a sala de vacina para fazerem a Qdenga [vacina contra a dengue]. É uma vacina feita com o vírus atenuado, uma vacina muito segura. Está sendo desenvolvida pelo laboratório Takeda desde antes da covid-19, antes da pandemia. Então, não é uma vacina nova, não é uma vacina que foi desenvolvida às pressas. Já existem vários estudos e ela passou por todas as etapas.”
Natália destacou que o esquema vacinal completo da Qdenga, com duas doses, garante cerca de 80% de eficácia e que os efeitos colaterais, inclusive em crianças, são pequenos – sobretudo quando comparados aos que uma infecção por dengue pode causar.
“Com uma dose, você tem, geralmente, efeitos colaterais imediatos muito leves e, com 10 dias, algumas manchas no corpo ou alguma dor no corpo. Mesmo assim, são poucos sintomas tendo em vista o que um quadro de dengue pode causar numa criança ou num adulto.”
“Enquanto estava na sala da rede privada, era uma vacina que estava custando, em média, de R$ 400 a R$ 500. Hoje, a vacina está disponível na sala do centro de saúde gratuitamente. Então convido todos os pais a procurarem a vacina com os filhos de 10 a 11 anos com urgência”, concluiu.
(Agência Brasil)
SALVADOR-BAHIA: Homem internado por Covid-19 viraliza na internet após alegar que não bebe água há 50 anos, só refrigerante
Um homem internado por Covid-19, viralizou nas redes sociais após deixar aviso para equipe médica de um hospital particular na capital baiana que não bebe água há 50 anos. O idoso de 70 anos, Roberto Pedreira, alegou que bebia apenas Coca-Cola.
Nas imagens divulgadas pelo afilhado do aposentado, ele alega que não toma água há pelo menos 50 anos, nem mesmo para medicações. Ao site G1, Roberto confirmou a informação.
“Eu não bebo água há 50 anos. Eu não gosto de água, só Coca-Cola Zero. Todos os médicos que eu vou me recomendam água, mas eu bati de frente com o meu cardiologista e o meu endocrinologista. Até meus remédios, eu tomo com coca. Nada com água, nem uma gota”, disse.
Apesar de ter viralizado com o hábito incomum, o idoso foi internado apenas por causa da Covid-19, e a família diz que ele não tem problemas graves.
SAÚDE DO BRASILEIRO: Ministério da Saúde antecipa campanha de vacinação contra a gripe
O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira, 29, que a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe foi antecipada devido ao aumento da circulação de vírus respiratórios no país. A imunização terá início agora a partir do dia 25 de março, e não em abril. As doses da vacina serão enviadas aos Estados a partir do dia 20 de março, com o objetivo de prevenir os vírus que costumam circular nos meses de maio, junho e julho. A vacina trivalente será utilizada, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. O público-alvo da campanha inclui crianças, trabalhadores da saúde, gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas, entre outros (veja abaixo). “Desde o ano passado, estamos observando uma antecipação de circulação de vírus respiratórios em geral. Então, vamos antecipar a campanha neste ano para proteger a população, principalmente os idosos, as gestantes, os profissionais de saúde, da educação e todas as pessoas que são elegíveis, para que a gente possa estar com a população protegida antes do inverno”, disse Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente.
Para as crianças que receberão a vacina pela primeira vez, será necessário tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias entre elas. A campanha é realizada de forma diferenciada, de acordo com as regiões do país. No Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, ocorrerá no primeiro semestre, enquanto no Norte, está prevista para o segundo. A mudança, implementada em 2023, tem como objetivo adaptar-se às características climáticas locais, especialmente devido ao início do inverno amazônico, período com maior circulação viral e transmissão da gripe.
Quem deve se vacinar:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
- Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
- Trabalhadores da Saúde;
- Gestantes;
- Puérperas;
- Professores dos ensinos básico e superior;
- Povos indígenas;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Pessoas em situação de rua;
- Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
- Profissionais das Forças Armadas;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
- Pessoas com deficiência permanente;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Jovem Pan