O mês de Outubro é marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. O movimento, conhecido mundialmente como Outubro Rosa, é celebrado anualmente desde os anos 90. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, pelo menos, 66 mil mulheres tenham diagnóstico de câncer de mama, por ano, até o final de 2022. Por isso, além conhecer os fatores de risco e os sinais da doença, é fundamental entender como é possível evitá-la. Apesar de ser conhecida como uma doença com potencial fator genético, apenas 10% dos casos são por motivos hereditários – 9 em cada 10 casos de câncer de mama são devido a fatores não genéticos – e a atividade física pode ser uma abordagem preventiva bastante acessível. “Exercícios físicos regulares podem atuar de maneira direta e indireta na prevenção do câncer de mama. Eles provocam uma diminuição da circulação de estrogênio e inflamações, reduz a gordura visceral e aumentam a imunidade”, explica Renata Rabelo, Coordenadora da Rede Alpha Fitness, unidade Vitória Boulevard. Um estudo publicado na revista cienfícia The Lancet, mostrou que o sobrepeso está associado a pelo menos dez dos cânceres analisados, entre eles, o de mama. O motivo é porque a obesidade é responsável pela produção excessiva de hormônios, como a insulina e o estrogênio que, em alto níveis, podem estimular o crescimento desordenado de células. Além disso, de acordo com o American Institute for Cancer Research, o sobrepeso desencadeia uma espécie de inflamação crônica em nível celular. De modo geral, o tecido adiposo, reagindo livremente no corpo, tem potencial para promover alterações cancerosas em células saudáveis. Por isso, manter um peso saudável com exercícios físicos é uma forma poderosa de prevenir o câncer de mama. “Mulheres sedentárias e obesas precisam mudar seus hábitos de vida. Eles podem colocá-las em risco e impedir que elas tenham uma vida mais saudável. Para isso, é preciso focar na alimentação e no exercício físico”, acrescenta a especialista. Além de tudo isso, mulheres que já enfrentaram um câncer de mama também podem se beneficiar com a pratica regular de exercícios. Perder peso após o tratamento do câncer diminui as chances da doença voltar. A mulher que conseguir reduzir o peso corporal original em 10% e mantê-lo por cinco anos, terá um efeito de diminuição de risco. “Ao melhorar sua resposta cardiovascular, melhora o funcionamento do corpo de modo geral. Caminhar ou pedalar, por exemplo, pode evitar não apenas o aparecimento, como também a reincidência do câncer de mama”, finaliza a coordenadora da Rede Alpha Fitness.
Saúde
ITABUNA: Hospital de Base completa 24 anos com avanços e conquistas
Nesta terça-feira (27), o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, administrado pela Fundação de Atenção à Saúde (Fasi), completa 24 anos com uma programação no auditório da unidade hospitalar, a partir das 9h. A solenidade de abertura, terá a execução do Hino Nacional, formação da mesa, momento religioso, a apresentação do relatório de gestão de 2022 e projetos do hospital, seguido do discurso das autoridades presentes. Muitas conquistas alcançadas no hospital no último ano, foram destacadas pelo diretor-presidente da Fasi, Roberto Pacheco Jr. A humanização, com foco na qualificação profissional, através de treinamentos das equipes assistenciais, foi uma delas. O Projeto Lean na Emergência, trouxe ferramentas de gestão que vêm reduzindo o tempo de espera no atendimento do Pronto Socorro. Iniciativas que visam a prática compartilhada, como a Roda de Gestão, também estão sendo trabalhadas com encontros semanais, promovendo a construção coletiva, na busca pela qualidade nos serviços de saúde. O Huddle, uma espécie de reunião rápida duas vezes ao dia, é outra importante ferramenta incorporada à rotina da equipe assistencial nos últimos meses, que vem surtindo efeitos positivos. Serviços como o mutirão de cirurgias eletivas que visa reduzir a fila na procura de serviços como histerectomia e a abertura de 10 novos leitos de UTI geral, também são algumas das conquistas no hspital. “A gente precisa dar ao Hospital de Base o tamanho que ele merece”, frisa Roberto. Vale ressaltar, que o Governo Municipal, através da gestão do prefeito Augusto Castro (PSD), tem investido forte no hospital, através de recursos próprios, fato considerado inédito nos seus 24 anos de existência. A reforma da unidade hospitalar, é uma das grandes apostas do Governo atual. Considerado um hospital do povo, o Hospital de Base de Itabuna é referência nas áreas de ortopedia e traumatologia, sendo destaque na esfera municipal do estado da Bahia.
SAÚDE: ANS suspende comercialização de 70 planos de saúde após reclamações
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a comercialização de 70 planos de saúde por conta das reclamações relacionadas à cobertura assistencial. A punição divulgada pela agência regulatória leva em consideração os resultados do Monitoramento da Garantia de Atendimento do segundo trimestre de 2022. As informações são da Agência Brasil. A suspensão começa a valer a partir do dia 30 de setembro e só será revertida se as operadoras apresentarem melhora no resultado do monitoramento do próximo trimestre. Segundo a agência, os planos somam 1,6 milhão de usuários, que permanecem cobertos. A lista dos planos com comercialização suspensa pode ser consultada no site da agência, assim como a lista dos 40 que tiveram sua comercialização liberada por terem apresentado melhora de desempenho após um período de suspensão. Em relatório, a ANS considerou 37.936 reclamações foram realizadas no período de 1º de abril a 30 de junho. As queixas se referem ao descumprimento dos prazos máximos para realização de consultas, exames e cirurgias ou negativa de cobertura assistencial.
MANIFESTAÇÃO EM SALVADOR-BA: Agentes de Saúde fazem caminhada e param trânsito na região do Iguatemi
Mobilizados em busca do pagamento do piso nacional da categoria, os agentes comunitários de saúde e de endemias estão realizando uma caminhada em direção à Ligação Iguatemi Paralela, na tarde desta desta quarta-feira (21). A manifestação deixou o trânsito congestionado na região, que é conhecida como o centro empresarial e comercial da capital baiana. Outro ato, realizado pelo. Prepostos da Superintendência de Transporte de Salvador (Transalvador) foram desempenhados para orientar o fluxo de veículos. Os motoristas que passam pelo local devem desviar na altura da Central de Flagrantes e fazer o rerono na Avenida ACM, após a Igreja Universal. O órgão recomendou que os condutores evitem a região. (BN)
ENARE: Inscrições para o Exame Nacional de Residência 2022/3 estão abertas
Provas objetivas estão previstas para 6 de novembro
Já estão abertas as inscrições para a edição 2022/2023 do Exame Nacional de Residência (Enare). De acordo com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), entidade responsável pelo certame, serão ofertadas mais de 4 mil vagas de residências em 90 instituições, para profissionais de medicina, enfermagem, farmácia, psicologia e biomedicina, entre outras áreas.
As inscrições podem ser feitas pela internet até o dia 3 de outubro. Segundo a estatal, o período para envio de documentação para análise curricular será de 15 de setembro a 5 de outubro.
As provas objetivas estão previstas para 6 de novembro nas capitais de todas as unidades federativas, além de 23 grandes centros.
O resultado final tem previsão de ser divulgado no final do ano, e o período de matrícula dos aprovados será de 10 de fevereiro a 31 de março de 2023.
“O Enare tem como objetivo otimizar a forma de selecionar os residentes, oferecendo benefícios para as instituições e candidatos. Nas duas primeiras edições, as instituições participantes tiveram menos vagas ociosas, eliminaram os custos e a carga burocrática da realização dos exames individuais e ampliaram a qualificação da seleção”, informa a Ebserh.
Ainda segundo a estatal, o processo seletivo contempla instituições públicas e privadas sem fins lucrativos “com vagas de Programas de Residência Médica ou Programas de Residência em Área Profissional da Saúde (Uniprofissional ou Multiprofissional), reconhecidos pelo MEC e que possuam vagas autorizadas com financiamento das bolsas garantido”. (Ag. Brasil)
SAÚDE: Criada pílula para substituir injeções de insulina em diabéticos
A nova pílula substitui as doses diárias de insulina, que devem ser tomadas por pacientes diabéticos
Esses avanços na Medicina precisam sempre de comemoração! Dessa vez, cientistas da Universidade da Columbia Britânica (UBC), no Canadá, desenvolveram uma pílula capaz de substituir as injeções de insulina usadas por diabéticos.
“Não será necessário injetar insulina antes de cada refeição, o que pode melhorar a qualidade de vida, bem como a saúde mental, de mais de nove milhões de diabéticos tipo 1 em todo o mundo”, afirmou o autor principal do estudo, Anubhav Pratap-Singh, em comunicado divulgado pela universidade.
No mundo, são 537 milhões de adultos convivendo com a doença, segundo dados da Federação Internacional de Diabete de 2021. Com a pílula, além de haver um controle maior nessa estatística, ainda reduzirá a chance de morte por diabetes.
Como funciona a pílula
Os pesquisadores desenvolveram uma tecnologia em que a pílula é dissolvida na boca, mas cria uma cápsula protetora, que só será quebrada no fígado, onde deve ser absorvida.
Esse processo e trajeto, segundo os cientistas, duram entre 30 minutos e duas horas.
Anubhav Pratap-Singh, explica que a facilidade garantirá mais bem-estar aos pacientes.
Atualmente, as pessoas que não produzem o hormônio de maneira natural precisam aplicar várias doses diárias dele, por meio de micro injeções.
A rotina de aplicações é uma das maiores queixas de pacientes, além de aumentar o risco de abandono nos tratamentos.
Controle
Só no Brasil, existem 15,7 milhões de pessoas diagnosticadas com diabetes, de acordo com o mesmo levantamento da Federação Internacional de Diabete. Estima-se que até 2045, só o Brasil tenha cerca de 23,2 milhões de pacientes com diabetes.
A doença pode levar a complicações graves, como cegueira, danos nos rins, doenças cardiovasculares, amputações de membros e morte prematura.
Hoje existem inúmeras pesquisas que buscam o controle e a cura da diabetes. A pílula também traz uma grande esperança para os médicos e pacientes. Será um facilitador no dia a dia de pessoas com a doença.
Antes de entrar no mercado, a pílula passará por novos testes e precisará ser aprovada pelas agências reguladoras de medicamentos.
Por Monique de Carvalho /SNB
SAÚDE: Remédio 3 em 1 reduz risco de problemas cardiovasculares em 33%
Um novo estudo comprovou que pacientes mais velhos com doenças cardíacas, que tomaram uma espécie de remédio 3 em 1, tiveram uma redução de 33% no risco de problemas cardiovasculares. Médicos do Mount Sinai Hospital, dos Estados Unidos, que conduziram estudo sobre a eficácia da “polipílula”, composta por três medicamentos diferentes, afirmam que ela realmente ajuda o coração humano e, principalmente, pacientes que “esquecem” de tomar todos os medicamentos prescritos. O estudo foi feito com 2.499 pacientes em sete países europeus que tinham histórico de infarto do miocárdio tipo 1 nos últimos seis meses. Todos os voluntários tinham entre 65 e 75 anos, com pelo menos um fator de risco, como diabetes ou disfunção renal leve ou moderada. “Parece que temos um tremendo tipo de ferramenta, que é uma pílula simples, que na verdade é significativamente melhor […] om resultados excelentes e o impacto é tão bom ou até melhor do que a aspirina no passado”, afirmou o doutor Valentin Fuster, responsável pelo estudo.
Os remédios contidos na polipílula
A polipílula é um comprimido que reúne aspirina, usada para impedir a formação de coágulos, ramipril, contra a pressão alta, e atorvastatina, utilizada no controle do colesterol. Em geral, pacientes que sofreram infarto devem tomar as três medicações diariamente para reduzir o risco de um novo episódio, disse o doutor Valentin Fuster. O problema é que muitos vão deixando de tomar os remédios…
A pesquisa
Durante a pesquisa, metade dos pacientes recebeu a polipílula, enquanto outros receberam o padrão usual de atendimento. Os pacientes foram acompanhados por uma média de três anos. Os pesquisadores identificaram 48 mortes cardiovasculares no grupo que usou a polipílula e 71 mortes no grupo de cuidados habituais, ou seja, que nem sempre tomavam todos os remédios prescritos. A polipílula também ajudou contra outras doenças estudadas, como acidente vascular cerebral (AVC) ou infarto do miocárdio.
Pessoas deixam de tomar remédios
A polipílula e o ensaio são frutos de 15 anos de trabalho. Valentin e os colegas afirmam que um dos principais problemas da medicina é a falta de adesão às medicações, principalmente no campo cardiovascular e mais especificamente em pacientes com ataque cardíaco. Muita gente deixa de tomar os remédios prescritos. A American Heart Association lista os medicamentos prescritos como uma das primeiras coisas que as pessoas podem fazer para evitar um segundo ataque cardíaco. O cientista disse que a polipílula é algo que pode ter um impacto “muito significativo” na população em geral. O próximo passo, segundo o pesquisador, é analisar melhor os resultados. Existem algumas limitações na pesquisa, incluindo que o estudo não foi realizado de maneira “cega” e todos os pacientes foram inscritos antes da pandemia de Covid-19.
SNB com informações de Veja
SAÚDE: SEGUNDO O MINISTÉRIO DA SAÚDE, O BRASIL SE APROXIMA DOS 4,5 MIL CASOS DE MONKEYPOX
São Paulo sozinho possui 2.788 pacientes; Bahia tem 44 infectados
Até este sábado (27), o Brasil já registrou 4.472 casos de monkeypox, ou varíola dos macacos. São Paulo concentra mais da metade deste total (2.788 diagnósticos). Rio de Janeiro (578), Minas Gerais (253), Distrito Federal (168), Goiás (189) e Paraná vem a seguir no ranking. Os dados são do Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, a Bahia confirmou 44 infecções. A principal forma de transmissão da doença é o contato direto pessoa a pessoa. O contágio pode acontecer a partir do contato com lesões cutâneas, crostas ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, pelo toque em objetos, tecidos (roupas, lençóis ou toalhas) e superfícies que foram usadas por alguém com a doença, além do contato com secreções respiratórias.
(CNN Brasil)
SAÚDE: Anvisa aprova liberação da vacina para a varíola dos macacos
Decisão da Agência atende a pedido do Ministério da Saúde e tem caráter excepcional, com validade de seis meses
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a dispensa de registro para que o Ministério da Saúde importe e aplique uma vacina contra a varíola dos macacos, chamada de monkeypox. A decisão foi aprovada na quinta-feira, 25, por unanimidade da Diretoria Colegiada, que analisou um pedido do Ministério da Saúde. A autorização é referente à vacina Jynneos (EUA) ou Imvanex (EMA), que são o mesmo produto mas possuem nomes diferentes nos Estados Unidos e na Europa. A vacina da empresa Bavarian Nordic A/S é fabricada na Alemanha e na Dinamarca e será destinado a adultos com idade igual ou superior a 18 anos. A dispensa é temporária e excepcional e se aplicará somente ao MS, tendo validade de seis meses. A diretora da Anvisa Meiruze Freitas destacou que a varíola dos macacos é causada por um vírus parecido com o da varíola e que espera-se que a vacina contra a varíola reduza a gravidade da infeção pela monkeypox. Entretanto, ela também ressaltou a importância da manutenção dos estudos de monitoramento para a confirmação da efetividade dos imunizantes. (JP)
PRIMEIRO CASO NO MUNDO: ITALIANO TESTA POSITIVO PARA COVID, HIV E VARÍOLA DOS MACACOS
Italiano recebeu os três diagnósticos ao mesmo tempo em hospital universitário. Esse é o primeiro caso do tipo no mundo
Um homem italiano de 36 anos é a primeira pessoa no mundo a testar positivo para os vírus monkeypox, HIV e coronavírus simultaneamente. De acordo com pesquisadores da universidade de Catania, na Itália, o diagnóstico ocorreu após ele retornar de uma viagem à Espanha. O paciente relatou que manteve relações sexuais sem proteção com homens. O relato do caso foi publicado no Journal of Infection. O paciente apresentou febre, inflamação na garganta, dores de cabeça e uma íngua na virilha depois de retornar de uma viagem à Espanha, que foi realizada entre os dias 16 e 20/6. De acordo com a revista médica, o homem testou positivo para Covid-19 no dia 2 de julho, três dias após apresentar os primeiros sintomas. Na mesma data em que recebeu o resultado, começou a ter coceiras no braço esquerdo e dias mais tarde percebeu pequenas bolhas no peito, nas pernas, no rosto e nos glúteos. Nos dias seguintes, as lesões na aumentaram e, em 5/7, o paciente procurou a emergência do hospital universitário de Catania. Lá, ele recebeu o resultado positivo para a varíola dos macacos (monkeypox). Na mesma ocasião, ao realizar outros exames para identificar a possibilidade de infecções sexualmente transmissíveis (STIs), o homem descobriu que também era portador do vírus HIV. A equipe do hospital notou que o número de linfócitos (células de defesa) do paciente ainda se mantinha em nível adequado, pois isso a suposição é de que a infecção pelo HIV tenha sido relativamente recente. Eles também revelaram que o paciente havia feito um exame para o vírus em setembro de 2021 e o resultado havia sido negativo. Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação. Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados. Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano. A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração. Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), “qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados”. Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na histórias. Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem. O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias. Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação. Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados. Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano. O paciente recebeu alta médica em 11/7 e foi instruído a terminar o período de isolamento em casa. Os profissionais de saúde alertaram que os sintomas de varíola dos macacos e de Covid-19 podem se sobrepor, e por isso é importante que os hábitos sexuais sejam levados em conta durante a anamnese para a realização do diagnóstico correto. A equipe também acrescentou que este é o único caso registrado de contaminação tripla de Covid, HIV e varíola dos macacos.
metropoles.com/saude.
ITABUNA: Santa Casa faz 1ª cirurgia de ablação por radiofrequência
A Santa Casa de Misericórdia de Itabuna realizou, pela primeira vez no sul da Bahia, uma ablação percutânea hepática por radiofrequência, procedimento minimamente invasivo, e uma ressecção cirúrgica no pâncreas de um paciente de 57 anos. Com duração de cerca de três horas, a intervenção para eliminar dois tumores foi realizada no Hospital Calixto Midlej Filho. Os tumores foram descobertos durante exames de rotina. “Caso não fosse descoberto naquele momento, a tendência era de que a qualidade de vida desse paciente piorasse muito. O tumor poderia se espalhar ainda mais, causar outras metáteses, além de dores e compressão de cálculo via biliar”, explica o médico Humberto Alves, responsável pelo procedimento. As ablações por radiofrequência são indicadas para cânceres de órgãos como pulmões, fígado, rim, tireoide além de lesões ósseas. Como é uma técnica minimamente invasiva, o paciente não perdeu uma parte significativa do fígado na retirada da metástase hepática. Sem essa técnica, ele perderia um pedaço maior do órgão. Na ablação usa-se uma agulha guiada por tomografia computadorizada ou ultrassonografia para chegar a região atingida pelo câncer. Uma das muitas vantagens do procedimento é que os riscos e taxa de complicação são muito baixos, segundo especialistas. O procedimento é padronizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar e coberto pelos planos de saúde. O médico Humberto Alves explica que a ablação por radiofrequência é uma técnica ainda pouco realizada no interior da Bahia, mas um procedimento com pouco risco. É usada para destruição do tumor, utilizando-se emissão de calor por radiofrequência ou micro-ondas. Além da ablação por radiofrequência no fígado, a equipe de cirurgia do aparelho digestivo, capitaneada pelo médico Paulo Amaral, realizou a ressecção de um tumor no pâncreas do paciente, que já teve alta hospitalar. “Resolvemos tanto a metástase no fígado quanto o tumor no pâncreas do paciente, que corria o risco de enfrentar graves complicações”, explica o médico Paulo. Coordenador da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Itabuna e médico intensivista do Hospital Calixto Midlej Filho, que também fez parte da equipe que atuou na cirurgia remoção do tumor no pâncreas, Eric Júnior avalia que os procedimentos foram um sucesso. A nossa expectativa é que a paciente siga com a vida normal”, diz o médico.
PRECONCEITO? OMS decide mudar nome de varíola dos macacos para não ofender culturas e animais
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, nesta sexta-feira (12), novos nomes para as variantes da varíola dos macacos. A medida, avaliada por um grupo de especialistas convocados pela organização, está alinhada “com as melhores práticas atuais”, de acordo com o anúncio. O vírus ganhou o nome “varíola dos macacos” após sua primeira descoberta, em 1958, e, portanto, antes que “as melhores práticas atuais na nomeação de doenças e vírus fossem adotadas”. Da mesma forma, as principais variantes foram identificadas pelas regiões geográficas onde se sabia que circulavam. O nome do vírus que se referia a regiões da África foi substituído por algarismos romanos. Agora, a estrutura de nomenclatura adequada será representada por um numeral romano para o clade e um caractere alfanumérico minúsculo para os subclades. A mudança visa acabar com a possibilidade de ofender “qualquer grupo cultural, social, nacional, regional, profissional ou étnico e minimizar qualquer impacto negativo no comércio, viagens, turismo ou bem-estar animal”. Com isso, o antigo clado da Bacia do Congo (África Central), passa a ser chamado de Clade um (I); o antigo clado da África Ocidental de Clade dois (II). O Clade dois consiste em dois subclades, o Clade IIa e Clade IIb, sendo o último referindo-se principalmente ao grupo de variantes que circulam amplamente no surto global de 2022. A OMS também está realizando uma consulta aberta para uma nova nomenclatura para a varíola dos macacos.
(BN)