Estudo clínico apresentado nos Estados Unidos neste domingo, 4, aponta que um comprimido demonstrou eficácia em reduzir pela metade o risco de morte por certos tipos de câncer de pulmão quando tomado diariamente após a remoção do tumor. A pesquisa foi divulgada em Chicago durante a maior conferência anual de especialistas em câncer, organizada pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco). O câncer de pulmão é o mais letal, com cerca de 1,8 milhão de mortes a cada ano em todo o mundo. O tratamento osimertinibe, comercializado sob o nome de Tagrisso e desenvolvido pelo grupo farmacêutico AstraZeneca, é direcionado para aqueles que sofrem do chamado câncer de “células não pequenas” e que apresentam um tipo específico de mutação. Essas mutações afetam de 10% a 25% dos pacientes com câncer de pulmão nos Estados Unidos e na Europa, e entre 30% e 40% na Ásia. O ensaio clínico envolveu cerca de 680 pessoas que estavam em estágios iniciais da doença, em mais de 20 países. Os pacientes haviam passado por cirurgia para remover o tumor. Na sequência, metade deles tomou o tratamento diário e a outra metade recebeu um placebo. De acordo com o estudo, a ingestão do comprimido resultou em uma redução de 51% no risco de morte para os pacientes tratados, em comparação com o grupo que recebeu o placebo. Após cinco anos, 88% dos pacientes que receberam o tratamento ainda estavam vivos, em comparação com 78% daqueles que receberam o placebo. Para Roy Herbst, da Universidade Yale, que apresentou a pesquisa em Chicago, os dados são “impressionantes”. Ele explica que o medicamento ajuda a “impedir que a doença se espalhe para o cérebro, fígado e ossos”, acrescentou. Aproximadamente um terço dos casos de câncer de “células não pequenas” podem ser tratados quando detectados, completou Roy Herbst. JP com informações da AFP.
Saúde
MEDICINA: Médica baiana que fundou A Clínica da Mulher ganha destaque no Brasil
Dra. Anna Paola Noya Gatto proporciona check-up completo de uma só vez e em um só lugar
A mastologista baiana, Dra. Anna Paola Noya Gatto, já era pioneira em muitos temas: foi a primeira mulher a criar ações gratuitas para o Outubro Rosa e uma das primeiras baianas a se especializar em Medicina da Prevenção. Mas a profissional não parou por aí. Ela fundou ‘A Clínica da Mulher’, que seguiu recebendo inovações nos mais de 30 anos de existência, e está se destacando no Brasil por criar um novo modelo de check-up para as pacientes.
“Você chega e passa por uma sequência de exames com médicas, todas mulheres, que já fazem as checagens ali mesmo”, explica Rita Brandão, 50, que é empresária e chegou a ficar dois anos sem fazer check-up. “Isso de ter que ir fazer os exames em vários locais diferentes e depois ainda voltar para a consulta era muito complicado no meu dia a dia, acabava postergando”, explica. Mas, foi através da inovação da Dra. Anna Paola Noya Gatto, que ela passou a se cuidar com periodicidade. “Vou anualmente e faço tudo de uma vez. Saio de lá com a vida resolvida e sem precisar de mais etapas”, exclama, aliviada.
O check-up da mulher por faixa etária é um dos principais programas oferecidos pela Clínica, seguindo as diretrizes da SBM (Sociedade Brasileira de Medicina). São consultas e exames que vão desde a mamografia digital e ultrassonografia geral até doppler e vascular. Esse fluxo de atendimento personalizado otimiza o tempo e permite a entrega imediata dos resultados.
Além disso, A Clínica da Mulher também oferece o programa Cuidado por Especialidade, desenvolvido para acompanhamento de patologias crônicas ou novos sintomas. Nesse programa, as pacientes escolhem a especialidade médica desejada e recebem consultas e exames relacionados em um único turno, obtendo resultados e orientações imediatas.
Vanessa Brunt, 27, escritora e também empresária, conta que a Clínica salvou a vida dela. “O check-up da clínica passa por diversas especialidades e fiquei surpresa ao passar, até, pela nutricionista. Tudo muito prático. Foi aí que descobri uma questão de saúde que precisava ser tratada com urgência”, alerta.
Dra. Anna acumula pacientes que também se encantam não apenas pelo local e pelo seu formato rápido e diferenciado, mas também pelo seu atendimento como mastologista. “Ela une a mastologia com vários outros cuidados, como a medicina anti-aging. Ela me ajudou também a cuidar de questões como a menopausa”, conclui Brandão.
Uma trajetória de superações e mais pioneirismos:
A trajetória da Dra. Anna Paola Noya Gatto como mastologista é marcada por desafios e superação. Depois da especialização no prestigioso Instituto Nacional de Tumores de Milão, na Itália, onde aprendeu a importância da detecção precoce e do atendimento multidisciplinar no combate ao câncer, ela retornou ao Brasil com o objetivo de implantar uma clínica médica baseada no modelo italiano. No entanto, enfrentando adversidades, o projeto inicial foi inviabilizado.
Determinada a ser diferente na saúde das mulheres, em 1991, a Dra. Anna Paola fundou a Clínica Noya se junto ao primo, Dr. Danilo Noya Fonseca, cirurgião geral. Ela ocupou cargos de liderança em serviços de mamografia e mastologia, tornando-se a primeira mulher a ocupar essas posições em hospitais renomados. Trabalhando incansavelmente, a médica atendia em diversos hospitais e clínicas, e foi responsável por estabelecer o primeiro serviço de mamografia em uma região específica.
Devido à crescente demanda e com o objetivo de oferecer o melhor atendimento, a Dra. Anna Paola inaugurou seu próprio serviço de mamografia de alta resolução em 1993, marcando o início de uma série de avanços em sua carreira. Com determinação e empreendedorismo, ela expandiu a clínica, contratou profissionais especializados e estabeleceu parcerias com convênios e planos de saúde. Agora, ela segue inovando com o seu check-up completo, diferenciado e ágil.
Para fazer tanto, a Dra. Anna Paola ressalta a importância de adquirir conhecimentos em economia, gestão e marketing, além de dominar a arte da liderança e trabalhar em equipe. “Foi fundamental definir a missão, visão e valores da clínica como base sólida para todas as decisões futuras. Isso deu mais senso de união para o time e nos fez chegar onde estamos”, indica a médica e empresária.
Fone/Wpp: (71) 3237-2633 | (71) 3511-2633
Fonte: Assessoria
MUNDO – Mundo deve se preparar para surto mais mortal do que a Covid-19, alerta chefe da OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma rede global para prevenir doenças. A Rede Internacional de Vigilância de Patógeno tem como objetivo melhorar sistemas de coleta de amostras, usando dados que possam contribuir para políticas públicas, facilitar o processo de decisão por gestores, além de compartilhar informações de maneira mais ampla entre a comunidade científica. A iniciativa foi anunciada no sábado (20), às vésperas da 76ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS), que vai até 30 de maio. Em discurso no evento na segunda-feira (22), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, destacou a importância da preparação pelos países para novas emergências sanitárias. “Permanece a ameaça do surgimento de outra variante que causa novos surtos de doenças e mortes. E a ameaça de outro patógeno emergente com potencial ainda mais mortal permanece. E as pandemias estão longe de ser a única ameaça que enfrentamos. Em um mundo de crises sobrepostas e convergentes, uma arquitetura eficaz para preparação e resposta a emergências de saúde deve abordar emergências de todos os tipos”, afirmou Adhanom.
Rastreio de doenças
A nova rede utiliza como base de dados informações genômicas de agentes causadores de doenças, a partir da análise do código genético de vírus, bactérias e outros microrganismos. O objetivo é compreender melhor características das infecções, como sintomas, transmissão e riscos para a saúde.
De acordo com a OMS, cientistas e especialistas de saúde pública poderão identificar e rastrear as doenças com base nas informações. A partir disso, a ideia é prevenir e responder a surtos como parte de um sistema mais abrangente de vigilância, além de desenvolver tratamentos e vacinas. Com a operacionalização da rede, a OMS destaca que os países poderão detectar e responder a ameaças de doenças antes que elas se tornem epidemias ou pandemias.
“O objetivo dessa nova rede é ambicioso, mas também pode desempenhar um papel vital na segurança da saúde: dar a todos os países acesso ao sequenciamento e análise genômica de patógenos como parte de seu sistema de saúde pública”, disse o diretor-geral da OMS.
Fiocruz detecta dengue tipo 3 no Brasil após 15 anos sem epidemia
Um estudo da Fiocruz identificou quatro casos de pessoas infectadas pelo sorotipo 3 do vírus da dengue neste ano no Brasil. O país não registra epidemias da doença provocadas por essa cepa há mais de 15 anos. Especialistas temem uma nova onda da enfermidade provocada pela circulação desse subtipo. “É um indicativo de que poderemos voltar a ter, talvez não agora, mas nos próximos meses ou anos, epidemias causadas por esse sorotipo”, diz o virologista Felipe Naveca, chefe do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes e Negligenciados da Fiocruz Amazônia e pesquisador do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC/Fiocruz, que atua como referência regional para dengue, febre amarela, chikungunya, zika e vírus do Nilo ocidental. A dengue tem quatro sorotipos. Uma vez infectada por um deles, a pessoa tem imunidade temporária apenas para esse subtipo, podendo se contaminar por outras cepas. Por isso, a circulação do sorotipo 3 acende o alerta para a possibilidade de uma nova epidemia, já que grande parte da população não tem defesas contra essa linhagem. Outra preocupação é pelo fato de casos graves da doença ocorrerem com maior frequência em pacientes que já tiveram dengue e são infectados novamente por outra cepa. O estudo foi coordenado pela Fiocruz Amazônia e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Os pesquisadores encontraram o sorotipo 3 em análises genéticas de três pessoas com dengue de Roraima, na região norte, e uma no Paraná, no sul do Brasil. Os casos de Roraima são todos autóctones, ou seja, os pacientes se infectaram no estado, uma vez que não apresentavam histórico de viagem. Já no Paraná, a pessoa diagnosticada com a doença tinha vindo do Suriname. Segundo o virologista Felipe Naveca, as análises genéticas indicam que a linhagem detectada agora não é a mesma que provocou epidemias no Brasil no começo dos anos 2000. “Nossos resultados mostraram que houve uma nova introdução do genótipo 3 do sorotipo 3 do vírus da dengue nas Américas, proveniente da Ásia. Essa linhagem está circulando na América Central e recentemente também infectou pessoas nos Estados Unidos”, explica. Os quatro casos foram inicialmente detectados pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) de Roraima e do Paraná, que são parceiros no estudo. Outras instituições também participam da análise, dentre as quais, o Instituto Evandro Chagas do Paraná, que é referência nacional para arboviroses (doenças causadas por vírus, principalmente, transmitidos por mosquitos). O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) – unidade Porto Rico e o departamento de saúde do estado da Flórida também contribuíram para a pesquisa. “Foram as equipes do CDC de Porto Rico e do departamento de saúde da Flórida que identificaram os casos de Cuba e dos Estados Unidos. Assim, esse é um alerta válido não só para o Brasil, mas para toda a região das Américas. Tendo em vista estarmos vivendo um grande número de casos de arboviroses esse ano no Brasil, a detecção de um novo sorotipo do vírus da dengue não é uma boa notícia”, diz Felipe Naveca. Para compartilhar a informação de forma mais ágil, os resultados foram publicados em artigo pré-print na plataforma online medRxiv -isso significa que o trabalho não passou ainda pelo processo de revisão por pares. O estudo foi submetido também para a publicação em periódico científico, que é quando a pesquisa é avaliada e referendada por outros especialistas. (Por Mônica Bergamo | Folhapress)
SAÚDE: Itabuna é selecionada para a Oficina Nacional do ImunizaSUS
Em encontro que aconteceu na quinta-feira, dia 4, no Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Bahia (COSEMS/BA), Itabuna foi selecionada para participar da Oficina Nacional do ImunizaSUS. No evento, que aconteceu em Salvador, a cidade foi representada pela secretária municipal de Saúde, Lívia Mendes Aguiar. Com o projeto de autoria da enfermeira e coordenadora da Rede de Frio, Camila Brito: “Vacinação Itinerante: Uma Estratégia que Vai a sua Porta”, a cidade participará do evento no XXXVII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, que acontece em Junho. A proposta da Oficina do ImunizaSUS é dar visibilidade a práticas exitosas nos territórios, trazendo pontos positivos, desafios e organização das ações de imunização nos municípios. O projeto de Vacinação Itinerante de Itabuna, contou com um micro-ônibus que levou serviços de imunização até alguns bairros do município, facilitando a acessibilidade das pessoas às vacinas em 2021. A coordenadora da Rede de Frio da Secretaria Municipal de Saúde, Camila Brito, destacou que este é um reconhecimento dos esforços desempenhados pela equipe de vacinadores e por toda gestão por aproximar os serviços de saúde da população, especialmente, a imunização que é imprescindível.
MARINA SILVA, COM COVID-19, CONTINUA INTERNADA, MAS “está estável e com boa evolução”
A ministra deu entrada no hospital ontem, após testar positivo para a doença
A ministra do Meio Ambiente e Mudança de Clima, Marina Silva, permanece internada no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Incor), na capital paulista. De acordo com novo boletim médico divulgado neste domingo (7), a ministra mantém o seu quadro estável e em boa evolução. A ministra deu entrada no hospital ontem, após testar positivo para covid-19.
ITABUNA REALIZA, EM SEIS DIAS DE ATENDIMENTO, NO MUTIRÃO DE MAMOGRAFIA, 807 PROCEDIMENTOS
Nos primeiros seis dias de atendimento à mulher, o Mutirão de Mamografias, que está sendo realizado em frente ao antigo SESP, por meio de parceria entre a Prefeitura de Itabuna e o Governo do Estado, prestou 807 exames. O serviço tem o objetivo de rastrear o câncer de mama em mulheres. Os serviços da unidade móvel seguirão até o próximo dia 11, das 7 às 18 horas, inclusive aos sábados, nos dois turnos. A supervisora do Departamento de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde, Jaimeire Pessoa, comemora o sucesso do Mutirão, que já superou as expectativas. “A demanda que existia neste setor está sendo atendida de forma satisfatória e isso é muito bom. O município está oferecendo, inclusive, transporte gratuito para que as mulheres que residem em bairros mais distantes possam se deslocar com facilidade até o Centro de José Maria Magalhães Neto”, informou Jaimeire. O atendimento é rápido e fácil, bastando à mulher na faixa etária de 49 a 59 anos, residente em Itabuna, preencher uma ficha de inscrição na unidade de saúde mais perto de casa ou por demanda espontânea na carreta para ser submetida ao exame. O resultado será encaminhado em até 40 dias para a Unidade de Saúde do bairro onde a paciente reside. É necessário ainda apresentar RG, CPF, Cartão do SUS e comprovante de residência. A Secretaria Municipal de Saúde vai realizar 2.250 mamografias, principal meio de prevenção contra o câncer de mama. “Atendemos pacientes encaminhadas pelas unidades de saúde, assim como também demanda espontânea, ou seja, a mulher que desejar fazer o exame basta vir com a documentação”, acrescentou a supervisora do Departamento de Atenção Primária. Moradora do bairro Nova Ferradas, a dona de casa Josefina Alves de Jesus foi uma das pacientes que buscou atendimento de forma espontânea na manhã desta terça-feira, dia2. “Fiquei sabendo do mutirão e aproveitei para garantir meu exame. Não podia perder essa oportunidade”, contou.
SAÚDE: Salvador já tem equipamento mais moderno do mundo para tratamento da próstata grande
Thulium laser oferece precisão, segurança e menos riscos para o paciente
O Quanta System Fiber Dust, equipamento de última geração e alta performance conhecido como Thulium fiber laser (ThuFLEP), foi adquirido esta semana pelo Hospital Mater Dei Salvador. A tecnologia avançada é considerada a mais moderna do mundo para o tratamento de hiperplasia prostática benigna (HPB) e de cálculos urinários. Consagrada nos Estados Unidos e na Europa por oferecer mais segurança e precisão cirúrgica, a enucleação endoscópica de próstata com ThuFLEP é o tratamento padrão-ouro da HPB. O procedimento minimamente invasivo, que remove sem cortes a parte central da glândula aumentada, libera mais espaço para a passagem da urina. Importado da Itália, o ThuFLEP começou a ser usado no Brasil no segundo semestre de 2022. No Norte-Nordeste, as primeiras utilizações de um aparelho “itinerante” vindo de São Paulo aconteceram no Hospital Santa Izabel e Mater Dei Salvador, onde os procedimentos utilizando a tecnologia foram realizados com sucesso para tratamento de pacientes com HPB. Até o momento, apenas dois hospitais baianos – o Mater Dei Salvador e o Português – adquiriram equipamentos próprios. Para o chefe do serviço de urologia do Hospital Mater Dei Salvador, Nilo Jorge Leão, a enucleação endoscópica de próstata com Thulium laser é a melhor opção terapêutica para tratamento da hiperplasia prostática porque os pacientes operados, independente do volume da próstata, apresentam menos sangramento, menor tempo de internação e de uso de sonda no pós-operatório, menor queda das taxas de hemoglobina, além de um PSA bem inferior ao de pacientes submetidos à ressecção endoscópica clássica (raspagem) nos 12 meses posteriores ao tratamento. “O risco de recidiva da doença também é reduzido”, destacou o especialista, que também coordena o Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR). Diferente de outras técnicas, o ThuFLEP pode ser realizado em pacientes que fazem uso de medicamentos anticoagulantes. Além disso, os achados incidentais de cálculos vesicais não detectados na avaliação pré-operatória podem ser resolvidos com o laser de Thulium com baixo índice de complicações. Cálculos vesicais, mais conhecidas como pedras na bexiga, são pedras compostas por sais de cálcio que se acumulam na bexiga urinária ao longo do tempo. Próstata grande – O aumento da próstata, que acontece naturalmente após os 50 anos de idade, não é um problema em si. Porém, como essa glândula está anatomicamente localizada junto a algumas estruturas do trato urinário, seu aumento pode comprimir a uretra e atrapalhar a saída da urina. Quando isso ocorre, há perda de força do jato urinário e necessidade de urinar frequentemente. Outros sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB) são dor ou dificuldade para urinar; infecção urinária; cálculo de bexiga; insuficiência renal, nos casos de grave obstrução; e disfunção erétil (impotência sexuak), quando ocorre compressão dos nervos que controlam a ereção. Se a próstata cresce demais e comprime a uretra até o ponto de obstruir completamente a passagem da urina, esta pode se acumular nas vias urinárias e chegar aos rins, caracterizando um quadro conhecido como hidronefrose. Se não for corrigido rapidamente, o problema pode gerar insuficiência renal grave, com necessidade de hemodiálise de urgência. Quanto mais tempo os rins ficam obstruídos e cheios de urina, menor é a chance de recuperação após a desobstrução do fluxo. Após sete a 10 dias de hidronefrose, lesões irreversíveis dos rins podem levar o paciente a permanecer dependente de hemodiálise. Tratamento – Pacientes com HPB sem sinal de obstrução urinária ou assintomáticos podem ser acompanhados regularmente sem tratamento específico. Quando há aumento da próstata e sinais de obstrução moderada das vias urinárias, o tratamento costuma ser a base de medicamentos que diminuem o tamanho da próstata. “Quando a obstrução das vias urinárias é grave ou o tratamento medicamentoso não tem sucesso, uma intervenção como a enucleação endoscópica de próstata com ThuFLEP pode ser indicada”, destacou Nilo Jorge Leão. No Brasil, a cirurgia de ressecção transuretral da próstata (RTUP) ainda é o tratamento realizado com mais frequência para tratar a hiperplasia prostática moderada e grave. Por meio dela, retira-se todo o interior da próstata, deixando apenas a parte externa. Além do ThuFLEP, existem outros lasers e técnicas para ressecção da próstata, tais como micro-ondas e cauterização. A escolha do tratamento depende do tamanho da próstata, da experiência do urologista e do acesso do paciente a serviços de saúde que oferecem as tecnologias existentes. Para tratar próstatas muito grandes, uma prostatectomia (retirada da próstata) pode ser a única opção. “A cirurgia pode ser feita na modalidade aberta (convencional) ou através de técnicas minimamente invasivas, como a videolaparoscopia e a robótica, que oferecem benefícios como alta precoce, menor sangramento e retorno mais rápido às atividades laborais, sem falar no menor risco de desenvolvimento de incontinência urinária e complicações da ferida operatória”, concluiu Nilo Jorge Leão.
VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO: Bahia registra 118 casos de VSR em menos de 15 dias
Em menos de 15 dias, a Bahia registrou 118 casos de Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A doença é típica das estações outono e inverno. Mas, o crescimento acentuado de registros em um curto espaço de tempo acendeu o alerta dos especialistas. As vítimas mais comuns são crianças menores de quatro anos e os sintomas são semelhantes ao da gripe. Neste ano, duas mortes já foram registradas. Uma em Salvador e outra em Barra do Choça. O primeiro caso foi de um bebê e o segundo de um idoso. Segundo informações do jornal Correio, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) relatou que, entre janeiro e 17 de abril de 2023, 149 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram registrados decorrentes do Vírus Sincicial. Destes, 118 deles foram registrados apenas no período entre 1º e 13 de abril. A maioria dos pacientes tem menos de 1 ano (52,35%) ou de 1 e 4 anos (38,26%). A coordenadora da Neonatologia da Maternidade José Maria de Magalhães Neto, Tereza Paim, ex-secretária de Saúde da Bahia, explicou que o período mais intenso das infecções acontece entre fevereiro e junho, por conta das mudanças climáticas que facilitam a propagação do vírus. “Não há motivo para pânico, porque esse é um vírus que já existe. A prevenção existe desde 1998, mas é importante enfatizar os cuidados. Esse é um vírus que atinge as crianças menores de 4 anos, e principalmente as menores de 1 ano. É uma bronquiolite em que a criança fica com uma situação de desconforto respiratório, e se não tiver atenção e atendimento, esse vírus pode matar”, explicou. Tereza Paim explicou ainda que a maioria dos casos tem sido registrada em Salvador por conta da densidade populacional e que o sistema de saúde tem percebido aumento na demanda, mas que o impacto ainda não foi mensurado. Em média, um bebê com VSR fica internado de 5 a 10 dias. “É um pouco cedo para termos um resultado, mas ainda não há um impacto em relação à ocupação dos leitos neonatais”, afirmou. A Sesab informou que já divulgou um alerta e três notas técnicas orientando os municípios para a prevenção e o controle das síndromes respiratórias.
Notificação
Ainda segundo o Correio, em todo o ano passado, foram registrados 696 casos de VSR, com 14 óbitos. Foi a maior quantidade de registros desde o início da série histórica, em 2014. Cabe salientar que a ex-secretária de Saúde da Bahia explicou a não regularidade da notificação de VSR antes da pandemia. Em 2019, por exemplo, foram registrados apenas 72 casos em toda a Bahia. Em 2023, o crescimento foi percebido em 15 estados brasileiros. O pediatra infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, acredita que a pandemia teve efeito direto sobre os números de VSR. “Tivemos em 2020, 2021 e parte de 2022 um grande distanciamento social, nós tivemos as crianças fora da escola, o ensino híbrido, o uso de máscaras, e tivemos um acúmulo nesse sentido. Boa parte dessas crianças se expuseram depois desse período, e vimos temporadas fora do padrão”, explicou. Entre novembro e dezembro de 2022, o Ministério da Saúde registrou aumento de 22% no número de casos de VSR em todo o país, na comparação com setembro e outubro. O Vírus Sincicial Respiratório fica alojado nos pulmões e os primeiros sintomas são os comuns a uma gripe. A fundadora e diretora executiva da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros (ONG Prematuridade), Denise Leão, destacou a importância de alertar as famílias. “Quanto mais a gente falar sobre o assunto e houver informações com clareza, melhor. Durante a pandemia vimos o quanto notícias falsas impactaram na saúde, é preciso que os pais compreendam as formas de prevenção e os cuidados necessários”, disse. Os especialistas orientam que os pais fiquem atentos se a criança apresenta chiado ou roncos ao respirar, porque são sinais de que o quadro gripal está agravando, e se não houver melhora dos sintomas gripais em 48 horas é preciso procurar um médico.
Medicação
Na Bahia, bebês com até 32 semanas têm direito a uma medicação chamada Palivizumabe que protege a criança contra os efeitos mais graves do VSR. Ela está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é aplicada na própria maternidade e no período sazonal da doença, ou seja, entre fevereiro e junho. Crianças com idade inferior a 2 anos com doença pulmonar crônica da prematuridade ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada também têm direito a medicação. O tratamento para o paciente infectado é o reforço na hidratação. Alguns bebês têm dificuldade para fazer a alimentação e precisam de sonda, há situações em que é necessário nebulização e lavagem nasal, e uso de corticoide e antibióticos. A ‘Prevenção ao VSR – Muito além de um detalhe’ foi uma roda de conversa promovida pela AstraZeneca. Antes de Salvador, o evento aconteceu em São Paulo (SP), e as próximas edições serão em Brasília (DF) e Porto Alegre (RS).
Confira medidas de prevenção e controle para doenças respiratórias:
- Frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento; utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe; Isolamento domiciliar se estiver apresentando sintomas de gripe;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados; isolamento dos pacientes hospitalizados com suspeita de infecção;
- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos; Vacinação contra coqueluche dos grupos elegíveis; vacinação contra covid-19 dos grupos elegíveis; vacinação contra Influenza dos grupos elegíveis;
- Uso do Fosfato de Oseltamivir para o tratamento dos casos de SRAG e pacientes com Síndrome Gripal que tenham fatores de risco para agravamento, segundo as orientações do Protocolo de Tratamento da Influenza – 2017/Ministério da Saúde.
- Uso do Palivizumabe para a prevenção de doença grave do trato respiratório inferior causada pelo vírus sincicial em pacientes pediátricos com alto risco para complicações.
Anvisa suspende produtos de empresa de suplementos alimentares
Medida foi determina nesta sexta-feira
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta sexta (21) que suspendeu a venda de suplementos alimentares, chás e shakes produzidos pela empresa Labornatus do Brasil. A medida foi tomada após o órgão identificar “falhas graves de boas práticas de fabricação” na sede da empresa, localizada Marataízes (ES). A Anvisa cita problemas encontrados na higienização da fábrica, controle de pragas, portabilidade de água, controle de qualidade e segurança de matérias-primas, estrutura física e documentação. Com a suspensão, fica proibida temporariamente a fabricação, venda, distribuição e uso do todos os alimentos produzidos pela empresa, de qualquer lote. A Anvisa orienta que os clientes que compraram os produtos da marca não devem consumir os itens. O consumidores também devem entrar em contato com a empresa para obter informações sobre o recolhimento. A suspensão dos produtos terá validade até que a empresa apresente soluções para os problemas apresentados pelo órgão de vigilância sanitária.
BRASIL: Ministério da Saúde distribuirá remédios perto da validade para evitar desperdício
O Ministério da Saúde vai elaborar um plano para distribuir, com prioridade, milhões de medicamentos que estão prestes a perder a validade. Um relatório da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados mostra que, desde 2019, o país desperdiçou R$ 2,2 bilhões em medicamentos, vacinas e outros insumos. Material que foi comprado pelo Ministério da Saúde, armazenado e descartado porque perdeu a validade. Segundo a comissão, ainda há 75 milhões de itens a vencer. Um levantamento feito pelo Jornal Nacional a partir do relatório revela que, de março até hoje, 27 itens venceram. Entre eles: propofol, um anestésico para cirurgias; e sulfato de morfina, usado para dor intensa; vacinas contra a febre amarela, Covid e meningite; e insumos como seringas. Na relação de vencidos, aparece a insulina análoga de ação rápida, usada por quem tem diabetes tipo 1. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia classifica a situação como preocupante. As informações são do G1
Clamídia: Praticamente metade da população brasileira nunca ouviu falar de doença silenciosa que pode causar infertilidade, diz estudo
Além disso, entre as pessoas entrevistadas, 76% nunca fizeram um exame para saber se têm a doença
Todos os anos, cerca de 131 milhões de pessoas são contaminadas pela Clamídia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os números preocupam especialmente porque é uma doença silenciosa que, se não tratada de maneira adequada, pode trazer diversas consequências — incluindo a infertilidade feminina e masculina. A maior parte das infecções por Clamídia ocorre sem causar nenhum sintoma. Foi devido a essa característica predominantemente assintomática, que a doença se disseminou pelo mundo. Por isso, também, conforme apontam especialistas, acontece com frequência da doença ser descoberta somente quando o casal vai tentar a gravidez e não consegue. E, pertinente ao assunto, o último estudo feito pela Famivita constatou que 49% dos brasileiros e brasileiras nunca ouviram falar sobre a Clamídia. Outro dado capturado pela pesquisa foi que 78% das mulheres que estão tentando engravidar, mencionaram desconhecer a doença. Causada pela bactéria Chlamydia Trachomatis, a enfermidade é transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas (vaginal, anal e oral) ou de mãe para filho, no momento do parto. Considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), ela atinge os órgãos genitais de homens e mulheres e pode também afetar os olhos e a garganta. O prejuízo à capacidade reprodutiva é uma consequência comum da Clamídia. Isso porque quando ela se desenvolve e vai se tornando um problema mais grave, pode atingir órgãos responsáveis por isso. Nas mulheres, por exemplo, a Clamídia pode significar infertilidade, à medida que provoca a inflamação do útero e das tubas uterinas, causando a Doença Inflamatória Pélvica (DIP). Isso pode fazer com que as tubas fiquem obstruídas, impedindo a passagem dos espermatozoides ou do embrião. Favorece, ainda, a gestação ectópica, ou seja, fora do útero, considerada de risco para a mulher. Os homens também podem se tornar inférteis como consequência da Clamídia. As duas principais doenças relacionadas são a prostatite e a epididimite, inflamação na próstata e no epidídimo, respectivamente. Estas enfermidades podem prejudicar ou impedir o transporte dos espermatozoides, causar alterações seminais e distúrbios hormonais, incluindo diminuição do número total de espermatozoides.
Quem vê cara, não vê infecção
As IST’s são causadas por vírus, bactérias e outros agentes e disseminadas principalmente pelo contato sexual sem proteção. Anteriormente elas eram chamadas de DST’s (doenças sexualmente transmissíveis). A nomenclatura foi alterada porque, segundo a OMS, o termo “doença” se refere a um problema de saúde que resulta em sinais visíveis no organismo, e muitas pessoas contraem as IST’s e não apresentam nenhum sintoma, como no caso da Clamídia. Porém, apesar de ser assintomática em cerca de 70% dos casos, a Clamídia pode se revelar em alguns sinais, como vontade frequente de urinar e ardência durante o ato, corrimento vaginal ou uretral, inchaço na vagina, nos testículos e no ânus, entre outros. E o estudo feito pela Famivita também explicitou que entre as pessoas entrevistadas, 76% nunca fizeram um exame para saber se têm Clamídia, sendo que 22% responderam que sim, realizaram a análise e deu negativo, e 2% disseram que tiveram um resultado positivo. Importante ressaltar que o índice de pessoas que já receberam um exame positivo para Clamídia convergiu para a faixa etária dos 45 aos 49 anos, com 30%. Além disso, as análises que retornaram positivamente, relativas às pessoas entrevistadas, em geral, foi de 12%, sendo que 18% concentraram-se nos exames dos homens. As informações por Estado, deram conta que o Espírito Santo é a localidade em que mais pessoas têm ciência acerca da Clamídia, com 63%, seguida pelo Amapá, com 62%. Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal aparecem nesse ranking com 58%, 56% e 55%, respectivamente. Já Maranhão e Rondônia empataram, com 41% respondendo saberem a respeito dos perigos da Clamídia.