No próximo domingo, 22 de outubro, a partir das 6h da manhã, acontecerá em Camaçari a Corrida e Caminhada Outubro Rosa. O evento tem como objetivo principal o alerta à prevenção e/ou diagnóstico precoce do câncer de mama. A corrida, que está em sua segunda edição e terá concentração no Horto Florestal, é idealizada e Coordenada pelo Núcleo de Mulheres de Camaçari e sua gestora Célia Santana. A iniciativa, neste ano com slogan CORRA POR UMA BOA CAUSA, tem apoio especial do Hospital Aristides Malteis, além de vários apoios institucionais como o Governo do Estado e Secretarias da cidade. Célia Santana, idealizadora do projeto, ressalta que: “O câncer de mama tem cura, sobretudo quando diagnosticado precocemente e se cada um fizer a sua parte e se empenhar na conscientização e prevenção, teremos mais mulheres curadas”. A líder finaliza fazendo o convite: “Entre em movimento, vem com a gente e CORRA POR UMA BOA CAUSA”.
Saúde
SAÚDE: Inteligência artificial é utilizada em diagnóstico precoce do câncer de mama por clínicas baianas
Mesmo com o avanço de campanhas, ações e iniciativas em prol do combate ao câncer de mama, a doença ainda é uma das que registram diferentes números de internações e óbitos na Bahia. De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a Bahia obteve 21.159 internações por câncer de mama e 6.008 óbitos nos últimos cinco anos.
Em meio a doença atingir e afetar diferentes mulheres – e até homens -, cientistas brasileiros aproveitaram o avanço tecnológico para criar uma ferramenta que auxiliasse no diagnóstico precoce da doença. Trata-se do uso de algoritmos de inteligência artificial (IA), que contribuem na detecção precoce do câncer de mama. A ferramenta passou a ser utilizada por hospitais, unidades de saúde e clínicas inclusive de Salvador, para o diagnóstico da doença.
Uma clínica da capital baiana, passou a utilizar no ano passado, o instrumento para ajudar a diagnosticar de forma mais rápida indícios da doença em pacientes. Segundo a médica radiologista da clínica Image, Elen Freitas, a ferramenta tem um importante papel na redução entre o tratamento do câncer de mama e o diagnóstico.
“A gente utiliza a inteligência artificial para detectar e rastrear os casos que são suspeitos de câncer de mama, através de uma verificação dos laudos emitidos. Existe um algoritmo de inteligência que rastreia todos os laudos e identifica aqueles cujo os achados são suspeitos e logo depois disponibilizam isso em uma tabela. Existe uma equipe, um núcleo de assessoria que revisa essa tabela, entra em contato com o médico assistente que solicitou o exame e avisa do achado, dessa possibilidade de ser um câncer e oferece também uma possibilidade do paciente ser encaminhado de maneira mais rápida”, explicou.
A médica frisou também que o uso da inteligência artificial contribui na redução do tempo entre o exame e o início do tratamento de pacientes que foram diagnosticadas com a enfermidade.
“A principal vantagem é que o paciente tem uma redução no tempo inicial entre o exame Inicial e o tratamento. A gente vai conseguir abreviar bastante esse tempo, já que o levantamento já foi realizado. Esse tempo entre o exame inicial e o próprio exame que vai dar o diagnóstico vai ser reduzido mais ou menos em 11 dias, é onze dias mais rápido do que se o paciente tivesse entrado no fluxo normal. Isso representa uma redução de 65% do tempo, um dado objetivo que já fizeram no estudo”, disse.
MAMOGRAFIA
O procedimento de saúde mais importante no tratamento da doença, a mamografia também é analisada pela ferramenta. Para a oncologista Vanessa Dybal, a inteligência artificial auxilia na análise da mamografia feita por pacientes.
“Do ponto de vista em relação à imagem eles analisam a mamografia, que é o grande exame hoje de triagem que a gente tem e que o olho humano ainda é imprescindível, mas os estudos têm caminhado para ter cada vez uma triagem melhor. Acho que a inteligência artificial tem ajudado hoje muito no estudo de dados dos grandes volumes de informações que a gente tem hoje de estudos de proteínas celulares em relação quais são as alterações das células”, observou Dybal.
De acordo com a especialista, o exame que a tecnologia analisa acontece antes do paciente realizar consulta com o oncologista. A médica disse que o instrumento contribui também para definir qual o tratamento que a paciente vai passar e aponta também qual o nível de agressividade da doença.
“Esses exames são antes de passar com a gente. Esses mecanismos de inteligência artificial eles fazem um uma pré-triagem para casos mais suspeitos. Uma vez que já tenha feito o diagnóstico já tem alterado, o paciente passa com o oncologista. Esse teste serve para definir tratamento e ajuda na definição de tratamento pois ele consegue predizer o risco de agressividade da doença”, contou.
AÇÃO DE GOVERNO: Brasil Sorridente deverá cobrir 62,5% da população em 2024
Programa oferece atendimento odontológico gratuito pelo SUS
Dor de dente, cárie, tártaro, canal, implante dentário, extração de siso, aftas e abscessos, câncer de boca, inflamação da gengiva, gengivite e periodontite. Esses e muitos outros problemas odontológicos são tratados gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), pelo programa Brasil Sorridente, ação federal criada em 2004, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e retomada em maio deste ano.
A porta de entrada para aquele que busca cuidar da saúde bucal pelo SUS, sem custo, são as 44 mil unidades básicas de Saúde (UBS), em todo o território nacional. Nessas localidades, os profissionais das equipes de saúde bucal fazem os primeiros atendimentos e acompanhamento odontológico do paciente. Geralmente, são realizados, ali, trabalhos de prevenção, como a higiene bucal e outros procedimentos dentários mais simples.
A oferta de serviços odontológicos também ocorre nas 140 unidades odontológicas móveis (UOM), para, por exemplo, a população em situação de rua.
Porém, se na triagem da Atenção Básica à Saúde for verificado que o caso do paciente é mais complexo, ele é encaminhado a um Centro de Especialidade Odontológica (CEO), onde os profissionais da atenção secundária da saúde pública, quando necessário, fazem cirurgias, confeccionam próteses dentárias personalizadas, colocam aparelhos ortodônticos, investigam lesões de boca, entre outros procedimentos.
A coordenadora-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Doralice Severo da Cruz, lembra que o SUS é pioneiro no mundo na oferta de atendimento odontológico gratuito e de cuidado integral nesse segmento.
Pacientes atendidos
Ao menor sinal de uma emergência odontológica, muitas pessoas admitem ter medo de encarar o aparelho com motorzinho que emite um barulho inconfundível, a broca, usada rotineiramente nos consultórios. O receio de deitar na cadeira do dentista faz com que muitas pessoas negligenciem os cuidados com a saúde bucal e só busquem ajuda profissional quando o problema já está crônico.
A aposentada de 70 anos de idade Eleusa Enilda Silva não tinha costume de visitar o dentista. Mas percebeu um caroço na boca, que há mais de 2 meses a incomoda. Na semana passada, a aposentada foi encaminhada pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) próxima à sua residência, no Distrito Federal, ao Centro de Especialidade Odontológica, do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), no centro de Brasília. Ela passará por uma biópsia do tecido da íngua. Ao lado do neto adolescente, e depois de conversar com a equipe de dentistas, ela disse estar mais tranquila. “Me encaminharam para cá. Estou segura”.
Já a funcionária pública Flávia Avancini conhece e confia no atendimento odontológico prestado pelo SUS. Nesta semana, ela acompanhou o filho de 17 anos de idade, Felipe Gabriel Avancini dos Reis, na extração de quatro terceiros molares, em uma mesma consulta, no CEO do HRAN, um dos 13 centros do Distrito Federal. “Já é o segundo filho meu que vem aqui e faz cirurgia. Minha outra menina também veio aqui e tirou dois sisos. Se precisar, venho de novo. Acho essa oportunidade perfeita”.
Felipe tinha os quatro sisos inclusos, ou seja, deitados e comprimindo nervos, disse à reportagem da Agência Brasil que estava tudo bem. “Estava doendo antes, agora não”.
No consultório ao lado, o locutor de supermercados Moisés Pinheiro, portador de uma doença sistêmica, que pode afetar vários órgãos, foi a mais uma consulta de tratamento preventivo de lesões na boca, para evitar infecções oportunistas. “O atendimento é excelente, o procedimento também, os profissionais são bem experientes na área. A gente percebe”.
Moisés disse que não foi difícil conseguir atendimento na unidade, pois houve o pronto encaminhamento pela médica que o acompanha no CEO, devido à situação de risco de sua saúde.
O aposentado de 68 anos de idade Sigmar André, paciente oncológico, estava na sala de espera do CEO do HRAN. Ao deitar na cadeira odontológica, o paciente abriu a boca para dentista aplicar laser que trata mucosite, que são feridas na mucosa da boca, efeito colateral do tratamento contra o câncer, e que podem levar a infecções. “A doutora me alertou e eu vim fazer o tratamento. Agora, está tudo resolvido”.
Equipes de Saúde Bucal
O programa Brasil Sorridente conta, atualmente, com aproximadamente 35 mil equipes de Saúde Bucal, no atendimento odontológico pelo SUS.
Uma desses profissionais é a cirurgiã dentista Rafaela Gallerani. É no consultório dela que muitos pacientes vão parar, após o encaminhamento feito pela Atenção Primária à Saúde. A doutora Rafaela aprova o Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), do Ministério da Saúde, que mostra onde há vagas nas unidades do SUS para receber os pacientes. “É como se fosse um sistema de fila única, então, não tem uma agenda pessoal, não tem uma fila particular minha. O sistema funciona muito bem e foi uma revolução também nos atendimentos regulados”, explica.
O odontologista do CEO do HRAN Heber Torres há 35 anos é funcionário da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Ele disse que já poderia ter se aposentado, mas que a missão dentro do consultório, operando quem precisa, fala mais alto. “Estou ajudando alguém. É muito gratificante. Realmente, as pessoas necessitam desse atendimento. Tem gente que não tem condições. Eu já cansei de ouvir ‘doutor, me atende, por favor, porque eu não tenho dinheiro nem para pegar o ônibus”, lembra o dentista Heber Torres.
Já a técnica em saúde bucal Amanda Brasil se diz frustrada pelas dificuldades enfrentadas no serviço público de saúde. “A gente queria poder fazer mais pela população. Não conseguimos por limitações. Nossos aparelhos são muito antigos, vivem quebrados. Ficamos mais tempo parados do que atendendo, às vezes. Então, é o dinheiro parado. Porque a gente está aqui, custa caro e poderia funcionar melhor”, lamenta a técnica em saúde bucal.
Investimentos
Para tentar corrigir essas e outras questões da área odontológica e garantir acesso à saúde bucal em regiões de vazios assistenciais, o Ministério da Saúde anunciou que o programa Brasil Sorridente terá um total de R$ 3,8 bilhões para gastar, em 2024. O valor é 126% maior do que o orçamento do programa neste ano.
Com esse dinheiro, a pasta planeja beneficiar mais 22,8 milhões de pessoas com o atendimento odontológico do SUS. Se confirmado esse acréscimo, o programa federal alcançará 62,5% da população brasileira, correspondente a 127 milhões de pessoas.
Para alcançar o feito, o governo federal pretende, no próximo ano, contratar 6.536 novas equipes de saúde bucal.
A coordenadora-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Doralice Severo, celebrou os investimentos. “No Brasil, temos 35 mil equipes de saúde bucal, mas ainda não há em todos os lugares. E esses recursos, que nunca antes foram vistos para saúde bucal, também vão servir para isso, a contratação de novos profissionais e de novos centros”.
Na nova estratégia, a meta do Ministério da Saúde é estruturar 100 novos CEO, para disponibilizar o total de 1.310 centros às comunidades. Além deles, o ministério quer qualificar outros 100 centros para o atendimento de pessoas com deficiência, chegando a 766 unidades especializadas.
O governo federal vai dar prioridade à criação dos serviços odontológicos no interior do país, com foco nos municípios com até 20 mil habitantes.
O número de unidades odontológicas móveis em funcionamento deve dobrar em 2024, com o novo orçamento da União, prevê a pasta. Serão comprados e equipados 300 novos veículos que vão compor a frota total de 404 unidades desse tipo no país. Além de investir R$ 270 milhões na compra de novos equipamentos odontológicos, como as cadeiras odontológicas e ultrassom.
Em maio deste ano, o presidente Lula sancionou a lei que incorporou a Política Nacional de Saúde Bucal, o Brasil Sorridente, na Lei Orgânica da Saúde. Assim, a saúde bucal passou a ser um direito de todos os brasileiros, garantido por lei. No primeiro semestre, o Ministério da Saúde informa que credenciou 3.685 novas equipes de saúde bucal e 630 novos serviços e unidades de atendimento. (Agência Brasil)
BAHIA: Governo do Estado dará incentivo financeiro para municípios que qualificarem serviço obstétrico
O Módulo de Atenção ao Parto e Nascimento é a primeira etapa do Plano de Atenção Hospitalar, construído pela Sesab
Com o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil na Bahia, bem como fortalecer os serviços obstétricos municipais de modo a qualificar a atenção ao parto e nascimento, a secretária da Saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana, finaliza os detalhes do programa que dará um incentivo financeiro às prefeituras que conseguirem fomentar o cuidado humanizado, seguro e em tempo oportuno às mulheres. O programa será lançado em breve pelo governador Jerônimo Rodrigues.
O Módulo de Atenção ao Parto e Nascimento é a primeira etapa do Plano de Atenção Hospitalar, construído pela Sesab em colaboração com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e Conselho dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA).
Dentre os atributos para o sucesso do Módulo Parto e Nascimento, destacam-se os seguintes itens: pré-natal ajustado à demanda, com classificação de risco e seguimento apropriado e vinculação às Maternidades de Referência; grade de referência de Maternidades estabelecida segundo a vinculação, pela classificação de risco e recurso assistencial por macrorregião/região; regulação orientada por protocolos de classificação de risco, pela grade de recursos e acesso; educação permanente em saúde e matriciamento dos serviços em rede; e avaliação em rede.
BRASÍLIA – APÓS DESCONFORTO INTESTINAL, BOLSONARO VOLTA A SER INTERNADO NA CAPITAL FEDERAL
A informação sobre a nova internação foi divulgada nas redes sociais pelo advogado do ex-chefe do Executivo e ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fabio Wajngarten
O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) foi internado novamente nesta quarta-feira (27), em Brasília, depois de sentir um desconforto intestinal. Essa é a terceira vez que o ex-chefe do Palácio do Planalto é hospitalizado neste mês em função de problemas intestinais. A informação sobre a nova internação de Bolsonaro foi divulgada nas redes sociais pelo advogado do ex-chefe do Executivo e ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fabio Wajngarten.
Em sua postagem, Wajngarten afirmou que Bolsonaro passou por exames do tráfego digestivo, entre eles uma lavagem intestinal e recebeu alta médica ainda nesta quarta-feira (27) retornando para a sua residência na capital federal. Ainda de acordo com Wajngarten, as internações do ex-presidente são decorrentes da facada que ele levou em 2018, quando participava de um evento eleitoral em Juiz de Fora, município de Minas Gerais. Com JP
SAÚDE: Quando o Mounjaro estará disponível para compra e qual será o preço.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda-feira, 25, a tirzepatida para tratamento de diabetes mellitus tipo 2. O remédio, que será vendido pela farmacêutica Eli Lilly sob o nome comercial Mounjaro, é uma injeção semanal que melhora o controle da taxa de açúcar no sangue de pacientes adultos, semelhante ao Ozempic. Além disso, a droga incentiva a perda de peso por diminuir o apetite – apesar de grande parte dos médicos não recomendar o uso para esse objetivo. Ainda não há anúncio de quando o medicamento estará disponível nas farmácias e nem informações sobre a faixa de preço do medicamento no país. Nos Estados Unidos, o tratamento mensal sai em torno de US$ 1 mil, o que equivalente a quase R$ 5 mil. Testes apontaram que a tirzepatida parece fornecer controle glicêmico superior a algumas outras terapias disponíveis. Na dose mais alta de 15 mg, 6,6% dos pacientes descontinuaram a tirzepatida devido a eventos adversos gastrointestinais. “Essas reações adversas são facilmente identificáveis por pacientes que podem optar por descontinuar a terapia sem danos residuais e espera-se que a dose seja titulada clinicamente de acordo com a tolerabilidade e as necessidades de controle glicêmico”, alerta a Anvisa.
Xuxa afirma ser doadora de órgãos e faz campanha para o Setembro Verde nas redes sociais
A atriz e apresentadora de televisão, Xuxa Meneghel, publicou, nesta sexta-feira (22), um vídeo em apoio à campanha do Setembro Verde, em conscientização a doação de órgãos no Brasil e afirmou ser doadora. Na publicação, Xuxa ressalta que apenas 51% das famílias são a favor da doação e incentiva seus seguidores a participarem da campanha: “Eu sou doadora, e vocês?” A campanha da apresentadora foi feita em apoio a Sociedade de Nefrologia do Estado do Rio de Janeiro e ao Grupo de Fígado do Rio de Janeiro, grupos que incentivam a doação e que também já contaram com o apoio de outros famosos, como o ator Antonio Fagundes. Após a repercussão do caso de Faustão, onde o apresentador foi salvo por meio de um transplante cardíaco, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira (20), no senado, o projeto de lei 2.839/2019, que delimita a criação de uma Política Nacional de Conscientização e Incentivo à Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos.
Amputações de pés e pernas em decorrência do diabetes batem recorde
No ano passado foram realizados 31.190 procedimentos no SUS
Mais de 282 mil cirurgias de amputação de membros inferiores (pernas ou pés) foram realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) de janeiro de 2012 a maio de 2023. Apenas no ano passado, os registros alcançaram a marca de 31.190 procedimentos realizados, o que significa que, a cada dia, pelo menos 85 brasileiros tiveram pés ou pernas amputados na rede pública.
Os dados fazem parte de um levantamento produzido pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), que alerta para o aumento desse tipo de procedimento em todo o país. De acordo com a entidade, há estados onde o volume de amputações aumentou mais do que 200% de 2012 para 2013.
“Os dados sugerem uma alta progressiva no número de amputações e desarticulações de membros inferiores no Brasil. O levantamento revela que os dados acumulados em 2023 projetam este ano como o pior da série histórica iniciada em 2012”, destacou a entidade.
“A probabilidade desses números serem superados em 2023 já é desenhada a partir dos dados dos 5 primeiros meses do ano. O levantamento aponta que pelo menos 12.753 cirurgias foram realizadas entre janeiro e maio deste ano, número superior aos 12.350 registros para o mesmo período de 2022”, alerta a entidade.
Diabetes
jO estudo também acende um alerta para os cuidados voltados às doenças vasculares, como a síndrome do pé diabético. Dados da SBACV mostram que mais da metade dos casos de amputações envolvem pessoas com diabetes.
No entanto, esse tipo de cirurgia em membros inferiores pode também estar relacionado a outros fatores de risco, como tabagismo, hipertensão arterial, dislipidemia, idade avançada, insuficiência renal crônica, estados de hipercoagubilidade e histórico familiar.
Outro dado preocupante apontado pela entidade envolve o desconhecimento por parte de pacientes sobre seu estado de saúde. No mundo, a estimativa é que uma em cada cinco pessoas não sabe que tem a doença. Com isso, muitos pacientes chegam ao consultório ou aos serviços de urgência já com complicações do quadro.
“Pacientes com diabetes e úlceras nos pés apresentam taxa de mortalidade duas vezes maior em comparação com pacientes diabéticos sem úlceras nos pés. Os submetidos à amputação maior de um membro inferior apresentam baixas taxas de sobrevida”, explica a entidade.
Dados da SBACV mostram que cerca de 10% dos pacientes que amputam um membro inferior morrem no período perioperatório, que inclui a fase pré-operatória, a fase operatória e o pós-operatório. Além disso, 30% morrem no primeiro ano após a amputação; 50% no terceiro ano; e 70%, no quinto. “Esse percentual pode ser maior em países em desenvolvimento, já que a procura por assistência médica costuma ocorrer quando a infecção da úlcera está avançada”.
O acúmulo de procedimentos realizados de janeiro de 2012 a maio de 2023, em números absolutos, tem maior expressão nas regiões Sudeste e Nordeste. A primeira é responsável por mais de 42% de todas as cirurgias realizadas no Brasil, com um montante de 118.962 procedimentos. Já no Nordeste, 92.265 amputações ou desmobilizações de membros inferiores foram realizados nesse período. Na sequência, vêm o Sul, com 39.952 registros; o Norte, com 15.848; e o Centro-Oeste, com 15.546 registros.
Estados
De acordo com o levantamento, o Alagoas foi a unidade federativa que mais sofreu alta no número de amputações, com crescimento de 214% na comparação entre o início e o fim da série histórica – um salto de 182 para 571 procedimentos.
Outros estados que registraram alterações expressivas no mesmo intervalo foram Ceará, com variação de 175%; Amazonas, com alta de 120%; e Bahia e Rondônia, com crescimento de 83% na comparação entre 2012 e 2022.
Em contrapartida, Roraima e Pernambuco foram os estados onde se observa a menor alta no mesmo método de análise, com crescimento de 12% e 18%, respectivamente.
Em números absolutos, os estados que mais executaram procedimentos de amputações de membros inferiores no SUS em 2022 foram São Paulo (59.114), Minas Gerais (29.851), Rio de Janeiro (24.465), Bahia (24.395), Pernambuco (18.523) e Rio Grande do Sul (16.269).
Já os estados com o menor número de registros são Amapá (376), Roraima (398), Acre (688), Tocantins (1.356) e Rondônia (1.606).
Despesas
O estudo destaca que, além de representar um grave problema de saúde pública, o aumento no número de amputações traz fortes impactos aos cofres públicos, consumindo parte das verbas em saúde destinadas aos estados. Em 2022, foram gastos R$ 78,7 milhões em procedimentos desse tipo e, em toda a série histórica, foram gastos R$ 799 milhões, uma média nacional de R$ 2.962,28 por procedimento.
Prevenção
“No caso do diabetes, cujos pacientes são as maiores vítimas das amputações, descuido que para algumas pessoas são pequenos podem levar a grandes problemas. Um pequeno ferimento pode resultar em infecção, que evolui para um caso grave de gangrena, levantando ao risco de amputação”, alerta a entidade.
De acordo com a SBACV, o diabetes impacta a circulação sanguínea e gera o estreitamento das artérias, causando redução dos índices de a oxigenação e nutrição dos tecidos. Além disso, deformações nos pés e alterações de sensibilidade aumentam a chance do surgimento de pequenos ferimentos e potencializam sua evolução para casos mais graves.
Estudos apontam que 85% das amputações que têm relação com o diabetes têm início com uma lesão nos pés, que poderia ser prevenida ou tratada corretamente, evitando complicações.
Diagnóstico
A entidade considera que o atraso no diagnóstico da síndrome do pé diabético faz com que o paciente seja encaminhado ao especialista apenas quando o problema já está em estágio avançado. Pessoas com diabetes devem estar atentas aos cuidados relacionados ao controle do nível glicêmico no sangue e aos sintomas que podem ser observados em autoexames realizados diariamente.
“Grande parte dessas amputações poderiam ter sido evitadas a partir de práticas de auto-observação. O paciente bem informado, que se examina com frequência, pode reconhecer a necessidade de uma intervenção precoce já nos primeiros sintomas. Identificar sinais de alerta precoces é imprescindível para reduzir a incidência de complicações”, recomenda.
Cuidados
Algumas medidas, segundo a SBACV, podem diminuir os riscos de complicações nos pés de pessoas diabéticas. Alimentar-se de forma equilibrada, praticar atividade física e manter o controle da glicemia, por exemplo, contribuem para uma melhora do sistema vascular como um todo.
O paciente com esse fator de risco também deve estar atento aos perigos de acidentes e adotar mudanças de comportamento, como evitar andar de pés descalços.
Confira outras medidas citadas pela entidade para a prevenção do pé diabético:Não fazer compressas frias, mornas, quentes ou geladas nem escalda pés. Por causa da falta de sensibilidade acarretada pela neuropatia, o paciente pode não perceber lesões nos pés;
Usar meias sem costuras ou com as costuras para fora. Assim, o paciente evita o atrito da parte áspera do tecido com a pele;
Não remover cutículas das unhas dos pés. Qualquer machucado, por menor que seja, pode ser uma porta de entrada para infecções;
Não usar sandálias com tiras entre os dedos;
Cortar as unhas retas e acertar os cantos com lixa de unha, com o devido cuidado;
Hidratar os pés, já que a pele ressecada favorece o surgimento de rachaduras e ferimentos;
Nunca andar descalço. O paciente pode não sentir que o chão está quente ou que cortou o pé;
Olhar sempre as plantas dos pés e tratar logo qualquer arranhão, rachadura ou ferimento. Se não conseguir fazer isso sozinho, pedir ajuda a um familiar ou amigo;
Não usar sapatos apertados ou de bico fino;
Tratar calosidades com profissionais de saúde;
Olhar sempre o interior dos calçados antes de usá-los;
Enxugar bem entre os dedos após o banho, a piscina ou praia.
(Agência Brasil)
SAÚDE: Planserv apresenta avanços da assistência estadual em reunião na Alba
Coordenadora-geral do Planserv, Socorro Brito, participou de uma reunião com deputados estaduais nesta quarta-feira (13)
Nesta quarta-feira (13), a coordenadora-geral do Planserv, Socorro Brito, participou de uma reunião com deputados estaduais representantes das comissões de Saúde; Finanças e Orçamentos; e de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), na sala nobre da casa. Durante o encontro, foram apresentados avanços e dados sobre o plano de assistência à saúde dos servidores públicos do estado.
A gestora do plano dos servidores estaduais afirmou aos deputados que com 1.473 prestadores, o Planserv continua expandindo sua rede de atendimento em toda a Bahia, com foco especial no interior.
De acordo com Socorro Brito, ‘foi muito importante essa conversa, onde a mesma apresentar o Planserv como ele é aos deputados, respondendo às preocupações dos parlamentares, por serem os representantes dessas pessoas às quais o plano serve sobre as estratégias para continuar com uma assistência de alta qualidade’.
A gestora ainda acrescentou que somente este ano, o plano contratou 40 novos prestadores, sendo que 70% deles estão localizados no interior, fortalecendo ainda mais a presença do Planserv nas diferentes regiões da Bahia. Na macrorregião oeste, por exemplo, foram adicionados dois laboratórios, uma clínica de oncologia, uma clínica de imagem, uma clínica de oftalmologia e uma clínica de fisioterapia à rede de atendimento. O presidente da Comissão de Saúde da Alba, deputado Alex da Piatã (PSD), ressaltou a importância do diálogo e agradeceu a presença da equipe de gestão do Planserv. ‘Estamos nos sentindo totalmente contemplados com todos os esclarecimentos e toda a transparência que foi mostrada aqui na apresentação desta, que não tenho dúvidas, é a melhor assistência de servidores do Brasil”, declarou o parlamentar.
BRASIL: Bolsonaro será internado nesta segunda para passar por novas cirurgia
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será internado nesta segunda-feira, 11, no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo para realizar novas cirurgias. Ao todo, serão realizados três procedimentos que deverão ser feitos a partir de amanhã. Na terça-feira, 12, Bolsonaro deverá passar por duas cirurgias, uma de reconstituição das alças intestinais e outra de correção de hérnia de hiato. Dependendo de sua recuperação, o ex-presidente passará por uma cirurgia de correção de septo nasal. De acordo com Fábio Wajngarten, advogado e ex-ministro de Bolsonaro, o primeiro procedimento será a sexta intervenção cirúrgica desde a facada que Bolsonaro recebeu em Minas Gerais durante a campanha presidencial de 2018. Com JP
Confira a reportagem na íntegra:
SAÚDE: EM ITABUNA, NEURONAVEGAÇÃO É USADA PELA PRIMEIRA VEZ
O médico, neurocirurgião pediátrico, Fernando Schmitz, do Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, recorreu ao sistema da neuronavegação para alcançar, numa área de difícil acesso, um tumor cerebral num menino de 7 anos, que apresentava redução da movimentação de todos os membros e só fazia as refeições e tomava banho com ajuda dos pais. O uso da tecnologia permitiu que o especialista acessasse, com maior precisão e rapidez, a região lesionada. O neurocirurgião pediátrico, Fernando Schmitz, explica que o tumor cerebral grande, na forma de um cisto, estava provocando uma compressão, causando dor de cabeça e impossibilitava que a criança levantasse da cama e tomasse banho sozinho. “Como estava no tronco cerebral, numa região importante da cabeça do paciente, tivemos que recorrer à tecnologia da neuronavegação, que facilitou a chegada ao tumor e com menos risco para o paciente”. O neurocirurgião explica que a tecnologia permitiu, durante a punção, mostrar, em tempo real, todo o trajeto do catéter. “Com isso, foi assegurado maior precisão, redução no tempo de cirurgia, menor risco para o paciente, além de facilitar a técnica do cirurgião”, afirma. Com o uso da técnica, no dia seguinte à cirurgia, a criança já estava acordada, sem dor de cabeça, conseguindo levantar-se da cama e caminhar sozinha. “Indo ao banheiro e até brincando no corredor. São coisas básicas que o menino não conseguia fazer há três meses. Agora passa a ter mais qualidade vida”, destaca. Willian Santos da Silva, pai do menino, conta que a complicação de saúde foi descoberta após o filho apresentar problemas na visão. “Iniciamos uma bateria de exames para tentar descobrir o que havia ocorrido. Até que um oftalmologista resolveu solicitar uma tomografia. Foi aí que se detectou o cisto. Fomos encaminhados para o Hospital Manoel Novaes e o meu filho já ficou internado para uma avaliação com neurocirurgião” conta. O cisto da criança foi descoberto há 3 anos. “Nesse período, ele foi internado para fazer a biopsia e, em seguida, avaliações para saber qual o tratamento mais adequado. Concluiu-se que o indicado era cirurgia. Ocorre que o tumor estava numa região que não era possível a sua remoção sem o auxílio de uma determinada tecnologia. Chegou-se a fazer uma cirurgia, que possibilitou a retirada de uma parte do cisto. Mas tempo depois, ele voltou a crescer, causando uma série de transtornos”. Willian Santos lembra que, logo quando foi feito a remoção parcial, a criança ficou se sentido bem, retornou para escola, passou a ter uma vida normal. Mas nos últimos 9 meses voltou a apresentar os mesmos problemas. “Por isso, precisou ser submetido a essa nova cirurgia. A nossa luta é para que possa ser uma criança saudável”. Antes do tumor, o menino era muito ativo, adorava jogar futebol, participar das atividades da escola. “Mas tudo ficou muito complicado depois do diagnóstico, porque ele ficou debilitado. As nossas vidas mudaram após a descoberta da doença. Para cuidar melhor dele, eu tive que me ausentar várias vezes do trabalho. A cirurgia foi coberta pelo Plansul, e a criança já recebeu alta médica. A esperança é que tenha vida normal a partir de agora.
ITABUNA-BAHIA: Obras de construção da USF Antonio Menezes Filho, no Vila Anália, ultrapassam 35% da execução
Ultrapassam 35% da execução as obras de construção da USF Antonio Menezes Filho, no Vila Anália, que estão sendo tocadas pela Prefeitura de Itabuna em parceria com o Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB). Atualmente, está sendo feito o chapisco de alvenarias e paredes e preparação da cinta de amarração etapa anterior à cobertura. Nos próximos dias, começa a colocação de conduítes para a parte a parte elétrica e simultaneamente as tubulações de hidráulica e esgoto e piso de alta resistência. “Essa obra é prevista para a conclusão em 180 dias e pelo cronograma faltam dois meses para que isto aconteça”, resume o engenheiro civil Tiago da Silva Filho, da Secretaria Municipal de Saúde.
Ele afirma que a USF do Vila Anália terá o mesmo padrão arquitetônico das unidades do Emanoel Leão e Mangabinha.”Essa unidade terá arquitetura mais moderna, com alguns ajustes e melhorias. Mas terá o mesmo tamanho. A obra é executada em parceria com o Governo do Estado com cronograma financeiro rígido para cada etapa”, sublinhou. A Unidade de Saúde Antônio Menezes Filho está sendo construída numa área de 242 metros quadrados e contará com consultórios médicos, salas de curativo, vacina, acolhimento e de reunião, copa, banheiros, além do setor administrativo e de uma sala para material contaminado, dentre outras dependências. A secretária municipal de Saúde, Lívia Mendes Aguiar, destacou que desde o início da gestão, o prefeito Augusto Castro prometeu devolver as unidades de saúde à população com um novo modelo estrutural e com qualidade no atendimento, como desde o início de sua gestão tem acontecido. “Por isso, conseguiu a parceria com o governo estadual para a construção dessa USF que antes funcionava no extinto Centro Social Urbano (CSU) Elzo Pinho de Magalhães que deu lugar ao Colégio Estadual de Tempo Integral Professor Adeun Hilário Sauer”, acrescentou.