O compositor, fundador e líder da Igreja Internacional da Graça de Deus tem como parceiros de todas as composições o renomado Michael Sullivan, que também produz o trabalho e Anayle Sullivan, esposa do produtor musical. Assistam ao vídeo:
RELIGIÃO
VATICANO: Com sintomas leves de gripe, Papa Francisco volta a cancelar agenda
O Papa Francisco voltou a cancelar sua agenda de compromissos nesta segunda-feira, 26. De acordo com o Vaticano, a decisão ocorre devido à persistência de sintomas gripais. No último sábado, 24, o pontífice já havia optado pelo cancelamento. “Os sintomas leves de gripe persistem, sem febre. Por precaução, em qualquer caso, as audiências desta manhã foram suspensas”, explicou a Sala de Imprensa da Santa Sé em um breve comunicado. Pouco depois, o Vaticano confirmou a presença do papa Francisco na audiência geral da próxima quarta-feira, 28, que será realizada na sala Paulo VI e não mais em espaço aberto, na Praça de São Pedro, como anunciado anteriormente.
Embora a gripe já tenha obrigado Francisco a suspender as audiências desde o sábado, o pontífice celebrou no domingo a tradicional oração do Angelus da janela do palácio pontifício. No final de novembro, cancelou alguns dos eventos previstos e chegou a celebrar o Angelus internamente, sem aparecer na janela diante dos fiéis na Praça de São Pedro, em decorrência de uma bronquite. Na ocasião, ele também teve que recorrer a um colaborador para ler seus discursos.
Com informações da EFE
Fábio de Melo sobre ataques a padre Julio: Que ninguém seja perseguido por fazer o que Jesus pediu
‘Se você se identifica com Jesus, com as escolhas indigestas que ele fez, sabe que não existe vida cristã fora da caridade’, disse o padre cantor
Após vereadores de São Paulo ameaçarem abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação do padre Julio Lancelloti junto à população de rua na Cracolândia, outro sacerdote da Igreja Católica se manifestou sobre a polêmica.
“Que ninguém seja perseguido por fazer o que Jesus pediu que fizéssemos”, defendeu padre Fábio de Mello, nesta sexta-feira (5), por meio das redes sociais. Em uma série de postagens no “X” (antigo Twitter), ele lembrou que conheceu padre Julio na Pastoral Carcerária, iniciativa que, segundo o religioso, nasceu do princípio evangélico “Estive preso e vieste me visitar” e destacou a importância da caridade.
“A pastoral é uma resposta à encíclica ‘Rerum Novarum’ escrita pelo papa Leão XIII, que propunha ações práticas, inspiradas na vida de Jesus. Todo cristão precisa encarnar a dimensão social de Cristo, viver o comprometimento com suas causas. Jesus sempre esteve ao lado dos desfavorecidos do seu tempo. Morreu entre dois condenados. Dividiu os seus últimos momentos terrenos com eles. Sendo assim, os membros da Pastoral Carcerária frequentam e conhecem bem os problemas dos cárceres brasileiros. Estar com os presos, ouví-los, auxiliá-los, numa tentativa de construir um sistema que favoreça a recuperação das pessoas que estão cumprindo suas penas”, explicou.
Classificando o Francisco como “homem extremamente sensível às necessidades dos que vivem à margem”, Fábio de Mello lembrou que o líder da Igreja Católica tem tentado recordar a essência do evangelho entre as pessoas e destacou que quem “se identifica com Jesus, com as escolhas indigestas que ele fez, sabe que não existe vida cristã fora da caridade”.
Neste sentido, ele admitiu a importância da oração, mas destacou que a caridade é um princípio fundamental do cristianismo. “Mas é a caridade que nos sela, definitivamente, como cristãos. Eu não estou inventando. Foi São Paulo quem disse”, argumentou. Com informações do bahia.ba.
MUNDO DAS RELIGIÕES: Na véspera de Natal, papa Francisco relembra sofrimento em guerras
O papa Francisco usou as redes sociais na véspera do Natal, neste domingo (24), para falar das pessoas que vivenciam guerras e fome
O papa Francisco, sumo-pontíficie da igreja católica, usou as redes sociais nesta véspera de Natal para se pronunciar sobre as guerra em todo o globo. “Estamos próximos dos nossos irmãos e irmãs que sofrem por causa da guerra: pensemos na Palestina, em Israel, na Ucrânia”, escreveu o papa neste domingo (24), a informação é de uma reportagem do Metrópoles. A reportagem do Metrópoles ressalta que as guerras em questão, uma no Oriente Médio e outra na Ucrânia, se estendem por períodos diferentes. No Oriente Médio, ocorre desde 7 de outubro. Na Ucrânia, há passa de um ano. O Metrópoles também aponta que o papa Francisco ainda relembrou que, apesar dos horrores das guerras que assolam regiões do globo e perpetuam situações de calamidade pública, também é preciso pensar nos que, muitas vezes, estão invisíveis: as pessoas que sofrem com a miséria, com a fome, e com a escravidão. “Recordemos também aqueles que sofrem com a pobreza, a fome e a escravidão. Que Deus, que assumiu um coração humano, torne os nossos corações mais humanos!”, escreveu o pontíficie. Estamos próximos de nossos irmãos e irmãs que sofrem com a guerra: pensemos na Palestina, em Israel, na Ucrânia. Pensemos também naqueles que sofrem com a miséria, a fome, a escravidão. Que o Deus que tomou para si um coração humano infunda humanidade nos corações dos homens!
Estamos próximos de nossos irmãos e irmãs que sofrem com a guerra: pensemos na Palestina, em Israel, na Ucrânia. Pensemos também naqueles que sofrem com a miséria, a fome, a escravidão. Que o Deus que tomou para si um coração humano infunda humanidade nos corações dos homens!
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) December 24, 2023
Papa Francisco é chamado de ‘servo de Satanás’ e acusado de blasfêmia por autorizar bênção a casais gays
Líderes conservadores da Igreja Católica se manifestaram nos últimos dias contra a atitude do papa Francisco de permitir a bênção a casais formados por pessoas do mesmo sexo. Na quinta-feira (21), o arcebispo e ex-núncio apostólico nos Estados Unidos Carlo Maria Viganò acusou o pontífice de ser um “servo de Satanás”.
Em um vídeo, Viganò afirmou que “o demônio, quando quer nos persuadir a pecar, enfatiza o suposto bem da ação malvada, colocando na sombra os aspectos contrários aos mandamentos de Deus”. Em sua fala, o desafeto de Francisco citou a existência de “falsos pastores e servos de Satanás, a começar do usurpador que está sentado no trono de Pedro”.
O acusação do arcebispo, um negacionista da pandemia de Covid-19, aconteceu três dias depois de a Santa Sé autorizar a bênção a casais homoafetivos e àqueles considerados “em situação irregular”, termo usado para se referir aos que estão em sua segunda união após um divórcio. A instituição, porém, não alterou seu veto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
De acordo com Viganò, um representante da ala ultraconservadora da igreja, a atitude do Vaticano é uma “falsa solicitude pastoral para adúlteros e sodomitas”.
Em seguida foi a vez do cardeal alemão Gerhard Ludwig Muller. Ele disse em entrevista à imprensa italiana neste sábado que abençoar um casal formado por pessoas do mesmo sexo é uma “blasfêmia”.
“Digo isso não com base na minha autoridade oficial ou pessoal, mas com base na autoridade da revelação divina. Nós correspondemos à ‘verdade de Deus’, em obediência aos mandamentos, e agir voluntariamente contra isso é um pecado grave”, afirmou o Cardeal, que também tem postura contrária a Francisco.
“Se as relações sexuais fora do casamento contradizem a vontade de Deus, então elas não podem ser abençoadas, ou seja, ser declaradas boas segundo a vontade do criador”, acrescentou.
O texto aprovado pelo papa na segunda-feira (18) destaca que o ato da bênção litúrgica aos casais homoafetivos em nada deve se assemelhar ao casamento. “Essa bênção nunca será realizada ao mesmo tempo que ritos civis de união, nem em conexão com eles, para não produzir confusão com a bênção do sacramento do matrimônio”, diz um trecho.
Trata-se da primeira vez que a Igreja Católica abre caminho para a bênção a casais do mesmo sexo. O tema gera tensão devido à forte oposição da ala conservadora da instituição religiosa, especialmente aquela baseada nos Estados Unidos, já muito crítica a Francisco.
Ao considerar a concessão de bênçãos aos que não vivem segundo as normas da doutrina moral cristã, o documento sinaliza que elas devem ser entendidas como atos de devoção e que quem as solicita “não deve ser obrigado a ter perfeição moral prévia” para recebê-las. (Com Bahia Noticias)
MUNDO DAS RELIGIÕES: Vaticano condena cardeal Angelo Becciu a cinco anos de prisão por escândalo
O cardeal italiano Angelo Becciu foi condenado neste sábado a cinco anos e seis meses de prisão em um caso de irregularidades financeiras. O anúncio foi feito neste sábado, 16, pelo Tribunal do Vaticano, que também condenou outros oito réus no caso, principalmente agentes e intermediários financeiros. Ex-conselheiro do Papa, Becciu, de 75 anos, o primeiro cardeal a ser julgado por um tribunal criminal do Vaticano, também foi inabilitado “para sempre” de ocupar cargos na Santa Sé e terá que pagar uma multa de 8.000 euros. O religioso defendeu sua inocência e disse que pretende recorrer porque “as provas que surgiram durante o julgamento e a origem da acusação contra o cardeal são fruto de uma comprovada maquinação contra ele”. “Respeitamos a sentença, leremos as razões, mas continuamos certos de que, mais cedo ou mais tarde, o absurdo da acusação contra o cardeal será reconhecido e, portanto, a verdade: sua eminência é inocente”, disseram os advogados Maria Concetta Marzo e Fabio Viglione em comunicado.
O julgamento investigou a compra de um edifício no centro de Londres pela Secretaria de Estado do Vaticano quando Becciu era seu adjunto para Assuntos Gerais (2011-2018), uma operação especulativa que criou um buraco de pelo menos 139 milhões de euros nas contas da Santa Sé. A acusação era de que o prédio havia custado cerca de 350 milhões de euros, mas foi vendido posteriormente pelo Vaticano por 186 milhões de libras (cerca de 214 milhões de euros). Mas a aquisição também foi usada para extorquir dinheiro do Vaticano e demonstrou a falta de transparência e as irregularidades nas contas da Santa Sé.
JP com informações da EFE
MUNDO RELIGIOSO – Papa brinca com estado de saúde e faz apelo aos líderes da COP28: ‘Pensem no bem comum e no futuro dos seus filhos’
Apesar de ter sido impedido de viajar para a COP28, que começou nesta quinta-feira, 30, o papa Francisco, que está fragilizado devido a uma gripe e apresenta uma bronquite ‘muito aguda’, não deixou de mandar um recado para os líderes internacionais que estão em Dubai para discutir as questões climáticas. “Oxalá que, a intervir, na #COP28 sejam estrategistas capazes de pensar mais no bem comum e no futuro dos seus filhos do que nos interesses contingentes de algum país ou empresa”, escreveu na publicação, pedindo que os países pensem mais no bem comum do que nos interesses contingentes de algum país ou empresa. Segundo ele, dessa forma é possível, “mostrar a nobreza da política, e não a sua vergonha”, acrescentou. O pontífice de 86 anos, que sofre de bronquite, foi forçado a cancelar sua viagem à reunião de cúpula anual do clima, COP28, que acontece este ano em Dubai. A Santa Sé será representada pelo número dois do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano. O papa argentino fez da defesa do meio ambiente um dos pilares de seu pontificado e deveria ser o primeiro chefe da Igreja Católica a participar nesta cúpula da ONU desde sua criação, em 1995.
Apesar da situação delicada, já que a saúde do pontífice é preocupante há tempo, Francisco brincou com a situação nesta quinta. “Como veem, estou vivo”, disse aos participantes de um seminário de “Ética na gestão da saúde”, citado em comunicado do Vaticano. “O médico não me deixou ir a Dubai. A razão é que faz muito calor lá e se passa do calor para o ar-condicionado. E nesta situação de bronquite [não é conveniente]. Agradeço a Deus que não foi uma pneumonia”, explicou. “É uma bronquite muito aguda, infecciosa. Não tenho mais febre, mas continuam os antibióticos”, detalhou. Em sua audiência semanal de quarta-feira, o papa parecia cansado e com dificuldades para respirar e pediu a um assistente que lesse seu texto. O pontífice, que na juventude foi submetido a uma ablação parcial de um pulmão, tinha programado um discurso no sábado, durante sua estadia nos Emirados Árabes Unidos agendada inicialmente de sexta-feira a domingo.
*JP com agências internacionais
CIDADE DO VATICANO: ‘Guerra é inimiga do diálogo universal’, diz Papa Francisco
‘Estamos vivendo uma guerra mundial em pedacinhos”, considera o religioso
O Papa Francisco afirma que a guerra é inimiga do diálogo universal e que as crises são capazes de gerar crescimento tanto a um país quanto a uma civilização.“O diálogo não pode ser apenas nacionalista, é universal, especialmente hoje com todas as facilidades que existem para nos comunicarmos. É por isso que falo de diálogo universal, de harmonia universal, de encontro universal. E é claro, o inimigo disto é a guerra. Desde que a Segunda Guerra Mundial acabou, até agora, tem havido guerras por todos os lugares. Foi o que me levou a dizer que estamos vivendo uma guerra mundial em pedacinhos”, disse ele TV Brasil que exibe neste sábado (21), a partir das 19h30, os principais trechos de uma entrevista exclusiva.
“A exploração é uma das origens da guerra. A outra origem é de tipo geopolítico de controle territorial. Há guerras que parecem infinitas, que nascem por razões culturais, mas na realidade são pelo domínio de território”, avalia. “Também acredito que as guerras são promovidas pelas ditaduras. Existem ditaduras declaradas, encontramos muitas no mundo, e outras que não são declaradas, mas têm o poder de uma ditadura”, complementa.
Francisco também fala sobre a importância das crises na resolução de conflitos. “As crises são como vozes que nos dizem onde devemos proceder”, observa, ao destacar que as crises também geram crescimento, tanto para uma família quanto para um país ou uma civilização. “Se a resolveram bem, houve crescimento.”
Sabedoria – Para o pontífice, é um erro acreditar na existência de um Messias capaz de resolver conflitos. “O Messias foi um só e salvou todos nós. O resto são todos palhaços messiânicos. Ninguém pode prometer a resolução de conflitos, a não ser através de crises ascendentes. E não só isso. Vamos pensar em qualquer tipo de crise política, em um país que não sabe o que fazer, na Europa, são várias… O que se faz? Estamos procurando um Messias que venha e nos salve de fora? Não. Vamos procurar onde está o conflito, agarrá-lo e resolvê-lo. Gerenciar os conflitos é uma sabedoria. Mas sem conflitos não podemos ir para frente.”
Na conversa com a presidenta da Télam, o papa também condenou a exploração do trabalho. “Quando você começa a contratar trabalhadores sem carteira assinada para evitar o pagamento de contribuições e negociar o futuro dessas pessoas com a escravidão, é aí que o trabalho começa a adoecer. E, em vez de dar dignidade, o trabalho confere escravidão. Temos que estar muito atentos a isso. E quero deixar bem claro que não sou comunista como dizem alguns (risos). O papa segue o Evangelho.”
CICLONE NO RIO GRANDE DO SUL: Papa Francisco envia mensagem de solidariedade aos atingidos
Pontífice pede reconstrução das localidades de forma rápida e eficaz e concedeu a bênção apostólica a todos os atingidos pela tragédia
Segundo o Estadão, o papa Francisco enviou nesta sexta-feira (8) uma mensagem de solidariedade aos atingidos pelo ciclone que passou pelo Rio Grande do Sul. O telegrama enviado ao arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente do regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leomar Brustolin, é assinado pelo secretário de Estado do pontífice, cardeal Pietro Parolin, e fala em “rastro de destruição e morte”.
Francisco pede a reconstrução das localidades de forma rápida e eficaz e concedeu, ainda, a bênção apostólica a todos os atingidos pela tragédia.
De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, até a noite desta sexta-feira (8) foram registradas 41 mortes e 46 pessoas ainda estariam desaparecidas. Entre as cidades mais atingidas estão Muçum, Roca Sales, Nova Bassano, Santa Tereza, Bento Gonçalves, Estrela, Ibiraiaras, Passo Fundo, Mato Castelhano, Encantado, Lajeado e Arroio do Meio.
Até o momento, 12 municípios decretaram situação de emergência. Os principais danos na região foram registrados em moradias, prédios públicos, comércios, áreas agrícolas, estradas e pontes. Ainda há pontos de rodovias com bloqueios devido às chuvas. O número de desabrigados é de 3.046, além de 7.781 desalojados. Ao todo, 135 mil pessoas foram afetadas no Estado.
MUNDO: Exaltação de Papa Francisco à herança da ‘grande Rússia’ irrita Ucrânia e ‘brilha’ os olhos de Moscou
Uma declaração feita pelo Papa Francisco irritou a Rússia, que obrigou o vaticano a tentar, nesta terça-feira, 29, acalmar a controvérsia. Em um discurso aos jovens católicos russos, realizado no dia 25 de agoto, Francisco exaltou a herança da “grande Rússia”. “São filhos da grande Rússia, de grandes santos, de reis, de Pedro, o Grande, de Catarina II, de um povo russo de grande cultura e de grande humanidade”, declarou o pontífice por videoconferência a um grupo de jovens reunidos em uma igreja de São Petersburgo. “Nunca se esqueçam deste grande legado. Vocês são herdeiros da grande Mãe Rússia, sigam em frente com isso”, acrescentou, de acordo com o vídeo publicado online. O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, disse nesta terça que os comentários “espontâneos” do pontífice tinham como objetivo “encorajar os jovens russos a preservar e promover o que há de positivo no grande patrimônio cultural e espiritual da Rússia” e “certamente não para exaltar a lógica imperialista e as personalidades do governo”, acrescentou Bruni.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Oleg Nikolenko, reagiu à declaração e a linguagem do papa como “muito infeliz”. “É com este tipo de propaganda imperialista (…) que o Kremlin justifica o assassinato de milhares de ucranianos e a destruição de centenas de cidades e aldeias ucranianas”, disse ele na noite de segunda-feira. “É muito lamentável que as ideias russas de grande potência, que são, de fato, a causa da agressividade crônica da Rússia, saiam consciente ou inconscientemente da boca do papa, cuja missão, na nossa opinião, é justamente abrir os olhos da juventude russa sobre o curso destrutivo da atual liderança russa”, acrescentou. O arcebispo Sviatoslav, líder da maior Igreja Católica da Ucrânia, a Igreja Ucraniana Greco-Católica, também se manifestou sobre o ocorrido e disse que estas palavras representam “o pior exemplo do extremo imperialismo e nacionalismo russo”. “No contexto da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, tais manifestações inspiram ambições neocoloniais por parte do país agressor, enquanto essa ‘forma de ser russo’, pelo contrário, tem de ser condenada”, acrescentou. Sviatoslav enfatizou que as palavras do papa causaram “profunda decepção” e “dor” tanto na Igreja como na sociedade ucranianas.
O papa Francisco faz regularmente apelos à paz na Ucrânia, embora nos primeiros meses após a invasão russa tenha recebido críticas por não ter apontado Moscou como o agressor. No início deste ano, ele nomeou um cardeal de alto escalão para tentar mediar a paz, que desde então visitou Moscou e Kiev. Se a Ucrânia não ficou contente com a declaração, o mesmo não se pode dizer do Kremlin, que saudou nesta terça as palavras que o papa Francisco dirigiu aos jovens católicos russos. “O pontífice conhece a história da Rússia e isso é muito bom”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em sua coletiva de imprensa diária, ao comentar a mensagem papal. O porta-voz da presidência russa salientou que a história da Rússia tem “raízes profundas” e seu legado não se limita a Pedro I ou Catarina II. Peskov acrescentou que o Estado, as organizações sociais, os professores escolares e universitários estão empenhados em relembrar aos jovens este legado. “E para o pontífice estar em sintonia com estes esforços é muito, muito gratificante”, completou.
JP com informações das agências internacionais
VATICANO: Papa Francisco nomeia 21 novos cardeais
O Papa Francisco anunciou neste domingo, 09, que escolheu 21 novos cardeais, incluindo prelados de Jerusalém e Hong Kong – locais onde os católicos são uma pequena minoria -, enquanto continua a deixar sua marca no corpo de clérigos que selecionará seu sucessor. O papa anunciou as escolhas durante habitual aparição semanal ao público na Praça de São Pedro, dizendo que a cerimônia para instalar formalmente os clérigos como cardeais será realizada em 30 de setembro. Entre os escolhidos estão vários religiosos que ocupam ou estão prestes a assumir importantes cargos no Vaticano, incluindo o arcebispo de La Plata, Argentina, Victor Manuel Fernández, 59, a quem o papa acaba de nomear para liderar o poderoso escritório da Santa Sé para garantir a ortodoxia doutrinária e supervisionar processos de acusações de abuso sexual contra o clero em todo o mundo. Os novos cardeais também incluem o bispo de Hong Kong, Stephen Sau-yan Chow, 64, e o principal funcionário do Vaticano no Oriente Médio, monsenhor Pierbattista Pizzaballa, 58, patriarca latino de Jerusalém. Esses dois clérigos guiam rebanhos em áreas geopolíticas de grande interesse para o Vaticano. No domingo, em comentários anteriores à leitura da lista de novos cardeais, o Papa Francisco expressou esperança de que as autoridades israelenses e palestinas iniciem um “diálogo direto” para acabar com a “espiral de violência” – uma referência aos recentes confrontos mortais na região. Francisco citou repetidamente as dificuldades da minoria cristã no Oriente Médio nas últimas décadas. Em entrevista em abril à Associated Press, Pizzaballa, um prelado italiano que é o principal clérigo católico da Terra Santa, disse que a comunidade cristã de 2.000 anos da região está sob ataque crescente, com o governo mais de direita na história de Israel encorajando extremistas que perseguem clérigos e vandalizaram propriedades religiosas em um ritmo acelerado. Por décadas, o Vaticano e a China tiveram tensões alternadas com melhoras das relações, com a insistência da nação comunista de que tem o direito de nomear bispos e a prisão de padres que professavam lealdade ao papa. No início deste ano, o bispo de Hong Kong, que, como Francisco, é jesuíta, fez a primeira visita à China continental em quase 30 anos de um religioso naquele cargo. Ao anunciar seus nomes, Francisco disse que a nomeação de cardeais de todo o mundo “expressa a universalidade da Igreja, que continua a anunciar o amor misericordioso de Deus a todos os homens da Terra”. Os cardeais servem como conselheiros do pontífice em questões de ensino e administração, incluindo as finanças atingidas por escândalos do Vaticano. Mas o dever mais importante destes religiosos é se reunir em um conclave secreto para eleger o próximo pontífice. Francisco nomeou vários grupos de novos cardeais em seu papado de 10 anos. Isso significa que, cada vez mais, os homens que votarão em seu sucessor, em caso de renúncia ou morte, são clérigos que apoiam seus valores, prioridades e perspectivas. Os últimos cardeais indicados por Francisco foram oficialmente confirmados no posto – conhecido informalmente como “príncipe da igreja” – em agosto de 2022. Três dos clérigos escolhidos para receber trabalham na África, continente onde a Igreja experimentou crescimento nas últimas décadas. São eles: monsenhor Stephen Brislin, 66, arcebispo da Cidade do Cabo, África do Sul; monsenhor Protase Rugambwa, 63 anos, arcebispo coadjutor de Tabora, Tanzânia; e monsenhor Stephen Ameyu Martin Mulla, 59, arcebispo de Juba, no Sudão do Sul, que o papa visitou no início deste ano. O Sudão do Sul conquistou a independência do Sudão, de maioria muçulmana, em 2011, mas foi assolado por guerras civis e conflitos. O cargo para o qual Francisco indicou Fernández é tradicionalmente chefiado por um cardeal. Mas a rapidez com que o arcebispo de La Plata foi escolhido publicamente como cardeal – oito dias após a nomeação – foi notável e destaca a atenção que o pontífice dá a esse cargo. Um grupo com sede nos Estados Unidos, que rastreia como a hierarquia católica lida com alegações de abuso sexual por parte do clero, diz que Francisco fez uma escolha “preocupante” ao escolher o arcebispo argentino, que em 2019 se recusou a acreditar nas vítimas que acusaram um padre naquela arquidiocese de abusar sexualmente de meninos. Entre outros cardeais nomeados estão religiosos de Lisboa, Portugal, que o papa visitará no mês que vem para um encontro de jovens católicos; Penang, Malásia; a ilha francesa da Córsega; Bogotá, Colômbia; e Lodz, Polônia. Dezoito dos 21 novos cardeais têm menos de 80 anos e podem votar em um conclave.
Fonte: Associated Press/istoé
MUNDO DA RELIGIÃO: VATICANO – Papa Francisco deixa hospital após passar nove dias internado devido à cirurgia no intestino
Após nove dias internado por causa de uma cirurgia no intestino, o Papa Francisco deixou, nesta sexta-feira, 16, o hospital Gemelli de Roma para retornar ao Vaticano, onde sua evolução será monitorada de perto. O jesuíta argentino deixou a Policlínica Gemelli sorridente em uma cadeira de rodas às 8h45 (3h45 de Brasília). “Ainda vivo”, respondeu a um jornalista que perguntou como se sentia. Cercado por uma multidão, o pontífice acenou para os fiéis e agradeceu, antes de entrar em um Fiat 500 branco, com o auxílio de um grande dispositivo de segurança. Após duas breves paradas, uma delas na basílica de Santa Maria Maggiore, o papa retornou ao Vaticano. Ele presidirá a bênção do Angelus no domingo, 18, mas a audiência geral semanal da próxima quarta-feira foi cancelada para que tenha tempo de descanso, informou a Santa Sé. A partir de segunda-feira, 19, Francisco retomará as demais audiências e reuniões programadas.
Francisco estava internado desde 7 de junho, quando foi hospitalizado e submetido a uma operação de três horas sob anestesia geral para reabsorver dolorosas “aderências” em sua parede abdominal, consequências da cirurgia no cólon em julho de 2021. Durante o tempo que estava no hospital, o pontífice descansou, mas também retomou o trabalho no 10º andar do hospital Gemelli, conhecido como “o hospital dos papas”, no mesmo quarto em que João Paulo II foi internado diversas vezes. Na quinta-feira, o papa visitou o departamento de Oncologia Pediátrica e Neurocirurgia Infantil do hospital e conversou com os jovens pacientes, incluindo alguns que enviaram cartas, desenhos e mensagens com desejos de pronta recuperação ao pontífice. As fotos publicadas pelo Vaticano mostram Jorge Bergoglio em uma cadeira de rodas cumprimentando os pacientes e funcionários do hospital.
Com problemas no quadril, dores no joelho direito, várias operações e uma infecção respiratória recente, o papa argentino enfrenta questões recorrentes de saúde desde sua eleição em 2013. Nos últimos meses, os boatos sobre uma possível renúncia do papa aumentaram consideravelmente. Esta foi a terceira hospitalização de Francisco em menos de dois anos. No final de março ele foi internado na Policlínica Gemelli após ser diagnosticado com uma infecção respiratória, quadro que exigiu três dias de tratamento com antibiótico. Em janeiro, o papa deu a entender que ainda sofre de problemas causados por divertículos, hérnias ou pequenas bolsas que se formam nas paredes do aparelho digestivo. Apesar de todos os problemas médicos, Francisco mantém uma agenda intensa e um ritmo de atividade acelerado. Ele chega a participar em 10 reuniões em apenas uma manhã. O estado de saúde frágil não o impede de viajar e sua agenda tem vários deslocamentos planejados: em agosto ele visitará Portugal para as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), em Lisboa, onde a programação inclui quase 20 eventos e 11 discursos. Em setembro ele tem uma viagem programada para a Mongólia e uma grande missa em Marselha, sul da França.
JP com informações da AFP