O ex-deputado estadual Augusto Castro está entubado na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, com suspeita do novo coronavírus, conforme apurou o site Política Livre na tarde desta quarta-feira (25). No final do ano passado, Castro se filiou ao PSD e anunciou a sua pré-candidatura à Prefeitura do município. Castro foi internado por volta do meio-dia de ontem, 24, com quadro de forte gripe e estresse. Ele chegou de Salvador na sexta-feira. Castro está em observação e já fez uma tomografia e o teste de Covid-19, e aguarda resultado do Lacen.
Política
POLITICA – Ibaneis: “Não é hora de politizar. Bolsonaro tem parte da razão”
ANA MARIA CAMPOS
Primeiro governador a decretar medidas de restrição no combate ao coronavírus, como suspensão de aulas e fechamento do comércio, Ibaneis Rocha (MDB) é diplomático ao comentar o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na noite desta terça-feira (24/03) sobre a Covid-19. Para Ibaneis, Bolsonaro tem razão em parte ao defender que o país não pode parar: “Não é hora de politizar ou polemizar. Bolsonaro tem parte da razão, afinal, muitos municípios pequenos, sem qualquer caso de coronavírus, estão fechando”. Mas o governador ressaltou que essa não é a realidade em outras cidades. “De outra parte cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília tem situações diferenciadas”. Bolsonaro tratou a Covid-19 como uma “gripezinha” ou um “resfriadinho”. O presidente defendeu que as crianças voltem às aulas porque, segundo ele, a infecção só atinge com gravidade os idosos. Ibaneis diz que não vai polemizar com o presidente. “Eu vou manter o meu foco em cuidar das pessoas. Acredito e preciso do apoio do ministério da saúde e da economia. Sou hospedeiro do governo federal, que paga um ‘aluguel’ que é o Fundo Constitucional bb constitucional, pequeno para as condições da cidade que o hospeda. Não é hora de politizar ou polemizar”, diz Ibaneis. (CORREIO BRAZILIENSE)
BOLSONARO E DÓRIA – Irresponsável, diz Doria; demagogo, responde Bolsonaro
Foto: Nelson Almeida/AFP
O clima azedou entre João Doria Jr. e Jair Bolsonaro na teleconferência entre o presidente e os governadores do Sudeste, nesta manhã.
Doria começou sua fala “lamentando” os termos do pronunciamento de Bolsonaro na véspera em rede nacional de rádio e TV.
Disse que “o senhor, como presidente da República, tem de dar o exemplo, e tem de ser o mandatário para comandar, para dirigir, para liderar o País, e não para dividir”. “Somos todos aqui republicanos, presidente. Somos quatro governadores de quatro partidos distintos. Não temos as mesmas opiniões e os mesmos pensamentos ideológicos. Mas nós trabalhamos simultaneamente. Aliás, os 27 governadores do País fazem isso para defender os brasileiros”, disse o governador de São Paulo. Doria afirmou que a prioridade é “salvar vidas, presidente, nós estamos preocupados com as vidas, salvar vidas de brasileiros”. Disse que os Estados estão conscientes de manter a economia funcionando naquilo que é essencial, de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde.
Bolsonaro respondeu com o pé no peito. Disse que Doria “aproveitou-se do meu nome para se eleger governador”. Afirmou que, assim que ganhou as eleições, fez como já havia feito com “outro no passado”, numa alusão a Geraldo Alckmin, “vira as costas e começa a atacar covardemente aquele que emprestou o seu nome, não voluntariamente”. “Guarde essas suas observações para as eleições de 2022, onde Vossa Excelência poderá destilar todo o seu ódio e demagogia”, disse. “Desde o final das eleições de 2018 Vossa Excelência assumiu uma posição completamente diferente da que teve comigo”, afirmou. “Subiu à sua cabeça a possibilidade de ser presidente da República. Não tem responsabilidade. Não tem altura para criticar”, criticou. Elevando o tom de voz, Bolsonaro disse que não aceita “de forma nenhuma” essas palavras “levianas” de Doria, de ser responsabilizado por tudo que acontece no Brasil. “Queremos sim preservar os idosos, mas não aceitamos demagogia barata”, vociferou o presidente.Afirmou que não aceita o tucano como “porta-voz dos outros governadores”. “Governador João Doria, faça sua parte, o governo federal está pronto para comandar como sempre fez. Vossa Excelência foi quem fechou a porta para nós”, afirmou. Na segunda vez em que teve a palavra, Doria elogiou a serenidade de Luiz Henrique Mandetta e pediu “calma, serenidade e equilíbrio” a Bolsonaro. Em sua fala inicia, o governador de São Paulo afirmou que as decisões de São Paulo são tomadas num comitê e orientadas por médicos, que não são precipitadas nem impensadas. Propôs o adiamento do pagamento da dívida dos Estados não por seis meses, mas por doze meses. “Temos de recuperar a economia depois dessa crise”, afirmou. Pediu que o governo antecipe o pagamento da Lei Kandir e que o governo federal trabalhe junto ao Banco Mundial e ao Banco Interamericano para que as dívidas sejam adiadas por um ano.A pauta apresentada por São Paulo inclui também a liberação pela Receita de insumos essenciais para a crise e o não-confisco de respiradores e outros insumos. Disse que irá à Justiça caso haja decisões de confisco. Bolsonaro não respondeu a nenhuma das reivindicações depois que respondeu às críticas de Doria e atacou o tucano, e passou a palavra ao ministro Luiz Henrique Mandetta. (blog da cidadania)
FALA PRESIDENCIAL – Entidades de saúde condenam pronunciamento de Bolsonaro sobre a Covid-19
Organizações afirmaram que discurso do presidente é um risco no combate à doença, que tem mais de 2 mil casos no Brasil e é causada pelo novo coronavírus.
Por G1
Entidades de médicos e outros profissionais de saúde condenaram o pronunciamento, na noite desta terça-feira (24), do presidente Jair Bolsonaro sobre a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Na fala, veiculada em rede nacional, o presidente chamou a doença de “resfriadinho”, contrariou especialistas e pediu o fim do “confinamento em massa”. Ele também fez um apelo pela “volta à normalidade” e culpou a imprensa por “espalhar pavor”.
O Conselho Nacional de Saúde considerou que o pronunciamento do presidente “coloca em risco a vida de milhares de pessoas” e que é “uma afronta grave à Saúde e à vida da população. Sua fala prejudica todo o esforço nacional para que o Sistema Único de Saúde (SUS) não entre em colapso diante do cenário emergencial que vivemos na atualidade”, avaliou a entidade.
A Sociedade Brasileira de Infectologia se disse preocupada com a fala de Bolsonaro, e considerou que as declarações podem dar a falsa impressão de que as medidas de contenção social são inadequadas. Os infectologistas classificaram a pandemia como “grave”, e disseram que é temerário associar que as cerca de 800 mortes por dia causadas pela doença na Itália, a maioria entre idosos, esteja relacionada apenas ao clima frio do inverno europeu.
A Associação Brasileira de Saúde Coletiva considerou “intolerável e irresponsável” o que chamou de “discurso da morte” do presidente Jair Bolsonaro. A entidade afirmou que, em sua fala, que classificou como “incoerente e criminosa”, o presidente “nega o conjunto de evidências científicas que vem pautando o combate à pandemia da COVID-19 em todo o mundo, desvalorizando o trabalho sério e dedicado de toda uma rede nacional e mundial de cientistas e desenvolvedores de tecnologias em saúde.”
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia disse que qualquer medida que abrande o isolamento da população será “extremante prejudicial” para o combate à Covid-19.
A Associação Paulista de Medicina afirmou que, “se a intenção foi acalmar, a reação da sociedade mostra que ele [Bolsonaro] não alcançou seus objetivos. Você não traz esperança minimizando o problema, mas reforçando as soluções. Existe um perigo próximo, evidente, real e gravíssimo. Enfrentá-lo é prioritário.”
A Associação Brasileira de Climatério afirmou que, apesar dos impactos socioeconômicos, “até o momento, o afastamento social está entre as medidas mais eficientes no combate à propagação do COVID-19, de acordo, inclusive, com autoridades de saúde internacionais”. A entidade reúne médicos dedicados à assistência da mulher em transição – chamada de climatério – entre o período fértil e o não fértil.
A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo disse, em nota, que “vê com extrema preocupação” o pronunciamento de Bolsonaro. “O isolamento é uma das medidas mais eficientes para combater a propagação de COVID-19 até o presente momento. Desta forma, a SOGESP reitera a importância de se seguir as determinações das autoridades de saúde, no sentido de se evitar ao máximo os contatos sociais”, pediu a entidade.
A Sociedade Brasileira de Mastologia também viu “com preocupação” as declarações do presidente, afirmando que elas vão “na contramão de todas as orientações passadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia, que recomendam o isolamento social como forma de conter a disseminação do novo vírus”. A entidade afirmou que “continuará recomendando a toda população brasileira, inclusive as mulheres acometidas neste momento pelo câncer de mama e em tratamento como sessões de quimioterapia e radioterapia, para que fiquem em confinamento domiciliar”.
Em comunicado conjunto, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, a Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea e a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica pediram que “todos aqueles que podem manter-se em isolamento devem fazê-lo”, pois estão, dessa forma, protegendo a vida de pacientes que têm o sistema imune comprometido – como aqueles que aguardam ou passaram por um transplante de medula óssea ou, ainda, aqueles em tratamento para câncer.
A Associação Médica Brasileira elogiou a atuação do Ministério da Saúde no combate à pandemia, e frisou que “constitui erro capital, nas crises, sustentar opiniões ou posições que perderam a validade em decorrência da evolução dos fatos”. Em vídeo, o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, Alexandre Ferreira Oliveira, também apoiou as medidas adotadas pelo Ministério da Saúde e disse que a entidade é favorável “ao isolamento responsável das pessoas” e à “não interrupção dos tratamentos oncológicos em prejuízo aos pacientes”. Oliveira concluiu dizendo que “dentro disso tudo, é muito importante a proteção às equipes de linhas de frente que estão atendendo esses pacientes.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica apoia qualquer medida de preservação à vida.”
Também em vídeo, o presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Marcos Machado, se disse “perplexo e preocupado” com o pronunciamento de Bolsonaro. “O discurso é carregado de política, e sem nenhuma preocupação com a prevenção sobre o coronavírus”, afirmou, antes de elogiar o trabalho do Ministério da Saúde. “É inaceitável, neste instante, que venha a maior liderança do país dizer à população que não se preocupe com as orientações do Ministério da Saúde”, disse.
A Sociedade Brasileira de Imunizações também chamou de “temerário” o discurso proferido por Bolsonaro. “Ao pregar o fim do isolamento social como estratégia de resposta à pandemia de COVID-19, o presidente contraria todas as evidências científicas. Vai de encontro, também, às próprias orientações do Ministério da Saúde, que vem trabalhando de forma correta e árdua diante desse grande desafio”, afirmou a entidade em nota.
A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia reiterou a importância do isolamento para combater a disseminação do vírus. “As orientações e cuidados a serem tomados diante da pandemia do novo coronavírus são aquelas emanadas pelo Ministério da Saúde”, afirmou a entidade. “Dessa forma, por mais respeito que tenhamos pela figura do chefe do Executivo, o cerne do combate à pandemia é e continuará sendo a tentativa desesperada de se evitar o crescimento exponencial da doença”.
Veja, abaixo, as íntegras dos posicionamentos divulgados pelas organizações:
Conselho Nacional de Saúde
“O Conselho Nacional de Saúde (CNS), frente à pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19), enfrentada por diversos países no mundo, considera o pronunciamento, nesta terça (24/03), do presidente da república, Jair Messias Bolsonaro, uma afronta grave à Saúde e à vida da população. Sua fala prejudica todo o esforço nacional para que o Sistema Único de Saúde (SUS) não entre em colapso diante do cenário emergencial que vivemos na atualidade. Cabe ao Estado garantir medidas de Saúde e proteção como já sinalizamos em nossa Carta Aberta às Autoridades Brasileiras.Contrariando todas as evidências técnicas e científicas de instituições como Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), universidades brasileiras e o próprio Ministério da Saúde (MS), por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), consideramos sua fala pública de completa irresponsabilidade, podendo causar prejuízos aos cidadãos e cidadãs no Brasil como o aumento da transmissão comunitária e até mesmo do número de mortes.Neste momento, a principal recomendação das autoridades sanitárias, legalmente com competência e conhecimento para lidar com o cenário crítico, é o isolamento ao maior número de pessoas, com atenção especial aos idosos. Nesse contexto, as falas de Bolsonaro negam e desrespeitam o trabalho que vem sendo desenvolvido por inúmeros profissionais da Saúde em todo o país, além de contrariar as ações que vêm sendo geridas pelo Ministro da Saúde.A paralisação de diversos serviços vai gerar um impacto negativo na economia, porém a economia se recupera se as vidas estiverem preservadas. Números não valem mais que vidas. Antes um país com potencial de retomada na economia após uma crise, que centenas ou milhares de pessoas mortas devido à irresponsabilidade de falas, posturas, posicionamentos e atitudes insensatas que atentam contra o bem estar social. A postura do presidente é criminosa, nesse sentido, fazemos um apelo à população: fique em casa e não acredite em fake news contra as orientações do MS.Por isso, consideramos fundamental que os poderes Legislativo e Judiciário, subsidiados pelos fatos e pelo clamor social, tomem as providências cabíveis diante de um discurso genocida, que confunde a população e pode colocar em risco a vida de milhares de pessoas no nosso país. É necessário que haja união de todas as autoridades, independentemente de disputas partidárias, e confiança nas evidências científicas para que possamos superar esta crise. A vida não pode esperar, o SUS é capaz de salvar-nos desse contexto. Mas precisamos de financiamento adequado e do compromisso de todos e todas no país. O CNS está ao lado da população.”Sociedade Brasileira de Infectologia“Neste difícil momento da pandemia de COVID-19 em todo o mundo e no Brasil, trouxe-nos preocupação o pronunciamento oficial do Presidente da República Jair Bolsonaro, ao ser contra o fechamento de escolas e ao se referir a essa nova doença infecciosa como “um resfriadinho”.Tais mensagens podem dar a falsa impressão à população que as medidas de contenção social são inadequadas e que a COVID-19 é semelhante ao resfriado comum, esta sim uma doença com baixa letalidade. É também temerário dizer que as cerca de 800 mortes diárias que estão ocorrendo na Itália, realmente a maioria entre idosos, seja relacionada apenas ao clima frio do inverno europeu. A pandemia é grave, pois até hoje já foram registrados mais de 420 mil casos confirmados no mundo e quase 19 mil óbitos, sendo 46 no Brasil.O Brasil está numa curva crescente de casos, com transmissão comunitária do vírus e o número de infectados está dobrando a cada três dias.Concordamos com o Presidente quando elogia o trabalho do Ministro da Saúde, Dr. Luiz Henrique Mandetta, e sua equipe, cujas ações têm sido de grande gestor na mais grave epidemia que o Brasil já enfrentou em sua história recente. Desde o início da epidemia, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estão trabalhando em conjunto com várias sociedades médicas científicas, em especial com a Sociedade Brasileira de Infectologia, com várias reuniões presenciais, teleconferências e trocas de informações quase que diariamente.Também concordamos que devemos ter enorme preocupação com o impacto socioeconômico desta pandemia e a preocupação com os empregos e sustento das famílias. Entretanto, do ponto de vista científico-epidemiológico, o distanciamento social é fundamental para conter a disseminação do novo coronavírus, quando ele atinge a fase de transmissão comunitária. Essa medida deve ser associada ao isolamento respiratório dos pacientes que apresentam a doença, ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI) pelos profissionais de saúde e à higienização frequente das mãos por toda a população. As medidas de maior ou menor restrição social vão depender da evolução da epidemia no Brasil e, nas próximas semanas, poderemos ter diferentes medidas para regiões que apresentem fases distantes da sua disseminação.Quando a COVID-19 chega à fase de franca disseminação comunitária, a maior restrição social, com fechamento do comércio e da indústria não essencial, além de não permitir aglomerações humanas, se impõe. Por isso, ela está sendo tomada em países europeus desenvolvidos e nos Estados Unidos da América.Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e todos os demais profissionais de saúde estão trabalhando arduamente nos hospitais e unidades de saúde em todo o país. A epidemia é dinâmica, assim como devem ser as medidas para minimizar sua disseminação. “Ficar em casa” é a resposta mais adequada para a maioria das cidades brasileiras neste momento, principalmente as mais populosas.”
Associação Brasileira de Saúde Coletiva
“As entidades de saúde coletiva e da bioética consideram intolerável e irresponsável o “discurso da morte” feito pelo Presidente da República, na noite de 24 de março, em cadeia nacional de rádio e TV.Nessa manifestação, incoerente e criminosa, o Sr. Jair Bolsonaro, no momento ocupante do principal cargo do Executivo Federal, nega o conjunto de evidências científicas que vem pautando o combate à pandemia da COVID-19 em todo o mundo, desvalorizando o trabalho sério e dedicado de toda uma rede nacional e mundial de cientistas e desenvolvedores de tecnologias em saúde. Nesse ato, desrespeita o excelente trabalho da imprensa e de numerosas redes de difusão de conhecimento, essenciais para o esclarecimento geral sobre a COVID-19, e desmobiliza a população a dar seguimento às medidas fundamentais de contenção para evitar mortes. Medidas estas cruciais encaminhadas com muito esforço pelas autoridades municipais e estaduais, implementadas por técnicos e profissionais do SUS, os quais vêm expondo suas vidas para salvar pessoas. Além disso, comete o crime de “infração de medida sanitária preventiva”, a ser enquadrado no Art. 268 do Código Penal Brasileiro, ao desrespeitar “determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”.Nossas entidades representativas da comunidade brasileira de sanitaristas, epidemiologistas, planejadores e gestores de saúde, cientistas sociais e outros profissionais da área de saúde pública vêm a público denunciar os efeitos nocivos das posições do presidente da República sobre a grave situação epidemiológica que estamos vivendo. Seu pronunciamento perverso pode resultar em mais sofrimento e mortes na já tão sofrida população brasileira, particularmente entre os segmentos vulneráveis da sociedade.As instituições da República precisam reagir e parar a irresponsabilidade do ocupante da cadeira de presidente antes que o caos se torne irreversível.Assinam esta nota as seguintes entidades:Associação Brasileira de Saúde Coletiva – ABRASCOCentro Brasileiro de Estudos da Saúde – CebesAssociação Brasileira de Economia da Saúde – ABrESAssociação Brasileira da Rede UnidaAssociação Brasileira de Enfermagem – ABEnAssociação Paulista de Medicina – APMSociedade Brasileira de Bioética – SBB
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Em nota, a entidade afirmou que “a SBGG tem um comprometimento sério e humano com a população e endossa a manutenção de todas as medidas tomadas até este momento. Para a SBGG qualquer medida que abrande o isolamento da população será extremante prejudicial para o combate ao Coronavírus, acarretando em maior número de infectados e morte. Salientamos que a maioria dos países adotam a mesma medida de contenção, apresentando sucesso.Seremos militantes do nosso posicionamento para o bem dos idosos e da população brasileira.”
Associação Paulista de Medicina
“Se a intenção foi acalmar, a reação da sociedade mostra que ele não alcançou seus objetivos. Você não traz esperança minimizando o problema, mas reforçando as soluções. Existe um perigo próximo, evidente, real e gravíssimo. Enfrentá-lo é prioritário. Todos nos preocupamos com o impacto do isolamento social na economia, particularmente o impacto da recessão sobre a saúde. Também isso não deve ser minimizado. Mas que não se deixe a preocupação com o futuro inviabilizar o presente.”
Associação Brasileira de Climatério
“A Associação Brasileira de Climatério – SOBRAC vem a público reiterar a importância de que as determinações de afastamento social temporário emanadas pelas autoridades de saúde sejam observadas fielmente.Evidentemente sempre há preocupação com eventuais impactos socioeconômicos que tais medidas possam gerar. Contudo, até o momento, o afastamento social está entre as medidas mais eficientes no combate à propagação do COVID-19, de acordo, inclusive, com autoridades de saúde internacionais.A SOBRAC se preocupa em especial, pois se dedica ao estudo de população que pode se enquadrar com maior frequência nos grupos de maior risco para a doença e, portanto, reitera a importância de observar todas as determinações de saúde de nossas autoridades.Nas próximas semanas, talvez seja possível ter a real dimensão que tomará a pandemia no País. Somente então se poderá decidir por manter o afastamento social mais ou menos rigoroso.”
Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo
“Neste momento de incertezas e inseguranças que tomam conta das sociedades brasileira e mundial, a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo – SOGESP vê com extrema preocupação o pronunciamento do senhor presidente Jair Bolsonaro, na noite de ontem, 24 de março.Claro que sempre existe preocupação com eventuais impactos socioeconômicos do isolamento social, mas vidas humanas têm de ser prioridade sempre.O isolamento é uma das medidas mais eficientes para combater a propagação de COVID-19 até o presente momento. Desta forma, a SOGESP reitera a importância de se seguir as determinações das autoridades de saúde, no sentido de se evitar ao máximo os contatos sociais.”
Sociedade Brasileira de Mastologia
“A Sociedade Brasileira de Mastologia monitora de perto o avanço da pandemia do coronavírus (COVID-19) no Brasil e no mundo. E por tratar diretamente de pacientes que podem compor o grupo de risco, recebe com preocupação o número de informações desencontradas, essencialmente as que vão na contramão de todas as orientações passadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia, que recomendam o isolamento social como forma de conter a disseminação do novo vírus.A SBM continuará recomendando a toda população brasileira, inclusive as mulheres acometidas neste momento pelo câncer de mama e em tratamento como sessões de quimioterapia e radioterapia, para que fiquem em confinamento domiciliar, evitando assim exposição pública e aglomerações. As exceções devem ser avaliadas caso a caso, conforme as orientações abaixo:- Consultas ambulatoriais de rotina devem ser avaliadas e remarcadas.- Consultas de seguimento de pacientes oncológicas de rotina que podem aguardar deverão ser avaliadas e remarcadas.- Consultas para pacientes em investigação para câncer de mama devem ser mantidas seguindo as normas de higiene preconizadas.- Procedimentos diagnósticos, cirúrgicos ou não, em pacientes com suspeita de câncer devem ser mantidos seguindo as normas de higiene preconizadas.- Procedimentos cirúrgicos eletivos não oncológicos devem ser avaliados e postergados.- Procedimentos cirúrgicos oncológicos devem ser mantidos.A individualização dos casos deve ser sempre realizada pelo médico assistente.De fato, o coronavírus tem demonstrado aqui e nos outros países o seu poder de letalidade e as mulheres com baixa imunidade, como é o caso das que estão em determinada fase do tratamento do câncer, devem redobrar o cuidado, mantendo-se em casa.A Sociedade Brasileira de Mastologia está à disposição para tirar dúvidas, trocar experiências e reforça que está atenta a todos os acontecimentos para trazer as informações necessárias à prática médica, sempre com as melhores medidas e decisões para a nossa população.”
Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea e Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica
“Vimos por meio deste comunicado conjunto reforçar à população a importância de mantermos todas recomendações que têm sido indicadas como forma de combater o novo coronavírus.Neste momento, reiteramos que todos aqueles que podem manter-se em isolamento devem fazê-lo, pois estão colaborando para proteger as vidas dos nossos idosos que temos em nosso País e, também, das crianças, jovens e adultos que neste momento estão em tratamento hematológico, oncológico e oncohematológico, bem como aquelas que aguardam por um transplante de medula óssea ou foram recentemente transplantadas.Estes são pacientes que tem seu sistema imune comprometido, devido à sua condição de saúde, o que os torna mais suscetíveis às complicações da Covid-19, tanto quanto idosos, ou pessoas com doenças crônicas como diabetes, hipertensão e tantas outras.Sem o isolamento, esta população estará em maior risco de sofrer os agravos que uma infecção pelo novo coronavírus pode lhes causar. Portanto, reiteramos que as medidas não devem ser flexibilizadas, para que possamos proteger a nossa população, seja qual for a idade.Nós, da ABHH, SBTMO e SOBOPE, somos sociedades de especialidades médicas que lutam para promover educação, fomentar a produção científica e contribuir com o aperfeiçoamento da prática médica e de todos os profissionais que compõem as equipes multidisciplinares.Por isso, à luz da ciência e também com base nas experiências de enfrentamento à Covid-19 que países como China e Itália – levando em conta erros e acertos, reiteramos veementemente para manter as orientações de isolamento.Juntos, podemos passar por isso!“
Associação Médica Brasileira
“Crises são caracterizadas por constantes mudanças de cenário. De uma hora para a outra, as variáveis podem se modificar radicalmente, fazendo com que estratégias previamente traçadas possam, com grande volatilidade, se tornar ineficazes. Assim, constitui erro capital, nas crises, sustentar opiniões ou posições que perderam a validade em decorrência da evolução dos fatos. Por isso, o enfrentamento da situação com total transparência torna-se fundamental. É preciso que todos entendam o cenário, as mudanças que nele impactam e, por consequência, a busca de novas estratégias e ações.Nesse sentido, o Ministério da Saúde, capitaneado por Luiz Henrique Mandetta, tem atuado de forma precisa e responsável. Os transparentes relatos com atualizações constantes sobre a pandemia da COVID-19 nos ajudam a entender o cenário atual, as perspectivas de soluções, e estimula nossa participação colaborativa.O respeito com o qual o Ministério vem tratando os médicos e demais profissionais de saúde, bem como o empenho para resolver questões relevantes à classe, como a disponibilização de EPIs, aumento de respiradores, leitos de UTI, estratégias e logística para o enfrentamento desta pandemia encoraja ainda mais a categoria para avançar na linha de frente e cumprir seu papel, resguardando a segurança de todos e a assistência à população.A incansável luta contra outra praga desta crise, as fakenews, também tem sido louvável. É necessária, uma vez que a propagação de notícias falsas e alarmistas pode criar danos enormes à saúde e ao bem-estar da população.A hora é de união e colaboração e de apoio ao Ministro Mandetta e toda sua equipe ministerial. Precisamos estar atentos, alertas, críticos quando necessário, propositivos na segurança dos médicos e demais profissionais de saúde, mas sempre seremos colaborativos.”
Conselho Regional de Farmácia de São Paulo
Em vídeo, o presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Marcos Machado, disse estar “perplexo e preocupado” com a fala de Bolsonaro.”O discurso é carregado de política, e sem nenhuma preocupação com a prevenção sobre o coronavírus”, afirmou, antes de elogiar o trabalho do Ministério da Saúde. “É inaceitável, neste instante, que venha a maior liderança do país dizer à população que não se preocupe com as orientações do Ministério da Saúde.Toda a sua fala contraria o trabalho dos profissionais de saúde que estão à frente, nesse momento, orientando e tentando ajudar a população a sair dessa pandemia o mais rápido possível. Os farmacêuticos estão à frente desse processo, atendendo pacientes em suas farmácias, em seus ambulatórios, em seus ambientes de trabalho, muitas vezes sem condições de trabalho, mas todos estão lá, fazendo o possível. Portanto, é inaceitável, neste instante, que venha a maior liderança do país dizer à população que não se preocupem com as orientações do Ministério da Saúde. Não tem sentido isso – é preciso que nós tenhamos um discurso de construção – e não é o que nós vimos nesse momento. A mim e aos farmacêuticos isso preocupa demais. É uma situação grave que gostaríamos de ver corrigida o mais rápido possível.”
Sociedade Brasileira de Imunizações
“A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) considera temerário o discurso proferido pelo excelentíssimo presidente da república Jair Bolsonaro, na noite desta terça-feira, 24 de março, em rede nacional de rádio e televisão.Ao pregar o fim do isolamento social como estratégia de resposta à pandemia de COVID-19, o presidente contraria todas as evidências científicas. Vai de encontro, também, às próprias orientações do Ministério da Saúde, que vem trabalhando de forma correta e árdua diante desse grande desafio.Paralisar as atividades não essenciais é uma medida dura, mas necessária. Entidades acima de qualquer questionamento, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que, enquanto não dispormos de uma vacina, ou mesmo tratamento, trata-se da ação primária de maior impacto na interrupção da cadeia de transmissão do novo coronavírus (Sars-Cov-2), ao lado dos cuidados com higiene pessoal.Incentivar os brasileiros que têm a possibilidade de permanecer em casa a voltarem às ruas pode ter consequências trágicas. Ademais, é um desrespeito com os profissionais de diversas categorias — como médicos, enfermeiros, policiais, bombeiros, motoristas, entregadores, funcionários de mercados e muitos outros — que se expõem diariamente ao risco, por exercerem funções que não podem ser interrompidas.O fato de a doença se mostrar mais grave em pessoas em idade avançada não deve ser considerado atenuante, especialmente porque há hoje no Brasil, segundo estimativas do IBGE, mais de 20 milhões de pessoas com 65 anos ou mais.Nossa visão é a de valorizar a vida de qualquer cidadão, acreditando que essa estratégia é essencial para minimizar o número de doentes e mortos.O momento é de união. A saúde do brasileiro está acima de qualquer visão política.”
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
“A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, que se manifesta em nome de seus 18.000 médicos associados, vem reiterar perante a população brasileira que as orientações e cuidados a serem tomados diante da pandemia do novo coronavírus são aquelas emanadas pelo Ministério da Saúde.Essas orientações, emanadas pelo ministro médico Luiz Henrique Mandetta, tem base científica e seguem a linha explicitada pela OMS.Dessa forma, por mais respeito que tenhamos pela figura do chefe do Executivo, o cerne do combate à pandemia é e continuará sendo a tentativa desesperada de se evitar o crescimento exponencial da doença.Manifestamos nosso total apoio e confiança em toda equipe do Ministério da Saúde, cuja normas, reafirmamos, são aquelas recomendadas com base cientifica-epidemiológica.“Permanecer em casa” é a nossa orientação.Continua valendo a recomendação de que toda a população e não só os idosos permaneçam em casa, que as escolas não tenham aulas e que os serviços não essenciais continuem sem operar, mesmo que isso represente um problema econômico grave. É preciso lembrar que mais importante que o dinheiro que deixa de ser ganho, é a vida que deve ser salva.”
POLITICA – Após reunião com governadores do Norte e NE, Bolsonaro fala em cooperação e libera R$ 85 bi
Foto: Reprodução / Globonews
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) revelou que a reunião com os 16 governadores dos estados da região Norte e Nordeste teve a palavra “cooperação” como resultado. Bolsonaro participou de coletiva nesta segunda-feira (23), após o encontro virtual.”Foram duas reuniões excepcionais. Decidimos que, para transferência para a saúde, o governo destina R$ 8 bilhões, para os Fundos [de Participação] dos Estados e Municípios R$ 16 bilhões, assistência social R$ 2 bilhões, suspensão das dívidas dos estados R$ 12 bilhões, negociações com bancos R$ 7 bilhões e operação de crédito para os estados em R$ 40 bilhões, perfazendo um total de R$ 85 bilhões”, explicou Bolsonaro. O presidente disse que os governadores ficaram satisfeitos e ele revelou ter pedido para que os governante dessem um “olhar especial” para as propostas do executivo federal que tramita na Câmara. “Saímos fortalecidos e unidos. Amanhã a reunião com os demais governadores acontecerá. Cumprimento os governadores que foram pessoas que, com muita competência, haviam pleiteado a reunião”, disse Bolsonaro. (BN)
JCO – Jornalistas da extrema-imprensa tentam jogar Mandetta contra Bolsonaro (veja o vídeo)
Luiz Henrique Mandetta e Jair Bolsonaro
Qual o limite para a ideologia política? Imagine um chefe de estado tentando lutar com todas as forças para combater uma pandemia que pode causar inúmeros estragos no país, enquanto veículos de comunicação de grande alcance, trabalham incessantemente para atrapalhá-lo. Assim tem sido os últimos dias de Jair Bolsonaro. Hoje, segunda-feira, 23, pela manhã, durante sua saída do Palácio da Alvorada, o presidente perdeu a paciência com jornalistas, pois os mesmos mostraram escancaradamente que estão mais preocupados em denegrir a sua imagem do que com informações concretas sobre o combate ao coronavírus. Uma jornalista, questionou Bolsonaro sobre uma pesquisa do Datafolha onde aponta que a popularidade do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é maior do que a do próprio presidente. Bolsonaro, não perdoou.
“Você tá preocupada com popularidade minha ou do Mandetta?”, indagou.
E prosseguiu:
“A imprensa é importantíssima para divulgar a verdade, mas não é com perguntas como essa feita por essa senhora aqui do meu lado. É um pergunta ‘impatriótica’, uma pergunta que vai na contramão do interesse do Brasil, uma pergunta que leva ao descrédito a imprensa brasileira, uma pergunta – me desculpem – ‘infâme’ até”, detonou.
Bolsonaro ainda salientou que irão dizer que ele está agredindo a imprensa.
“Se estou agredindo, saiam da frente do Alvorada!”, disse o presidente.
Curiosamente, ontem (22) foi a vez do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, perder a paciência com essa mesma imprensa, atribuindo a Rede Globo a posição de “parte da doença”.
Confira:
Após críticas, Bolsonaro diz que vai ouvir governadores sobre coronavírus
Após atacar governadores e chamá-los de “exterminadores de empregos”, o presidente Jair Bolsonaro informou nesta segunda-feira, 23, que deve ouvir nesta data governadores das regiões Nordeste e Norte. Os encontros serão separados e ocorrerão por videoconferência.
O objetivo é debater medidas de atuação contra o novo coronavírus. Bolsonaro afirmou ainda que deve se reunir na terça-feira, também remotamente, com governadores das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
As reuniões ocorrem após sucessivas críticas de Bolsonaro à atuação de governadores que adotaram ações de restrições em seus estados, especialmente na área do comércio, para prevenir a covid-19.
No domingo, em entrevista à TV Record, Bolsonaro chegou a dizer que os chefes estaduais estavam “de olho na sua cadeira” de presidente e que eram “exterminadores de empregos”.
“Tem algumas autoridades que estão ministrando remédio em excesso”, disse para jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada nesta segunda. “A dose do remédio não pode ser excessiva de modo que o efeito colateral seja mais danoso que o próprio vírus”, declarou.
JCO – Jornalista da Globo ataca Bolsonaro e, AO VIVO, leva descompostura de médico convidado (veja o vídeo)
A jornalista Eliane Cantanhêde e o médico Fábio Barbirato
A jornalista Eliane Cantanhêde, com longa trajetória na imprensa nacional, com passagens por quase todos os grandes veículos do país, tornou-se uma das mais ferinas algozes de Jair Bolsonaro. Sua função na Globo parece ser sempre culpabilizar o presidente da República, por tudo o que acontece. Até mesmo no episódio em que Cid Gomes, com uma retroescavadeira tentou matar policiais militares no Ceará, Cantanhêde, num excepcional exercício de “acrobacia”, buscou atribuir a culpa do episódio a Bolsonaro. Assim, não poderia ser diferente a sua atuação nesta última sexta-feira (20), quando a emissora recebeu como convidado o médico Fábio Barbirato. Em novo e delirante exercício acrobático, a jornalista empenhou-se em fazer com que Barbirato avalizasse suas críticas ao presidente. O médico, equilibrado e inteligente, rechaçou a maledicência de Cantanhêde. “Talvez eu fale uma coisa que possa não agradar muito a vocês”, disse o médico, percebendo a má intenção de sua interlocutora. Na sequência, após uma breve explanação, ele liquidou a jornalista: “Acho que agora é hora de todos nos unirmos como povo”.
Veja o vídeo:
POLITICA – Alcolumbre colocou 1.300 pessoas em risco e a grande mídia silenciou
Davi Alcolumbre
Davi Alcolumbre atacou Jair Messias Bolsonaro nas redes sociais, pois de acordo com o cosplay de Batoré, o presidente, com suspeita de Corona vírus, colocou as pessoas em risco na passeata de domingo (15). O mesmo Alcolumbre teve, em seguida, seu teste positivo para Corona vírus.Vale lembrar que o nobre senador estava na festa da CNN, com 1.300 pessoas, possivelmente colocando todas elas em risco, mas até agora não houve autocrítica.Idem com a imprensa que massacrou Bolsonaro, mas ignorou o fato ocorrido com o senador. A mesma imprensa participou na quarta-feira (18) de uma coletiva do presidente e seus ministros, com duração de quase duas horas, sobre a crise em função da pandemia. Várias ações foram decretadas e declaradas ao público. A imprensa se preocupou com apenas uma delas: o uso incorreto da máscara no presidente. O Brasil assustado, chocado, preocupado, mas a esquerda organizou um panelaço para “gritar” pelo impeachment do presidente. Qual motivo? Apenas o terceiro turno mesmo. Nada muda na cabeça desta turma. Na Itália as pessoas cantam e tocam nas sacadas para animar e encorajar seu povo. Aqui, se batem panelas e gritam palavras de baixo calão. Para o vírus? Não, para o presidente, afinal, o que não é culpa dele neste mundo?
(Texto publicado na página Toca do Lobo)
JCO
ITABUNA: DECRETO PROÍBE FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO A PARTIR DESTE SÁBADO
Decreto assinado pelo prefeito de Itabuna em exercício, Fernando Vita (MDB), determina o fechamento do comércio na cidade a partir do próximo dia 21, pelo prazo de 15 dias, por causa da crise do coronavírus na cidade. O artigo 5º fala sobre o comércio: Art. 5º – Fica suspenso o funcionamento e atividades de shoppings, galerias, bares, restaurantes, academias de musculação, dança, ginástica, clubes sociais, igrejas, eventos sociais, políticos, congressos, convenções, seminários, festas, formaturas, comemorações, indústrias e fábricas, serviços de Call Center, cursos, atividades bancárias e do comércio em geral, incluindo o comércio estabelecido nos bairros, a partir da primeira hora de sábado, dia 21 de março de 2020, pelo prazo de 15 dias ou até nova deliberação. A CDL queria que o comercio ficasse funcionando das 9 as 15 horas, mas o Parecer Técnico da Secretaria Municipal de Saúde e o Parecer Técnico do médico Infectologista Fernando Hernandez Romero, foi pelo fechamento total pelo prazo de 15 dias.
Veja abaixo, os artigos 3º, 4º e 5ºdo decreto.

Vera Magalhães, ruim de geografia, péssima em matemática e um contrato que supera meio milhão de reais (veja o vídeo)
Fotomontagem: Vera Magalhães e deputado Douglas Garcia
Vera Magalhães, que triste figura. Desonesta, blefadora e sem nenhuma intimidade com a inteligência.Uma mulher fraca.Esta semana, mudou o mapa da América do Sul e criou uma fronteira entre o Chile e o Brasil. Coisa que só existe na cabeça dela.
Nesta sexta-feira (20) ela conseguiu negar o que reza textualmente a cláusula de um contrato em que ela é a beneficiária. ‘Acusada’ pelo deputado paulista Douglas Garcia, de manter contrato de meio milhão de reais com a Fundação Padre Anchieta, Vera negou. Mentiu ou não sabe fazer conta. E pior, Vera disse que irá processar o deputado. Blefou. O parlamentar disse tão somente a verdade. E Vera tentou rebater dizendo que o seu contrato com a tal fundação, que recebe subvenção do estado de São Paulo, prevê um salário de R$ 22 mil mensais. Noutras palavras, Vera confirmou o que foi dito pelo deputado, uma vez que em sendo o contrato estipulado para um prazo de 24 meses, o valor deste perfaz a bagatela de 528 mil reais. Ou seja, ainda supera o propalado “meio milhão de reais”. Na cópia que juntou, Vera, incompetente, ainda deixou aparecer um ‘pedaço’ da cláusula que estipula o valor total.
Veja abaixo:
Fica o questionamento: Para que todo esse vitimismo? Qual a intenção de tentar negar o óbvio, o valor estipulado contratualmente? São em situações como essa que se mede o caráter.
Veja o vídeo:
(JCO)
CALAMIDADE PÚBLICA – Rui Costa encaminha pedido de calamidade pública à AL-BA
Foto: Bahia Notícias
Um pedido de declaração do estado de calamidade pública na Bahia foi encaminhado pelo governador Rui Costa à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) nesta sexta-feira (20). De acordo com o documento, o estado valeria até 31 de dezembro de 2020. A medida tem como consequência a dispensa do atingimento dos resultados fiscais e limitação de empenho prevista, bem como suspensão da contagem de prazos. O documento deve ser publicado no Diário Oficial da Assembleia neste sábado (21).A justificativa do governador baiano é de que o pedido leva em consideração o cenário atual em que se encontra o estado devido à pandemia do novo coronavírus. “Diante do quadro de pandemia do novo coronavírus, dos reflexos sociais, econômicos e de saúde pública, e ainda da necessidade de atuação dos Poderes do Estado da Bahia para proteção de todos os baianos, venho solicitar a Vossas Excelências o reconhecimento e declaração do estado de calamidade pública”. Rui usa a informação divulgada nesta sexta-feira (20) pelo Ministério da Economia do Brasil que reajustou a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país para 0,02%. O número indica uma estabilidade. Na mensagem, o governador da Bahia destaca que “mostra-se evidente que os impactos a serem observados na sociedade vão muito além da questão de saúde pública, afetando, diretamente, a economia como um todo, com redução das atividades de produção, transporte, consumo e serviço. A expectativa é que haja uma redução de até 2% no Produto Interno Bruto – PIB mundial em 2020”. O governo do estado vai publicar um decreto no Diário Oficial do Estado deste sábado (21) que estabelece diretrizes para contenção de despesas e pessoal no estado da Bahia. Com isso, ficarão suspensas as despesas públicas relacionadas a aquisição de imóveis e veículos; contratação de cursos, seminários, congressos, simpósios e outras formas de capacitação e treinamento de servidores públicos. A gestão estadual destaca que a determinação não se aplica às compras e contratações relacionadas às ações de prevenção, controle e tratamento das infecções pelo novo cornavírus. (BN)