O ator Paulo Gustavo teria apresentado nova piora no estado de saúde durante tratamento de complicações causadas pela Covid-19. Conforme publicação da Veja Rio, o artista teve embolia pulmonar, insuficiência cardíaca e lesões cerebrais. Ainda segundo as informações, os novos problemas teriam surgido após uma fístula broncovenosa, que é configurada por uma abertura entre os pulmões e as veias. O humorista deu entrada no hospital ainda no dia 13 de março, logo após resultado positivo para infecção pelo coronavírus. Já internado, passou por intubação e também pela utilização da técnica ECMO para aplacar os efeitos da doença. Ainda na tarde desta segunda (3), a revista Quem confirmou que a assessoria de Paulo Gustavo não se pronunciou sobre o quadro de saúde do artista. O último posicionamento foi feito no dia 26 de abril. De início, o tratamento de Paulo Gustavo não aparentou grandes complicações em meio à Covid-19. No entanto, com o passar dos dias, a intubação do artista revelou evoluções negativas, segundo a equipe médica que o atende. Agora, segundo publicação da revista Marie Claire, os especialistas estudam um novo procedimento cirúrgico para fechar a fissura aberta com a fístula. Porém, o impeditivo são os riscos, já que ele é definido como altíssimo. (DN)
Pandemia
PANDEMIA: GOVERNADOR RUI COSTA PRORROGA TOQUE DE RECOHER NA BAHIA ATÉ 10 DE MAIO
O Governo do Estado decidiu prorrogar a restrição da locomoção noturna de pessoas das 21h às 5h, em toda a Bahia, até o dia 10 de maio. A medida, que tem como objetivo conter a disseminação do novo coronavírus, foi publicada neste domingo (2), na versão on-line do Diário Oficial do Estado (DOE). Em 227 municípios (ver lista abaixo), o toque de recolher vale das 20h às 5h. Já nos municípios integrantes de região de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI vier a se manter igual ou inferior a 75%, por cinco dias consecutivos, a restrição na locomoção será válida das 22h às 5h. A realização de shows e festas, independentemente do número de participantes, também continua proibida até 10 de maio. No período das 18h de 7 de maio até as 5h de 10 de maio, a venda de bebida alcoólica fica vedada em quaisquer estabelecimentos, inclusive por sistema de entrega em domicílio (delivery). As atividades letivas nas unidades de ensino públicas e particulares poderão ocorrer, na modalidade semipresencial e conforme disposições editadas pela Secretaria da Educação, somente nas regiões de saúde cuja taxa de ocupação de leitos de UTI de Covid-19 vier a se manter igual ou inferior a 75%, por cinco dias consecutivos. Até o momento, nenhuma região de saúde da Bahia atingiu essa taxa de ocupação por cinco dias consecutivos. Além disso, as atividades letivas devem ficar condicionadas à ocupação máxima de 50% da capacidade de cada sala de aula e ao atendimento dos protocolos sanitários estabelecidos. A circulação dos meios de transporte metropolitanos continua suspensa no período das 21h30 às 5h, até 10 de maio. A circulação dos ferry boats também segue suspensa das 21h30 às 5h, até 7 de maio, ficando vedado o funcionamento nos dias 8 e 9 de maio. Até 10 de maio, as lanchinhas também não devem circular das 21h30 às 5h. Nos dias 8 e 9 de maio, a ocupação das embarcações deve ser limitada ao máximo de 50% da capacidade.
*Municípios com toque de recolher das 20h às 5h:*
Abaíra, Acajutiba, Adustina, Alagoinhas, Alcobaça, América Dourada, Anagé, Andaraí, Angical, Antas, Aporá, Araçás, Aracatu, Aramari, Baianópolis, Banzaê, Barra, Barra da Estiva, Barra do Choça, Barra do Mendes, Barreiras, Barro Alto, Belmonte, Belo Campo, Boa Vista do Tupim, Bom Jesus da Lapa, Bom Jesus da Serra, Boninal, Bonito, Boquira, Botuporã, Brejolândia, Brotas de Macaúbas, Brumado, Buritirama, Caatiba, Caculé, Caém, Caetanos, Caetité, Cafarnaum, Caldeirão Grande, Canápolis, Canarana, Candiba, Cândido Sales, Capim Grosso, Caraíbas, Caravelas, Cardeal da Silva, Carinhanha, Catolândia, Catu, Caturama, Central, Cícero Dantas, Cipó, Cocos, Condeúba, Contendas do Sincorá, Cordeiros, Coribe, Coronel João Sá, Correntina, Cotegipe, Crisópolis, Cristópolis, Dom Basílio, Encruzilhada, Entre Rios, Érico Cardoso, Esplanada, Eunápolis, Fátima, Feira da Mata, Firmino Alves, Formosa do Rio Preto, Gentio do Ouro, Guajeru, Guanambi, Guaratinga , Heliópolis, Iaçu, Ibiassucê, Ibicoara, Ibicuí, Ibipeba, Ibipitanga, Ibiquera, Ibirapuã, Ibitiara, Ibititá, Ibotirama, Igaporã, Iguaí, Inhambupe, Ipupiara, Iraquara, Irecê, Itabela, Itaberaba, Itaetê, Itagimirim, Itaguaçu da Bahia, Itamaraju, Itambé, Itanagra, Itanhém, Itapebi, Itapetinga, Itapicuru, Itarantim, Itororó, Ituaçu, Iuiu, Jaborandi, Jacaraci, Jacobina, Jandaíra, João Dourado, Jucuruçu, Jussara, Jussiape, Lagoa Real, Lajedão, Lajedinho, Lapão, Lençóis, Licínio de Almeida, Livramento de Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Macajuba, Macarani, Macaúbas, Maetinga, Maiquinique, Mairi, Malhada, Malhada de Pedras, Mansidão, Marcionílio Souza, Matina, Medeiros Neto, Miguel Calmon, Mirangaba, Mirante, Morpará, Morro do Chapéu, Mortugaba, Mucugê, Mucuri, Mulungu do Morro, Muquém do São Francisco, Nova Canaã, Nova Redenção, Nova Soure, Nova Viçosa, Novo Horizonte, Novo Triunfo, Olindina, Oliveira dos Brejinhos, Ouriçangas, Ourolândia, Palmas de Monte Alto, Palmeiras, Paramirim, Paratinga, Paripiranga, Pedrão, Piatã, Pindaí, Piripá, Piritiba, Planalto, Poções, Porto Seguro, Potiraguá, Prado, Presidente Dutra, Presidente Jânio Quadros, Quixabeira, Riachão das Neves, Riacho de Santana, Ribeira do Amparo, Ribeira do Pombal, Ribeirão do Largo, Rio de Contas, Rio do Antônio, Rio do Pires, Rio Real, Ruy Barbosa, Santa Cruz Cabrália, Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia, Santana, São Desidério, São Félix do Coribe, São Gabriel, São José do Jacuípe, Sátiro Dias, Saúde, Seabra, Sebastião Laranjeiras, Serra do Ramalho, Serra Dourada, Serrolândia, Sítio do Mato, Sítio do Quinto, Souto Soares, Tabocas do Brejo Velho, Tanhaçu, Tanque Novo, Tapiramutá, Teixeira de Freitas, Tremedal, Uibaí, Umburanas, Urandi, Utinga, Várzea da Roça, Várzea do Poço, Várzea Nova, Vereda, Vitória da Conquista, Wagner, Wanderley e Xique-Xique.
PANDEMIA: Secretário de Saúde de Itapetinga é acusado de vender vacina
O secretário de saúde de Itapetinga, Hugo Souza, procurou a Polícia Civil para solicitar providências, pois gravações foram amplamente compartilhadas no WhatsApp, o acusando de comercializar vacinas da Covid-19. A mulher que fez as gravações é moradora da cidade e declarou que o imunizante estava sendo comercializado por 400 reais no posto de Saúde Guilherme Dias. Ela disse ainda que o secretário tem conhecimento da situação, porém, não tomou nenhuma providência, porque estaria protegendo a pessoa responsável por desviar a vacina. A mulher denunciada foi candidata à vereadora pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) na última eleição. (IRepórter)
PANDEMIA: Ministro nega existência de leitos ociosos em hospitais militares
General Braga Netto (Casa Civil) já tem pronto espécie de “cardápio” de oportunidades com descrição minuciosa de cada projeto. Foto: Marcos Corrêa/PR/Arquivo
Braga Netto participou de audiência no Senado
O ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, negou hoje (29) a existência de leitos ociosos para o tratamento da covid-19 em hospitais militares. Durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, o ministro afirmou que não há sobra de leitos e que a taxa de contaminação de militares pelo vírus é maior do que na população em geral.
“É exatamente o contrário. Nós não temos disponibilidade [de leitos], nosso índice de contaminação é maior na família militar, que abrange o pessoal da reserva”, disse, sem apresentar os números.
“E, curiosamente, o nosso pessoal que estava na linha de frente começou a se contaminar porque não estava prevista a vacinação desse pessoal”, completou.
De acordo com o ministro, a grande maioria dos hospitais militares está com quase todos os leitos de UTI ocupados. Braga Netto disse ainda que muitos hospitais militares têm removido pacientes para outras regiões para evitar o colapso das unidades.
“O fato é que não existem leitos ociosos nos nossos hospitais. Nossos hospitais estão completos. O leito que está vago é justamente do rodízio de quem sai da UTI para entrar quem está pior”, afirmou.
A informação a respeito da ociosidade de leitos em hospitais militares, tanto em enfermarias quanto em UTI, foi publicada por veículos de comunicação no início do mês. A questão está sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) que chegou a determinar a divulgação de informações sobre os leitos destinados a pacientes com covid-19.
O tema também chegou a ser tratado na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados que aprovou ontem (28) a convocação do ministro para prestar esclarecimentos sobre a questão.
Durante a audiência, o ministro também foi questionado sobre a “politização” das Forças Armadas. O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) citou a troca no comando do ministério e nos comandos das Forças Armadas. A saída dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica foi anunciada pelo ministério da Defesa um dia após Fernando Azevedo e Silva ter deixado o cargo de ministro da Defesa, assumido então por Braga Netto, que chefiava a Casa Civil.
Contarato também questionou sobre o posicionamento de integrantes do alto escalão das Forças Armadas, como o comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, em redes sociais, com críticas a instituições como o Supremo Tribunal Federal e também a políticos de esquerda.
“Em determinadas posições ocupadas nas instituições, nós temos que nos abster de opiniões pessoais sobre a política, senão nós estamos politizando as Forças Armadas. O governo passa, as instituições permanecem”, disse o senador.
O ministro negou haver politização das Forças e disse que a troca nos comandos ocorreu por questão de antiguidade.
“Não existe politização nas Forças Armadas. Isso é uma ideia equivocada. Houve uma troca de ministros e por uma questão funcional houve a troca de comandantes. Por uma questão até de antiguidade, os civis normalmente não entendem muito a questão da antiguidade, e para nós isso é importante”, disse.
“Essa troca foi feita e as Forças Armadas seguem seguindo a linha da hierarquia, disciplina, defesa da Constituição e da liberdade do povo brasileiro”, acrescentou. (ABr)
Hospital de Campanha de Itabuna completa 1º mês
O Hospital de Campanha de Itabuna completa primeiro mês de funcionamento nessa quinta-feira, dia 29, com atendimento a mais de 80 pacientes locais e da microrregião, conta com 20 leitos de UTI e 20 leitos clínicos. Atualmente, 17 pessoas estão internadas, sendo nove em ventilação mecânica no Hospital de Campanha, que funciona em um terreno anexo ao Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, já tendo dado alta a 40 pacientes. Neste período 12 pessoas morreram por conta do agravamento de seu estado de saúde em decorrência da Covid-19. O Hospital de Campanha é gerido pela Prefeitura de Itabuna, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, num esforço do prefeito Augusto Castro para que os pacientes acometidos de sintomas do novo coronavírus tivessem melhor assistência médico-hospitalar “Como gestores comprometidos com a saúde, nosso objetivo é salvar vidas. Por isso, não medimos esforços para implantar o Hospital de Campanha. Vamos em busca de mais apoios dos governos estadual e federal”, afirma Augusto. Segundo a secretária Livia Mendes Aguiar, a estrutura foi montada para ampliar o atendimento aos pacientes com complicações provocadas pela Covid-19 e diminuir o fluxo em outras unidades hospitalares. “Esse foi um objetivo alcançado, porque o Hospital de Base estava sempre com 100% de ocupação e agora já tem períodos com leitos disponíveis”, afirma Lívia. O presidente da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (Fasi),médico Eduardo Kovalski Neto, também acredita que o Hospital de Campanha chegou em um momento oportuno para a cidade. “Já tivemos 70% de ocupação de leitos só com pacientes de Itabuna. Com a implantação do novo hospital, as internações de pessoas aqui da cidade caíram para 40 por cento”, frisa. Atualmente o Hospital de Base está com um leito de UTI e sete de enfermaria vagos. “Hoje temos 14 pacientes na enfermaria. Antes, eram mais de 20, o que é uma melhora significativa”, comemora Kovalski. O Hospital de Campanha conta com uma equipe com 180 profissionais, entre médicos, enfermeiros e equipe multidisciplinar, a exemplo de fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, etc. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os custos com a manutenção da estrutura chegam a R$ 400 mil mensais. Já a locação dos equipamentos, gira em torno de R$ 390 mil enquanto a gestão da Unidade demanda investimentos de R$ 1,4 milhão. “Nós enviamos um pedido ao Ministério da Saúde para habilitação dos leitos de UTI. Se formos atendidos, os custos para o município serão amenizados”, disse a secretária de Saúde Lívia Mendes, explicando que 50% são atendidos de outros municípios da macrorregião.
PANDEMIA: Butantan entregará 600 mil doses da CoronaVac nesta sexta-feira (30/4)
(crédito: SERGEI SUPINSKY)
O Instituto Butantan anunciou nesta quarta-feira (28/4) que entregará 600 mil novas doses da vacina CoronaVac ao governo federal na próxima sexta-feira (30). A próxima entrega estava prevista para segunda-feira (3/5), mas o instituto informou que conseguiu antecipar a entrega. Com isso, o Butantan fecha o mês de abril com o montante de 42 milhões de doses entregues ao Programa Nacional de Imunização (PNI) e não cumpre a previsão inicial de 46 milhões de unidades enviadas até abril.
PANDEMIA: Maioria dos brasileiros concorda com fechamento de igrejas na pandemia
Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias
A maior parte da população brasileira concorda com o fechamento das igrejas durante a pandemia da Covid-19. É o que aponta levantamento divulgado no último sábado (24) pelo Instituto Paraná Pesquisas.
De acordo com a pesquisa, 55,1% concordam com o fechamento dos templos religiosos para conter a disseminação da Covid-19. Por outro lado, 41,4% discordam da ação; 3,5% dos entrevistados não souberam ou não opinaram.
O levantamento ouviu 2.176 pessoas entre os dias 12 e 16 de abril em todos os estados do Brasil. A margem de erro estimada é de 2%, para mais ou para menos. (BN)
PANDEMIA: Só o Brasil e outros três países aplicam mais de um milhão de vacinas por dia
Só o Brasil e mais três países aplicam mais de um milhão de vacinas por dia
EUA, China e Índia passaram a marca, mas outro grande produtor de vacinas, o Reino Unido, não alcançou o patamar do Brasil
O Programa Nacional de Imunizações produziu uma ótima notícia: o Brasil atingiu e manteve entre segunda e sexta, a meta prometida pelo ministro Marcelo Queiroga (Saúde) de aplicar um milhão de doses contra Covid-19 por dia na população. Somente Estados Unidos, China e Índia conseguiram chegar a essa marca. Grande produtor de vacinas, o Reino Unido não chegou ao patamar que o Brasil superou semana passada. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Em cinco dias, incluindo feriado, o Brasil aplicou exatas 5.276.676 doses, mais da metade de segundas doses, que deixam a pessoa imunizada. Incluindo-se o fim de semana passado, a média cai abaixo de um milhão, mas por muito pouco. Foram 6.262.138 doses ou 894 mil vacinas por dia. Nos primeiros 23 dias do mês, incluindo feriados e os finais de semana, o Brasil aplicou 18.333.710 doses. Os dados são do site vacinabrasil.org. Além dos números da vacina, surpreendentes, impressiona o silêncio de grande parte da mídia sobre o número de vacinas aplicadas no Brasil.
PANDEMIA: Mudanças em prioritários por estados e municípios atrapalham vacinação, diz Queiroga
Foto: Anderson Riedel/PR
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou nesta segunda-feira (26) as mudanças feitas por estados e municípios nos grupos prioritários de vacinação contra a Covid-19. Ele disse que as alterações atrapalham a estratégia de imunização no país e fez um apelo para que a ordem prevista no plano nacional seja seguida. “Se nós respeitássemos o Programa Nacional de Imunizações [PNI] conforme pactuado na tripartite [comissão que reúne União, estados e municípios], ele seria melhor”, disse, ao citar o ritmo de vacinação. “Ocorre que, às vezes, muda-se a orientação na bipartite [estados e municípios] para incluir um grupo ou outro, e isso termina por alterar a harmonia do nosso programa e atrapalha o processo de vacinação. Então é até um apelo que eu faço. Nós sabemos que, no afã de contribuir com a vacinação, às vezes se pressiona para botar um grupo prioritário ou outro. Todos têm razão em querer ter a vacinação o mais rápido possível, mas, às vezes, isso atrapalha o nosso PNI”, afirmou em audiência no Senado. Ainda segundo o ministro, o atraso na chegada de insumos para produção de vacinas tem gerado preocupação em alguns estados sobre a oferta da segunda dose da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan. Agora, a pasta avalia uma nova recomendação sobre o tema. “Há cerca de um mês se liberaram as segundas doses para que se aplicassem, e agora, em face do retardo dos insumos vindos da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa segunda dose. E, como esta semana não temos previsão de chegada de vacina do Butantan, só daqui a cerca de dez dias, vamos emitir uma nota técnica acerca desse tema.” O ministro não informou, porém, o que deve constar na nota técnica e qual medida pode ser aplicada. Ele criticou a possibilidade de judicialização para garantia de oferta das doses, citando como exemplo decisão da Justiça Federal que determinou ao ministério, governo e prefeitura a garantia de aplicação das doses em João Pessoa (PB). “Se todos judicializarem, não há doses para todo mundo”, disse.
O jornal Folha de S.Paulo questionou o Ministério da Saúde sobre o que pode mudar com a nota técnica, mas ainda não teve retorno. Segundo membros da pasta ouvidos pela reportagem, uma das possibilidades em análise é reforçar a recomendação de reserva do volume enviado para segunda dose. Ainda na audiência, Queiroga rebateu críticas sobre a diferença entre o número de doses enviadas e aplicadas de vacinas contra a Covid e disse ter pedido mudanças à equipe no modelo de divulgação dos dados, “para que não gere tanto calor em relação a essa questão”. “Tudo o que não precisamos neste momento é de polêmica”, disse. Até o momento, o país já distribuiu cerca de 57 milhões de doses –destas, 37 milhões já constam em sistema da pasta como aplicadas. “Isso gera uma discussão. ‘Ah, onde estão essas doses? Não foram aplicadas?’. A maior parte foi aplicada. Algumas também são dose 2, e estão guardadas, e outras não chegaram aos municípios, porque há um delay de cerca de dez dias para que essas doses, uma vez entregues, sejam distribuídas”, afirma. Queiroga também voltou a comentar sobre o cronograma divulgado pela pasta no sábado (24), o qual reduziu em 31% a previsão de entrega de doses de vacinas contra Covid em maio. Até então, o cronograma anterior previa 46,9 milhões de doses para o próximo mês, enquanto o atual prevê 32,4 milhões de doses. Segundo ele, a mudança ocorre devido à decisão da pasta de retirar do cronograma a previsão de doses das vacinas Covaxin e Sputnik, ainda não aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e pelo atraso na chegada de insumos usados pela Fiocruz e Butantan para produção das doses. Questionado pelos senadores, o ministro negou que haja dificuldades diplomáticas para liberação dos insumos e atribuiu o atraso a entraves na produção do material. “São questões administrativas e não diplomáticas. Se houve isso no passado, está superado”, disse. (DN)
PANDEMIA: Governo prorroga até 3 de maio toque de recolher na Bahia
Foto: Paula Froes / Govba
Em 227 municípios baianos, o toque de recolher, das 20h às 5h, passa a vigorar até o dia 3 de maio. Nos demais municípios, continua restrita a locomoção noturna, vedados a qualquer indivíduo a permanência e o trânsito em vias, equipamentos, locais e praças públicas, das 21h às 5h, também até o dia 3 de maio. A medida, que tem como objetivo conter a disseminação do novo coronavírus, foi publicada neste domingo (25), na versão on-line do Diário Oficial do Estado (DOE). Os estabelecimentos comerciais que funcionam como restaurantes, bares e congêneres, localizados nos municípios listados abaixo, deverão encerrar o atendimento presencial às 19h, permitidos os serviços de entrega em domicílio (delivery) de alimentação até as 24h. Fica vedada em todo o estado a venda de bebida alcoólica em quaisquer estabelecimentos, inclusive por delivery, no período das 18h do dia 30 de abril até as 5h do dia 3 de maio. Continuam suspensas, até 3 de maio, as aulas presenciais nas unidades de ensino, públicas e particulares. As atividades letivas nestas unidades poderão ocorrer de maneira semipresencial, conforme disposições editadas pela Secretaria da Educação, nos municípios em que a taxa de ocupação de leitos de UTI se mantenha, por cinco dias consecutivos, igual ou inferior a 75%. A realização das atividades letivas semipresenciais fica condicionada à ocupação máxima de 50% da capacidade de cada sala de aula e ao atendimento dos protocolos sanitários estabelecidos.
PANDEMIA: Grupos articulam reunião com Bolsonaro para pressionar por ‘tratamento precoce’
Foto: Reprodução / Flickr Palácio do Planalto
Por Mônica Bergamo |Folhapress
Movimentos da sociedade civil favoráveis ao chamado “tratamento precoce” estão em contato com interlocutores do Palácio do Planalto para marcar um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na próxima semana.
O objetivo é entregar uma carta pedindo que o Ministério da Saúde divulgue “de modo significativo essa linha terapêutica” e adote a prescrição de medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina como política pública para tratar a Covid-19 ou seus sintomas. A iniciativa é do Movimento Legislação e Vida, que há anos atua em pautas antiaborto, e do grupo Médicos pela Vida, que já reúne mais de 4 mil assinaturas em um manifesto virtual em defesa do “tratamento precoce”. Um dos articuladores integra o gabinete do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que faz parte da CPI da Covid e é ligado a Bolsonaro. Embora remédios como cloroquina e ivermectina sejam usados há décadas para outros objetivos, eles já foram descartados pela comunidade científica e médica para o tratamento da Covid-19 por não demonstrarem capacidade de barrar o coronavírus, prevenir a doença ou tratá-la.
Intitulado “Carta do Brasil”, o documento ainda critica os principais instrumentos adotados no combate ao vírus, se colocando contra o uso de máscaras de proteção e a pressão pela vacinação em massa. A carta também condena a cobertura da crise sanitária pela imprensa. “Prevalece a narrativa única da mídia, altamente controversa, fazendo edição de notícias que nem sempre condiz com a realidade dos fatos, fomentando o medo e o pânico na população, e induzindo os governantes a falsas soluções e medidas equivocadas”, diz o texto. Os signatários afirmam que a epidemia tem sido instrumentalizada para fins políticos, o que estaria prejudicando a sociedade e provocando mortes. “Danos esses que poderiam ser mitigados se tais medidas fossem realmente voltadas ao combate do Sars-CoV-2, sem que a politização da pandemia favorecesse fortes interesses ideológicos e econômicos”, segue. A pressão dos grupos coincide com a instalação da CPI da Covid, que deve ter como uma das frentes de investigação a recomendação do uso de remédios sem eficácia comprovada contra a doença. Eles, no entanto, se veem respaldados por declarações dadas por Bolsonaro ao longo do último ano e esperam contar com seu apoio.
PANDEMIA: Saúde atualiza cenário epidemiológico da pandemia no Brasil
Behrouz Mehri/Pool via REUTERSSaúde
Ministro citou tendência de redução de casos, recursos e protocolo
Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, concedeu entrevista coletiva neste sábado (24) para atualização do cenário epidemiológico da pandemia de covid-19 no Brasil. Ao veículos de comunicação, ele citou que a pasta vem registrando, ao longo dos últimos dias, uma tendência de redução dos diagnósticos de infecção pelo novo coronavírus e, por consequência, uma diminuição na pressão sobre o sistema de saúde do país. “O que, consequentemente, nos dá uma diminuição da pressão em relação a insumos como, por exemplo, insumos utilizados nos kits de intubação, de oxigênio”, destacou Queiroga. Segundo o ministro, no próximo dia 30, a pasta participa de uma coletiva de imprensa internacional que deve discutir o cenário mundial da pandemia e as medidas adotadas pelo governo brasileiro para conter a disseminação do vírus.
Recursos
Dois dias após o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionar a Lei Orçamentária de 2021, Queiroga declarou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, lhe assegurou que não faltarão recursos para financiar a saúde pública. “Temos sempre um bom diálogo com o ministro Paulo Guedes, que me assegurou que não faltariam recursos para a saúde”, disse. A resposta do ministro à pergunta de um jornalista foi complementada pelo secretário-executivo da pasta, Rodrigo Otávio Moreira da Cruz, que destacou a possibilidade de aporte financeiro específico para o enfrentamento à pandemia, via crédito extraordinário. “Existe o compromisso do Ministério da Economia de, em eventual necessidade de ampliação do nosso orçamento via crédito extraordinário para o enfrentamento à pandemia, isto será realizado. Enfim, o Orçamento foi aprovado pelo Congresso. A gente vai se submeter à lei orçamentária e executar nossas políticas ordinárias de saúde respeitando a lei sancionada pelo presidente. O Orçamento aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente prevê a destinação de cerca de R$ 157 bilhões para o Ministério da Saúde – montante inicial inferior aos cerca de R$ 210 bilhões destinados à pasta em 2020, quando considerados os recursos adicionais à proposta orçamentária inicialmente aprovada.
Protocolo
Ainda durante a coletiva, Queiroga voltou a anunciar, para breve, o anúncio de um protocolo nacional com orientações para o tratamento da covid-19. Segundo o ministro, a medida depende da manifestação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Formado por 13 representantes de ministérios, agências reguladoras e dos conselhos Nacional de Saúde (CNS); Nacional de Secretários de Saúde (Conass); Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e Federal de Medicina (CFM), o órgão colegiado permanente é responsável por assessorar a pasta em temas relativos à incorporação, exclusão ou alteração de práticas e produtos, bem como na elaboração de protocolos clínicos. “A Conitec vai avaliar um protocolo de tratamento da covid-19. Não para o uso do fármaco [remédio] A ou B, mas para algo mais amplo”, disse o ministro, referindo-se à polêmica em torno da prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada. “Quem decide isto não é o ministro da Saúde. Para isso, temos uma comissão permanente de avaliação de tecnologias em saúde, prevista em lei, e que tem a prerrogativa de elaborar protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas”, acrescentou o ministro que, já no início da coletiva, tinha destacado a importância da população respeitar as recomendações das autoridades sanitárias, usando máscaras; evitando aglomerações e, na medida do possível, aderindo ao isolamento social. “Neste momento em que assistimos a uma tendência de queda de óbitos – embora esta tendência ainda seja muito pequena -, é importante que as pessoas continuem com as medidas não farmacológicas. Isto é fundamental para que este cenário se sustente a longo prazo, enquanto nossa campanha de vacinação vai sendo ampliada”, comentou o ministro, antes de detalhar as dificuldades que o país vem enfrentando para receber as vacinas contra o novo coronavírus já contratadas. “Nem sempre o que é tratado [com as indústrias farmacêuticas] é entregue [no prazo combinado]. Atualizamos nosso calendário, mas, por ao menos sete vezes, nós conseguimos ultrapassar a meta de vacinar mais de 1 milhão de brasileiros ao dia”.
Opas
Na coletiva, a representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Socorro Gross, parabenizou o Brasil pelos esforços que, segundo ela, o país vem empreendendo para imunizar a população contra a covid-19. “Aproveito para parabenizar o grande esforço do país, do SUS [Sistema Único de Saúde] e dos que estão na linha de frente, vacinando para que o país atinja estas cifras”, disse. Socorro também destacou a recente desaceleração no ritmo de contágio da covid-19, frisando, contudo, que os números ainda são altos, exigindo cuidados da população. “Temos observado uma queda do número de novos casos durante as últimas duas semanas. Uma queda ainda pequena, mas que é importante, porque impacta o número de hospitalizações por síndromes respiratórias e a necessidade de leitos de UTI [unidades de terapia intensiva]. Para que esta queda seja ainda maior nas próximas semanas, é preciso o apoio da população às medidas como o uso da máscara e o distanciamento social”, acrescentou a representante da Opas.