Um estudo internacional com participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) revela um mecanismo que explica o motivo sobre reinfecções de Covid-19.
Testes em laboratório mostraram que a variante Gamma, anteriormente conhecida como P.1, originada no Brasil, é capaz de escapar dos anticorpos neutralizantes que são gerados pelo sistema imunológico a partir de uma infecção anterior com outras variantes do coronavírus. A informação é da Agência Brasil.
Os pesquisadores destacam, no entanto, que os resultados foram obtidos in vitro, ou seja, em laboratório. Além disso, o estudo não inclui outros tipos de resposta imune do organismo, como imunidade celular. “É fundamental entender que pessoas infectadas podem ser infectadas novamente”, aponta William Marciel de Souza, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, primeiro autor do artigo. O trabalho foi publicado como artigo na revista científica The Lancet em 8 de julho.
Foram analisadas amostras do plasma de pacientes que tiveram a doença, e também de pessoas imunizadas pela vacina CoronaVac. “A pesquisa mostra que pessoas que foram vacinadas ainda estão suscetíveis à infecção, se você tomou a vacina continue usando máscara, continue com distanciamento social, continue usando as medidas de higiene para evitar a transmissão para outras pessoas”, aconselha o pesquisador.
Souza lembra que os estudos clínicos mostram a eficiência da CoronaVac contra formas graves da doença, reduzindo internações e mortes. “A vacina não é contra infecção, infecção pode acontecer a qualquer momento, com qualquer vacina, o objetivo da vacina é contra a doença, a forma grave, da pessoa morrer, ter sequelas graves”.
Sobre a variante Delta, Souza aponta que os estudos também vêm demonstrando a proteção contra formas mais graves da doença. “Mesmo locais com alta taxa de vacinação, por exemplo os Estados Unidos, em que hoje a Delta é a linhagem mais dominante, o número de mortes e hospitalizados não aumentou mesmo com a introdução dela.”
Pandemia
Mais de 200 municípios baianos não registraram óbitos decorrentes da Covid-19 em julho
Até esta quinta-feira (22), 202 municípios baianos não registraram óbitos decorrentes da Covid-19 no mês de julho. Na avaliação do secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, isso é uma vitória para a sociedade e reflexo da imunização.
De acordo com o secretário, “a Bahia ultrapassou a marca de 6 milhões de vacinados com a primeira dose ou dose única de imunizante contra a Covid-19. Isso representa mais de 53% da população baiana com 18 anos ou mais. Outros indicadores positivos se apresentam, como uma queda de até 77% nas internações de pessoas acima de 60 anos, quando comparado os meses de março e junho deste ano”, destaca Vilas-Boas.
Na avaliação do titular da pasta da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, “os dados comprovam a eficácia da vacinação, mas isso só está sendo possível graças ao planejamento estadual na aquisição de insumos para a aplicação das vacinas e a logística de distribuição em até 24 horas para os 417 municípios. Os gestores municipais também estão de parabéns ao criarem estratégias para vacinar rapidamente”, analisa o secretário.
Confira abaixo a lista completa dos municípios que não registraram óbitos relacionados à Covid-19.
Abaíra, Abaré, Adustina, Aiquara, Alcobaça, Almadina, Amélia Rodrigues, América Dourada, Andaraí, Andorinha, Angical, Anguera, Antônio Cardoso, Antônio Gonçalves, Aporá, Apuarema, Araças, Araci, Aramari, Arataca, Baixa Grande, Banzaê, Barra, Barra Do Choça, Barra Do Rocha, Barro Alto, Barro Preto, Barrocas, Belmonte, Biritinga, Boa Vista Do Tupim, Bom Jesus Da Serra, Boninal Bonito, Brejões, Brejolândia, Buritirama,Caém, Caetanos, Cafarnaum, Cairu Caldeirão Grande, Camacan, Canápolis, Candiba, Canudos, Capela Do Alto Alegre, Caraíbas, Caravelas, Cardeal Da Silva, Castroalves, Catolândia, Caturama, Chorrochó, Coaraci, Conde, Contendas Do Sincorá, Cordeiros, Coribe, Cotegipe, Cravolândia, Crisópolis, Cristópolis, Dário Meira, Dom Basílio, Dom Macedo Costa, Érico Cardoso, Esplanada, Fátima, Feira Da Mata, Firmino Alves, Floresta Azul, Gavião, Gentio Do Ouro, Governador Mangabeira, Guajeru, Guaratinga, Ibipeba, Ibiquera, Ibirapitanga, Ibirapuã, Ibirataia, Ibitiara, Ibititá, Ichu, Igaporã, Igrapiúna, Iguaí, Iraquara, Itacaré, Itagi, Itagibá, Itagimirim, Itaju Do Colônia, Itambé, Itanagra, Itapé, Itapebi, Itapitanga, Itaquara, Itarantim, Itatim, Itororó, Ituaçu, Ituberá, Jacarac, Ijaguaripe, Jandaíra, Jiquiriçá, João Dourado, Jucuruçu, Jussara, Lagoa Real, Lajedinho, Lajedo Do Tabocal, Lamarão, Lençóis, Licínio De Almeida, Macajuba, Macarani, Maetinga, Maiquinique, Malhada, Malhada De Pedras, Mansidão, Mascote, Matina, Milagres, Mirangaba, Mirante, Morpará, Mortugaba, Mulungu Do Morro, Mundo Novo, Muniz Ferreira, Muquém De São Francisco, Nordestina, Nova Fátima, Nova Itarana, Nova Redenção, Nova Soure, Ouriçangas, Ourolândia, Palmeiras, Paramirim, Paratinga, Pedrão, Pedro Alexandre, Pilão Arcado, Pindaí, Pindobaçu, Pintadas, Piripá, Piritiba, Planaltino, Ponto Novo, Presidente Tancredo Neves, Quixabeira, Retirolândia, Riachão Das Neves, Riachão Do Jacuípe, Ribeira Do Amparo, Ribeirão Do Largo, Rio Do Pires, Santa Bárbara, Santa Brígida, Santa Cruz Cabrália, Santa Cruz Da Vitória, Santa Inês, Santa Teresinha, Santa Luz, Santo Amaro, São Félix, São Félix Do Coribe, São Francisco Do Conde, São Gabriel, São José Da Vitória, São José Do Jacuípe, Saubara, Saúde, Sebastião Laranjeiras, Senhor Do Bonfim, Serra Do Ramalho, Serra Dourada, Serra Preta, Sítio Do Mato, Sítio Do Quinto, Souto Soares, Tabocas Do Brejo Velho, Tanquinho, Taperoá, Teofilândia, Terra Nova, Ubaitaba, Urandi, Utinga, Várzea Da Roça, Várzea Do Poço, Várzea Nova, Varzedo Vereda, Wagner.
PANDEMIA: ITABUNA REGISTRA NAS ÚLTIMAS 24 HS MAIS 52 NOVOS CASOS CONFIRMADOS DE COVID-19 E 9 ÓBILTOS
A Divisão de Vigilância Epidemiológica, do Departamento de Vigilância à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou novo Boletim da Covid-19. Itabuna registra 32.762 de pacientes curados, 33.473 confirmados, sendo 367 casos ativos; 37 internados em UTI, 12 leitos de UTI disponíveis; 34 internados em leitos clínicos, 22 leitos clínicos disponíveis, e 614 óbitos. Os óbitos inseridos a cada boletim correspondem aqueles que ocorreram em dias anteriores e estavam sob investigação, não tendo, necessariamente, ocorrido nas últimas 24h. A recomendação é: Seja consciente, proteja sua família, fique em casa. Evite aglomerações. Use máscara.
ITABUNA CONTABILIZA 11 DIAS SEM MORTES POR COVID
Itabuna está há 11 dias sem o registro de mortes em decorrência da Covid-19. De acordo com dados da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde entre os dias 8 e 18 deste mês o número acumulado de óbitos estacionou em 605. De acordo com a secretária municipal de Saúde, Lívia Mendes Aguiar, esse recuo no número de óbitos é resultado do avanço da vacinação da população de maior risco contra o novo coronavírus. O subgrupo é integrado por idosos e pessoas com doenças crônicas. Ela esclarece que os óbitos somente são noticiados depois investigação da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). “Ao completar o esquema vacinal nesse público, sentimos o reflexo nos casos mais graves e nas mortes pela doença. Mas, esse período sem óbito não significa que não morreu ninguém na cidade por covid-19. Pode ter tido, sim, uma redução importante”, frisa. Para a secretária é preciso avançar ainda mais na vacinação, mas adverte que a população deve colaborar com o uso da máscara facial, álcool gel 70%, o distanciamento social e evitar aglomerações. “Esse é um fator a mais para que continuemos avançando. Atualmente, Itabuna tem 40% da população vacinada com a 1ª dose e 20% com o ciclo completo de imunização, 2ª dose ou dose única, o que é muito positivo”, afirma a secretária. O mais recente Boletim da Covid-19 divulgado no domingo, dia 19, informa que o município tem no momento 437 casos ativos da doença, com 40 pacientes internados em UTI e 35 internados em leitos clínicos. Nesta semana, a Secretaria Municipal de Saúde executa o calendário de vacinação contra Influenza e Covid-19. Até sexta-feira, dia 23, das 8 às 11 h, prossegue a vacinação contra o vírus Influenza nas Unidades Básicas e de Saúde da Família. A documentação exigida é o RG, CPF ou cartão do SUS, comprovante de residência nominal. Serão vacinadas pessoas com idade a partir de 6 meses. No período vespertino, prossegue ainda nas Unidades Básicas e de Saúde Família, a vacinação da primeira dose contra a Covid-19. A aplicação é realizada das 13 às 16 horas. Também serão vacinadas contra a Covid-19, as pessoas com idade a partir de 35 anos completos em 1ª dose (Oxford). Na quarta-feira, dia 21, serão vacinados contra a Covid-19 (Janssen) moradores de rua do município de Itabuna. A ação, que será em parceria com a Secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza, acontecerá na sede do Tiro de Guerra a partir das 10 horas. Na sexta-feira, haverá também ação pela manhã para vacinação contra Covid-19 na UniFTC. A aplicação da primeira dose da Oxford será das 8h30min às 13h30min para pessoas com idade a partir de 35 anos completos. Serão disponibilizadas 400 senhas a serem distribuídas na fila por ordem de chegada. A documentação necessária é a Carteira de Identidade (RG), CPF ou Cartão do SUS e comprovante de residência em nome pessoal. Para quem mora de aluguel, é preciso que o proprietário assine o documento ou que o inquilino leve a fotocópia do contrato.
IMUNIZANTES – Vacinas contra covid: 3ª dose é necessária? Essa e outras perguntas que surgem com avanço da imunização
- BBC News Mundo
Passados sete meses desde que a primeira pessoa no mundo foi vacinada contra a covid-19 fora dos testes clínicos, países como Reino Unido, Israel e Estados Unidos parecem estar próximos do nível de imunização necessário para pensarem em um retorno à “normalidade”.
Os últimos sete meses foram marcados por ritmos desiguais de imunização entre países ricos e pobres e pela ameaça de novas variantes. E embora a maioria das vacinas aprovadas mostre alta eficácia para casos graves e evitem a morte pela doença causada pelo Sars-CoV-2, várias incógnitas surgiram durante as campanhas de vacinação.
Haverá necessidade de terceira dose?
A necessidade de reforço foi uma das dúvidas que surgiram recentemente e tem alimentado um debate entre os especialistas nas últimas semanas.
A Pfizer comunicou estar se preparando para solicitar aos órgãos reguladores nos EUA uma terceira dose de reforço de seu imunizante.
O sistema de saúde pública do Reino Unido estuda aplicar a dose de reforço em pacientes de grupos mais vulneráveis.
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Israel, por sua vez, já começou a administrá-la em pacientes com câncer, transplantados e outros que possam ter sofrido uma diminuição da proteção da vacina.
Reino Unido e Israel vinham observando há várias semanas uma redução no volume de casos de covid-19, de hospitalizações e mortes, mas recentemente viram um aumento considerável nas infecções por conta da variante Delta, mais contagiosa que as outras.
Assim, especialistas destes e de outros países têm estudado a possibilidade de aplicar uma terceira dose. A Organização Mundial de Saúde (OMS), contudo, tem se colocado contra, argumentando que a prioridade neste momento deve ser priorizar a doação de doses às regiões que estão atrasadas em seus programas de imunização.
“Atualmente não há dados suficientes para apoiar o uso de uma dose de reforço para nenhum paciente”, avalia o médico Andrew Badley, da Mayo Clinic, nos EUA. “Vacinas como as da Pfizer, Moderna ou Janssen são altamente eficazes na proteção contra formas graves da doença, hospitalizações e mortes por qualquer variante, incluindo a Delta”, diz ele em entrevista à BBC News Mundo, serviço em língua espanhola da BBC.
“Há casos de pessoas que ficaram doentes com o esquema vacinal completo, mas isso não chega a ser prioritário, do ponto de vista da saúde pública, como o são as internações e óbitos. Ainda que tenham aparecido casos de vacinados com infecção sintomática, a gravidade, de forma geral, não tem sido elevada”, afirma Wilbur Chen, da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, nos EUA.
“A vacinação continua protegendo contra as formas mais graves da doença”, reitera Badley. No futuro, porém, pode haver exceções. “É possível que uma variante mais resistente à vacina exija uma dose desenvolvida especificamente para essa mutação.”
Chen tem dúvidas se “isso poderia acontecer em um futuro ‘próximo'”. É preciso levar em conta que cada indivíduo responde de forma diferente às vacinas. “Especialmente aqueles com o sistema imunológico debilitado, como pacientes submetidos a transplantes de órgãos.”
É por isso que, embora não o assunto não esteja sanado até agora, “seria bom ter doses de reforço aprovadas pelos órgãos reguladores e prontas caso sejam necessárias”, pontua William Schaffner, professor de medicina preventiva na Vanderbilt Medical University, no Tennessee (EUA).
Neste momento, é difícil dizer se a população em geral precisará de uma dose extra da vacina. Tudo vai depender de quanto tempo dura a imunidade oferecida pelos imunizantes e das variantes que aparecem. O que nos leva à próxima pergunta.
A proteção das vacinas diminui com o tempo?
Com apenas sete meses de vacinação em massa, ainda não há evidências conclusivas quanto à duração da imunidade garantida pela imunização. Apenas com o passar do tempo os cientistas vão poder avaliar melhor quando, e se, a proteção começa a diminuir.
“Algumas vacinas sabidamente protegem apenas por um curto período de tempo, como a aplicada anualmente contra a gripe ou a da febre tifoide, e para elas são necessárias doses de reforço. Outras duram muito, como a da febre amarela ou a do sarampo”, explica Wilbur Chen, da Universidade de Maryland.
Outra razão pela qual é difícil saber por quanto tempo dura a proteção das vacinas é o tipo de defesa que nosso corpo usa para neutralizar o vírus.
“Os níveis de anticorpos nem sempre são preditivos de proteção. Os dados atuais indicam que a memória das células B pode ser um marcador mais confiável. Quando isso for melhor compreendido, podemos verificar a necessidade de uma dose de reforço para evitar que a imunidade diminua com o tempo”, diz Badley, da Mayo Clinic.
Os especialistas ressaltam que há uma distinção entre dose de reforço e vacina modificada: a primeira tem como objetivo estender a proteção; a segunda, combater novas variantes.
“Se uma nova variante foge da proteção das vacinas que temos disponíveis, isso é algo bem diferente. Uma nova vacina seria necessária para neutralizar a nova variante”, destaca Schaffner, da Vanderbilt Medical University.
Nesse caso, os especialistas dizem que modificar uma vacina é um processo mais simples do que criar uma do zero, algo que poderia ser feito de forma relativamente rápida, em semanas ou alguns meses.
A Ciência já tem uma longa experiência na modificação de vacinas.
“Todos os anos são analisadas as variantes do vírus da gripe que estão circulando em todo o mundo, que nem sempre coincidem no mesmo hemisfério ou continente. E cada país prepara vacinas específicas para essas variantes. Algo semelhante aconteceria com o coronavírus, se fosse o caso”, explicou há alguns meses à BBC Mundo o médico José Manuel Bautista, professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Complutense de Madrid, na Espanha.
De qualquer forma, para evitar que novas variantes prejudiquem os esforços de imunização atuais, é necessário controlar o vírus e proteger o máximo da população mundial o mais rápido possível.
Foi por isso que a OMS se manifestou contra a possibilidade das doses de reforço sem primeiro atingir altos níveis de imunização global.
Quanto tempo pode levar para vacinar o mundo inteiro?
Em muitos dos países mais ricos, como EUA, Reino Unido, Israel ou os membros da União Europeia, a cobertura da vacinação tem chegado em média a 50% da população.
Países com menos recursos, contudo, estão imunizando em um ritmo muito mais lento. Na América Latina, com exceção do Chile, a maioria das nações vacinou algo entre 10% e 40% de suas populações. Na América Central, os percentuais são ainda menores. Na África, muitos países não ultrapassaram ainda a marca de 10% de vacinados.
Em entrevista recente à BBC News Brasil, John McConnell, editor-chefe da The Lancet, uma das revistas científicas de maior prestígio do mundo, afirmou que, no ritmo atual, apenas em 2023 as vacinas estariam disponíveis para todos no mundo.
“A comunidade internacional precisa ajudar muitos países que não têm programas de imunização eficazes. Além das razões humanitárias, deve haver um interesse doméstico em conter a covid-19 a nível global para evitar o aparecimento de novas variantes que correm o risco de se espalhar mais tarde”, diz Schaffner.
“Não podemos dividir ainda mais o mundo priorizando doses de reforço em alguns locais quando não há evidência científica que justifique essa estratégia. Isso vai beneficiar apenas os países ricos”, pontua Chen, da Universidade de Maryland.
A vacinação global significará o fim da covid-19?
Os cientistas têm repetido que a pandemia será controlada quando a vacinação permitir que se atinja a imunidade de rebanho, patamar de pessoas vacinadas suficiente para conter o espalhamento do vírus.
Controlar não é o mesmo que erradicar. Extinguir a covid-19 é uma possibilidade que muitos especialistas veem cada vez mais distante, até mesmo impossível.
“Falar no ‘fim do coronavírus para sempre’ é algo que devemos evitar. Não é possível. Como o vírus da influenza, o Sars-CoV-2 já é parte do nosso ambiente microbial e temos que lidar com ele. Esse vírus vai ser parte do ‘novo normal'”, ressalta Schaffner, da Vanderbilt Medical University.
Essa também é a premissa que alguns governos estão começando a assumir.
O Reino Unido gerou polêmica ao decidir suspender todas as restrições de circulação em 19 de julho, em meio a um cenário de aumento considerável de casos após vacinar mais da metade da população.
O ministro da Saúde britânico, Sajid Javid, defendeu a medida argumentando que era “preciso aprender a conviver com o vírus” e que “não havia momento perfeito para reabrir o país”.
Os cientistas têm ressaltado que entender o vírus que causa a covid-19 é um processo contínuo, e que leva tempo. Alguns questionamentos serão esclarecidos, novos surgirão. O que está claro é que a melhor arma, as vacinas, já está disponível.
PANDEMIA – Covid: Cidades com prefeita em vez de prefeito tiveram 43% menos vítimas no país
Pesquisa feita em municípios pequenos e médios mostra que gênero da liderança municipal alterou impacto local da covid-19. Em projeção, autores dizem que se metade do país tivesse prefeitas, 75 mil vidas poderiam ter sido salvas. Hoje, quase 13% das prefeituras do Brasil são comandadas por mulheres
PorBBC News Brasil|19/07/2021 07:50
Referência no combate à covid-19, em 2020, a Nova Zelândia passou a habitar o imaginário de milhões de pessoas em seus momentos de tédio ou desespero em quarentenas forçadas ao redor do mundo. Ali, apenas 26 pessoas morreram em decorrência da pandemia. Considerada a artífice dos bons resultados sanitários do país, a primeira-ministra Jacinda Arden foi comparada a seus pares, como o ex-presidente americano Donald Trump e o mandatário brasileiro Jair Bolsonaro, cujos países registraram juntos mais de 1,1 milhão de mortes por infecções do novo coronavírus. O desempenho notável de Jacinda e de outras governantes mulheres durante a pandemia, como as líderes de Bangladesh e Taiwan, instalou uma dúvida na cabeça de quatro economistas brasileiros. “A gente decidiu investigar se ter uma mulher na gestão da crise sanitária poderia levar a uma diferença das políticas públicas adotadas e causar desfechos melhores do que ter um homem nessa mesma função”, explica o economista Raphael Bruce, do Insper. Junto com colegas da Universidade de São Paulo e da Universidade de Barcelona, Bruce assina o recém-publicado estudo “Sob pressão: a liderança das mulheres durante a crise da covid-19”, ainda sem revisão por outros cientistas. A pesquisa oferece a primeira evidência de que ter mulheres no poder durante uma pandemia ajuda a salvar mais vidas do que ter um homem na cadeira.
Onde elas mandam: 44% menos mortes, 30% menos internações
No trabalho, Bruce e seus colegas usam os mais de 5.000 municípios do Brasil como uma espécie de laboratório. Primeiro, os pesquisadores selecionaram apenas os 1.222 municípios que, nas eleições de 2016, tiveram eleição à prefeitura realizada em turno único e em que o primeiro e o segundo colocados fossem de gênero diferente. Assim, limitaram a análise a municípios de até 200 mil habitantes. Depois refinaram ainda mais a amostra, de modo a considerar apenas aqueles em que a corrida eleitoral foi acirrada — e a margem de vitória menor do que 10% do número de votos para a candidata ou para o candidato —, algo que ocorreu em cerca de 700 localidades.
Assim, conseguiram chegar o mais próximo possível da reprodução das condições de um experimento controlado: em pesquisas de vacinas, por exemplo, a definição de quais participantes receberão uma dose do imunizante a ser testado ou uma dose de placebo é feita por sorteio. Isso evita a possibilidade de que o viés de algum pesquisador na seleção das pessoas e distribuição das doses possa influenciar no efeito causado pelo placebo ou pela vacina. Do mesmo modo, os economistas olharam para um dado grupo de municípios pequenos e médios, comparáveis entre si econômica e demograficamente, em que a chance de haver um homem ou uma mulher na cadeira de prefeito era praticamente aleatória, quase um acaso. O passo seguinte foi verificar os dados de mortes e internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de cada um desses 700 municípios, em 2020, no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), do Ministério da Saúde. Como a distribuição e aplicação de testes para o novo coronavírus variou muito pelo Brasil, os dados de SRAG têm sido adotados como forma de driblar eventuais distorções por subnotificação de casos e óbitos de covid-19. A conclusão foi que municípios com prefeita tiveram, em média, 25,5 mortes por 100 mil habitantes a menos do que aqueles em que os chefes do Executivo local eram homens — uma diferença de 43,7% na mortalidade. Em relação às hospitalizações, os registros mostram uma redução média de 30,4% em internações por 100 mil habitantes nos municípios com prefeitas em relação ao mesmo dado de cidades com prefeitos.
Elas obrigam mais o uso de máscara
Em uma extrapolação dos resultados, os autores afirmam que se metade dos 5.568 municípios do Brasil fossem liderados por mulheres, seria possível esperar que o país tivesse nesse momento 15% menos mortes do que o total acumulado, de mais de 540 mil. Ou, dito de outra forma, mais de 75 mil pessoas ainda estariam vivas agora. Hoje, menos de 13% das prefeituras do Brasil são comandadas por mulheres.
“É preciso sempre lembrar que esses dados são válidos para esses municípios pequenos e médios que foram analisados, mas fizemos esse cálculo para mostrar o tamanho da relevância do fenômeno quando a gente pensa em definição de políticas públicas”, afirma o pesquisador Alexsandros Cavgias, da Universidade de Barcelona. Mas, afinal, o que essas mulheres fizeram de diferente dos seus pares homens que poderia explicar a menor gravidade da pandemia nas cidades delas? Como o Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou, ainda no começo da pandemia, em 2020, que os gestores municipais tinham autonomia para adotar medidas em suas cidades, a resposta deveria estar em como prefeitos e prefeitas administraram a crise. Por isso, os pesquisadores verificaram se as prefeituras ordenaram o uso de máscaras no município, limitaram a circulação em transporte público, proibiram aglomerações, adotaram exigência de cordão sanitário e limitaram o funcionamento de negócios não essenciais. E descobriram que, de modo geral, municípios com mulheres no comando adotaram em uma frequência 10% maior esse tipo de medidas não farmacológicas de combate à pandemia. No caso das máscaras, o número de prefeitas que determinou seu uso obrigatório superou em oito pontos percentuais o dos pares homens. Na obrigatoriedade de testes para entrar na cidade, mulheres superaram homens em 14 pontos percentuais. E na proibição de aglomeração, em cinco e meio pontos percentuais.
O que explica a diferença entre a gestão delas e deles?
No estudo, os pesquisadores contemplam as possibilidades de que as mulheres tenham tomado decisões diferentes — e obtido resultados melhores na pandemia — por alguns motivos. Avaliam, por exemplo, se a idade menor ou maior de homens e mulheres no cargo poderia ser uma determinante. Não houve, no entanto, diferença significativa quando se comparou os perfis das prefeitas e de seus pares homens. Outra hipótese era de que a diferença fosse resultado de um perfil ideológico das mulheres. As soluções para a pandemia tornaram-se bandeiras políticas de determinados grupos. A direita conservadora, liderada por Bolsonaro, condenou reiteradamente a adoção de medidas como uso de máscara e restrição do comércio e de aglomerações. “Mas a verdade é que quando olhamos para os dados sobre posicionamento político-partidário, as mulheres prefeitas tendiam a ser até um pouco mais conservadoras do que seus pares homens”, afirma Bruce. O estudo ainda analisa se as prefeitas poderiam ser, com mais frequência, profissionais da saúde, o que poderia impactar suas decisões políticas nessa área. Isso também não se comprovou verdadeiro. Tampouco as prefeitas tomaram medidas nos anos anteriores que as tivessem deixado em melhor situação que os governantes homens quando a pandemia chegasse, como o aumento de leitos ou de investimento na saúde. Do mesmo modo, embora as mulheres prefeitas tivessem, em média, escolaridade mais alta do que os homens prefeitos, a pesquisa mostrou que a adoção de medidas mais rígidas e a redução de mortes e internações não variava conforme o nível educacional, o que também levou ao descarte do fator como possível explicação. “A verdade é que por enquanto apenas sabemos o que não causa a diferença, mas não conseguimos determinar o que está por trás do fenômeno”, afirma Bruce. Para Jessica Gagete-Miranda, pesquisadora de políticas públicas da Università’ degli Studi di Milano Bicocca, na Itália, que leu o estudo a pedido da BBC News Brasil, a explicação para o fenômeno pode estar em uma característica frequentemente associada ao gênero feminino na literatura científica: a maior aversão ao risco. “Já existem pesquisas mostrando que mulheres, de forma geral, aderiram mais a medidas não farmacológicas de combate à covid-19, como distanciamento social e uso de máscara. Se mulheres de forma geral fazem isso, mulheres prefeitas também devem fazer e essas últimas têm poder político para exigir que a população também o faça”, diz Gagete-Miranda.
Sem espaço no jogo político
Segundo o economista Sergio Firpo, do Insper, que leu o artigo de Bruce, Cavgias e seus colegas, o mérito da pesquisa está em estabelecer a causalidade entre haver mulheres no poder e haver menos mortes naquela cidade em decorrência da pandemia — o que pode pautar a ação de eleitores e agremiações políticas no futuro. “É uma falha não ter uma explicação para o fenômeno no trabalho. Mas mesmo que não saibamos o que provoca essa diferença, seria interessante que os partidos e os eleitores observassem esse tipo de coisa para escolher suas apostas, seus candidatos. O ponto é que existem diferenças na gestão entre homens e mulheres e isso é estratégico”, diz Firpo. Ele cita um trabalho feito pela economista brasileira Fernanda Brollo que concluiu que as mulheres tendem a se envolver em menos casos de corrupção do que os homens. Usando metodologia semelhante à de Bruce e Cavgias, ela cruzou os resultados de eleições de 400 municípios em 2000 e 2004 com as auditorias federais nessas mesmas cidades. Brollo descobriu que os municípios governados por prefeitas apresentavam entre 29% e 35% menos chances de se envolverem em condutas corruptas do que as de seus pares homens. Isso, no entanto, não garantiu a elas qualquer vantagem competitiva no sistema político. Durante os períodos analisados, as prefeitas receberam entre 30% e 55% menos aportes de recursos eleitorais para suas campanhas. A probabilidade de serem reeleitas ficou cerca de 20% abaixo da dos candidatos do sexo masculino. No Brasil, um sistema de cotas foi criado em 1995 para garantir que os partidos políticos destinem um percentual de candidaturas a mulheres em eleições parlamentares proporcionais. Ou seja, não existe qualquer previsão de reserva de vagas para mulheres na disputa para o Executivo — e o funcionamento do sistema de cotas atual tem se mostrado pouco eficiente para aumentar a presença delas em cargos eletivos. Brollo questiona se, caso as mulheres tivessem condições competitivas semelhantes às dos homens na política, ou se um sistema de cotas fosse adotado no Executivo para assegurar maior espaço político a elas, tais diferenças em relação à corrupção ou à qualidade da gestão de crise ainda se manteriam. “Sabemos que a política brasileira ainda é bastante dominada por homens. Isso pode fazer com que as exigências para se eleger uma mulher sejam mais altas do que aquelas para eleger um homem e que apenas mulheres mais qualificadas acabem ganhando as eleições (ou chegando perto de ganhar)”, diz Gagete-Miranda. Essa é uma possibilidade que os próprios autores do trabalho dizem ser plausível. De outra forma, Bruce também coloca a questão. “Talvez as mulheres prefeitas acabem tomando melhores decisões sob pressão porque já enfrentam mais pressão e desafios adicionais na carreira política. Mas esse é um aspecto não observável da realidade”, conclui.
Covid-19: Rio confirma mais 16 casos da variante Delta e já são 23 identificados na capital fluminense
RIO — A cidade do Rio confirmou mais 16 casos da variante Delta. Ao todo já são 23 identificados na capital com a nova cepa. As novas amostras foram identificadas pelo laboratório da UFRJ, a informação está no jornal Extra.
“Variante Delta realmente está se instalando no Rio, recebemos a confirmação de mais 15 resultados positivos do lab da UFRJ, um do DASA, com mais 7 que tínhamos da FIOCRUZ ao todos 23 casos confirmados. #useMascara evite qualquer tipo de exposição desnecessária” escreveu o secretário municipal de Saúde Daniel Soranz em uma rede social
Segundo a prefeitura do Rio, a Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde recebeu os resultados dos exames laboratoriais neste sábado e “agora, em posse dos novos resultados, a vigilância genômica realizará a investigação epidemiológica de cada caso”.
PANDEMIA: 3a DOSE DA VACINA PODERÁ SER OBRIGATÓRIA PARA IMUNIZAÇÃO
A fabricante da vacina contra a covid Pfizer se reunirá com autoridades federais americanas de saúde nesta segunda (12) para discutir a necessidade de uma dose de reforço da imunização contra o coronavírus enquanto busca autorização para isso, afirmou a empresa neste domingo. A reunião ocorrerá dias depois que a farmacêutica e sua parceira BioNTech anunciaram intenção de buscar a aprovação regulatória dos EUA e da Europa para uma terceira dose da vacina contra a covid, em meio à disseminação de variantes. Segundo as empresas, há evidências de risco elevado de infecção seis meses após a inoculação inicial. Na segunda, a Pfizer deve se reunir com representantes da FDA, disse um porta-voz da empresa. A reunião foi relatada pela primeira vez pelo Washington Post.
EUNÁPOLIS: PREFEITURA PUBLICA NOVO DECRETO COM MEDIDAS DE COMBATE AO CORONAVÍRUS NO MUNICÍPIO
A Prefeitura de Eunápolis publicou no Diário Oficial, na sexta-feira (09/07), um novo decreto de medidas para o controle e combate ao coronavírus. O documento, que tem vigência até o dia 31 de julho, autoriza a retomada gradativa das atividades comerciais e econômicas do município. Atividades comerciais estão liberadas de segunda a sexta de 8h às 21h30, e finais de semana de 8h às 16h. Estabelecimentos como supermercados, hipermercados ou da mesma categoria podem funcionar de segunda a sábado das 7h às 21h30 e domingo das 8h às 16h. Serviços bancários têm autorização para funcionar de segunda a sexta das 8h às 14h. Crianças menores de 12 anos estão proibidas de entrar nas agências. Os serviços delivery de estabelecimentos comerciais do ramo alimentício estão autorizados de segunda a domingo das 6h às 24h. Permanecem proibidas aglomerações e circulação de pessoas sem o uso de máscara de proteção facial. Em caso de desobediência às determinações, serão aplicadas penalidades como multa até R$ 5 mil, interdição da atividade e cancelamento da autorização ou do alvará de licença do estabelecimento.
PANEMIA: Governador autoriza eventos para até 100 pessoas
O toque de recolher na Bahia foi prorrogado até o dia 23 de julho com uma alteração: passa a valer de 0h até as 5h em todo o estado. A partir desta sexta-feira,09, além do toque de recolher, o decreto autoriza a realização de eventos e atividades com público até 100 pessoas. Ainda segundo o novo decreto, que será publicado no Diário Oficial do Estado de sexta, a partir do dia 15 de julho, os eventos com até 200 pessoas poderão ocorrer somente nos municípios integrantes de região de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de Uti Covid-19 se mantenha, por cinco dias consecutivos, igual ou inferior a 60%. De acordo com o governo, os shows e festas, públicas ou privadas, independentemente do número de participantes, continuam proibidos até 23 de julho. O decreto também determina que os estabelecimentos comerciais que funcionem como restaurantes, bares e congêneres deverão encerrar o atendimento presencial às 23h, permitidos os serviços de entrega em domicílio (delivery) de alimentação até 0h. Os eventos desportivos coletivos e amadores estão autorizados, mas sem a presença de público. Já os espaços culturais como cinemas e teatros funcionarão obedecendo a limitação de 50% da capacidade do local.
LUTO: COVID-19 MATA NARRADOR DA TRANSAMÉRICA AOS 48 ANOS EM CURITIBA
O narrador estava internado desde o último mês de junho em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após sofrer complicações causadas pela Covid-19.
Oliveira era conhecido pelo seu bordão “Tá lá, tá lá” ao narrar os gols e costumava cobrir os clubes do Paraná. Jacir ainda teve passagens pela CBN e Banda B.
A Rádio Transamérica lamentou a morte do profissional e publicou uma mensagem em homenagem ao narrador em suas redes sociais. Clubes do Paraná também se solidarizaram a morte de Jacir.
“Neste dia 06.07 a Transamérica lamenta, com profunda tristeza a perda do nosso amigo, narrador e uma lenda das nossas transmissões esportivas: Jacir de Oliveira. Não temos palavras para expressar tamanha dor e a falta que sentimos do nosso amigo”, publicou a rádio.
“Deixamos as nossas profundas condolências à família, amigos e admiradores do trabalho do ‘Jaça’ como era carinhosamente chamado por nós. Seu legado jamais será esquecido. Obrigada Jaça, por tudo! Descanse em paz”, completa.
(Fonte: Terra).
HOSPITAL TROCA VÍTIMAS DE COVID NA BAHIA E QUASE SÃO ENTERRADAS POR FAMILIARES TRODCADOS
Duas pessoas que morreram com Covid-19 em Salvador tiveram os corpos trocados no Hospital do Subúrbio na última sexta-feira (2) e quase foram enterradas pela família do outro. De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), a irmã de um dos pacientes autorizou o primo a realizar o reconhecimento do corpo. O homem teria feito o procedimento por volta das 14h45, autorizando os agentes da funerária a retirar o corpo do local e levar para o município de Ubaíra, que fica a cerca de 270 km da capital baiana. Entretanto, segundo a Sesab, por volta de 19h30, familiares de outra pessoa que morreu, chegaram ao hospital para fazer o reconhecimento do corpo e afirmaram que não se tratava da pessoa correta. O órgão de saúde informou que a equipe do Hospital do Subúrbio entrou em contato com a irmã do primeiro paciente identificado e informou que o corpo levado à cidade de Ubaíra era, na verdade, de outra pessoa, o que permitiu a troca dos corpos antes que eles fossem enterrados. A Sesab relatou que como a funerária contratada pelos familiares dos pacientes era a mesma, o serviço funerário encaminhou diretamente o corpo da paciente que estava em Ubaíra para a cidade de origem, onde foi realizado o sepultamento. O corpo do paciente que havia permanecido no hospital, foi então levado corretamente para a cidade de Ubaíra. Em nota, a Sesab explicou que para ser feita a liberação do corpo de qualquer paciente, é preciso que seja realizada uma dupla checagem: do familiar responsável pelo paciente, realizando a sua identificação, e da equipe de segurança do Hospital do Subúrbio. Também disse que o Hospital do Subúrbio lamentou profundamente o ocorrido e informou que agiu de imediato, quando constatado o erro de reconhecimento do corpo, para evitar maiores prejuízos e sofrimento às famílias envolvidas. Ainda informou que o procedimento para liberação dos corpos de pacientes está sendo reforçado como garantia de que situações semelhantes não se repitam. (redecidadejussari)