Com o aumento dos casos ativos e da taxa de transmissão da covid-19, a fila da regulação para pacientes com a doença voltou a crescer na Bahia. Houve um aumento de 928% nos primeiros dias de janeiro de 2022. Dia 1º, eram 25 pessoas na fila – oito para Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 17 para leitos clínicos. Já na última segunda-feira (24), eram 257 baianos na espera – 75 para UTI e 182 para a enfermaria. Analisando só o aumento da fila para as UTIs, essa alta foi de 837,5%. Já para os leitos clínicos, o crescimento foi de 970,6%. Para acompanhar a demanda, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) ampliou o número de leitos de UTI exclusivos para o novo coronavírus de 546 para 609, neste mesmo período. Mesmo assim, cinco dos nove Núcleos Regionais de Saúde (NRS) do estado estão com ocupação acima de 70%. A região Nordeste do estado, onde ficam localizados os municípios de Alagoinhas e Ribeira do Pombal, é a mais crítica, com 88%. Em seguida, está o Sudoeste (82%), Sul e Leste (76%), e Oeste (71%). Os dados são de um levantamento do CORREIO a partir dos boletins epidemiológicos da Sesab. De acordo com a secretária estadual da saúde da Bahia, Tereza Paim, essa necessidade de ampliação do número de leitos se deu com o avanço da variante ômicron, que fez subir exponencialmente a taxa de transmissão e casos ativos. Ela pontua que os pacientes da regulação têm características distintas de outras ondas da covid-19. Antes, eles eram internados exclusivamente pelo vírus. Agora, ocupam os leitos por terem doenças de base e também por estarem infectados. “Com o espalhamento da ômicron, as pessoas estão com doenças que já existem, estando também contaminadas com o vírus. E precisamos eleger essas pessoas para hospitais dedicados à covid. Portanto, esse aumento se deu por pessoas que levam a covid para dentro de hospitais e pelas pessoas que procuram as unidades com sintomas gripais, e que têm outras comorbidades. A realidade do aumento é de pessoas com outras patologias, afetas pela covid”, explica Tereza Paim.
Pandemia
PANDEMIA: Bahia tem maior taxa de transmissão desde início da pandemia
O terceiro ano da covid-19 começou sem trégua: a Bahia registrou a maior taxa de transmissão da doença desde o início da pandemia. No dia 19 de janeiro, esse indicador, chamado de fator RT, ficou em 4,36. Nesta segunda-feira (24), ele estava em 2,22. Isso significa que cada 100 infectados passarão o vírus para outras 222 pessoas. Embora tenha caído no período de cinco dias, o número é o maior já registrado após o novo coronavírus atingir o auge no estado, em meados de 2020. Para que a pandemia fique controlada e haja redução da curva de contágio, ele precisa estar abaixo de 1. No dia 1º de janeiro, esse índice estava em 0,42. Em comparação com o balanço mais recente, o aumento foi 423,8% na taxa de transmissão do estado, que também está acima da média nacional, fixada em 1,64. Ou seja, os pacientes da Bahia transmitem o vírus para mais gente do que a soma geral de todo Brasil.Os dados foram fornecidos ao jornal Correio pela pesquisadora Juliane Fonseca, do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fiocruz. Ela é doutora em matemática e desenvolve modelos para avaliar a evolução dos números da pandemia. “Tivemos um boom no número de casos, que levou a um aumento drástico no RT. Ele já começa a se estabilizar, mas a média na Bahia é de 3, ainda sim, um RT alto”, avalia Juliane. Ela explica que a tendência de aumento do número de casos hoje é maior que no início da pandemia, quando um outro fator era utilizado: o R0. “No início da pandemia, o fator de transmissão é muito instável, porque ele está pegando os primeiros dados. Por isso que calculamos por uma outra métrica, o R0, correspondente ao RT. Mas há um crescimento muito maior de notificação diária de casos se se comparar com outros períodos, outras ondas. Isso mostra que a ômicron acelera a transmissão”, constata a pesquisadora. Juliane ainda esclarece que considera também as subnotificações no cálculo da taxa. “Sabemos que existe o quesito subnotificação e os assintomáticos, que são pessoas que podem transmitir a doença sem sequer apresentar sintomas. Então, incluímos na métrica a hipótese otimista de que a transmissão da doença pelos assintomáticos ou casos não detectados é uma transmissão um pouco menor do que a transmissão daqueles que apresentam sintomas”, esclarece. Ela pontua ainda que o apagão de dados do Ministério da Saúde pode ter influenciado no cálculo.
Sobrecarga no Lacen
Essa grande quantidade de infectados pode ser observada pelos resultados do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Um a cada dois testes analisados dá positivo. No dia 1º de janeiro, esse número era menor que sete – um aumento de 723% de amostras positivas para a doença, em três semanas. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o laboratório passou a receber mais que o dobro de testes por dia neste período.
Antes, eram menos de dois mil testes recebidos. Agora, passa de quatro mil. Para dar conta, o tempo de processamento teve que aumentar de 48 para 72 horas. “O Lacen trabalha 24 horas por dia para dar vazão ao número de amostras e não atrasar tanto o prazo de entrega do exame, mas teve aumento na entrega dos resultados”, comenta o coordenador estadual de imunização, Ramon Saavedra.
A ômicron, considerada mais transmissível por especialistas, também é a culpada pela alta no número de casos ativos, que saltou de 1.830 para 19.995, nos primeiros 24 dias de janeiro. Isso significa um aumento de 992,6% na circulação do vírus. A nova cepa, detectada no estado somente no dia 10, também já representa 76,5% das infecções no território baiano.
O número mais preocupante, hoje, é justamente essa quantidade de casos ativos. “São as pessoas que estão cursando a doença e são potenciais transmissores do vírus. Vínhamos numa situação de controle da situação epidemiológica, mas o aumento que tivemos do dia 1º de janeiro para cá é gritante, uma progressão exponencial”, alerta Saavedra.
Por isso que, segundo ele, é preciso manter as medidas restritivas. “Se esses casos ativos, que são pessoas que têm potencial de transmissão do vírus, estiverem circulando no território, pode aumentar a transmissão na comunidade. Até porque elas vão estar se recuperando de suas residências e, por achar que já estão boas, podem sair antes da hora. Por isso, é preciso a manutenção das medidas de proteção e de distanciamento social”, orienta o coordenador.
Os locais de maior alerta para a transmissão do vírus são Salvador e Região Metropolitana, pela densidade populacional. “É essa grande circulação de pessoas que o vírus precisa para estar se perpetuando”, esclarece. O número de mortes e internamentos não cresce na mesma proporção que o aumento de casos, segundo ele, o que indica sintomas mais leves.
A contaminação desenfreada faz o governo do estado retroagir em algumas medidas, como diminuição do público em festas de 3.000 para 1.500 pessoas e suspensão de visitas nas unidades de internação. O atendimento presencial também foi suspenso na Câmara Municipal de Salvador (CMS), até a próxima segunda-feira (31).
Ômicron é 10 vezes mais transmissível
Segundo a médica Andréa Mendonça Gusmão, doutora em Virologia pela Unicamp e professora de Virologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e UNIFTC, já era esperado um aumento de casos após as festas de final de ano. Isso porque a ômicron é mais transmissível do que todas as outras cepas do novo coronavírus que já circularam.
“A ômicron é 10 vezes mais transmissível que a delta, que já era uma variante com maior transmissibilidade, quando comparado com a alfa e beta. Então ela pode ser considerada uma variante supertransmissível. A capacidade de transmissão de uma pessoa infectada é de cerca de 10 a 20 pessoas. Somado ao relaxamento e as festas que aconteceram final do ano, resultou na explosão de casos que estamos vivendo”, detalha Andrea Gusmão.
Ela também cita estudos sobre o tema que indicam uma melhor adaptabilidade do vírus na população. “Estamos observando que é uma variante menos invasiva, menos virulenta que as anteriores, como a de Wuhan, na China. Ela tem maior afinidade pelas células do trato respiratório superior, por isso que os sintomas são mais dor de cabeça, dor de garganta e coriza, e não síndromes respiratórias graves”, afirma.
Por se ligar mais às células respiratórias da parte de cima do corpo, ela se torna também mais transmissível. “Ela termina sendo transmitida com mais facilidade, quando a pessoa fala ou espirra, por exemplo”, conta Andrea. Sobre as pessoas infectadas após tomarem até três doses da vacina, ela explica que se deve à mutação do vírus. “A variante mudou tanto que a imunidade desencadeada pelas cepas iniciais reduziu e a vacina perdeu eficácia. Ela protege contra o risco de óbito, mas não protege contra a infecção pela variante”, conclui.
Sintomas mais leves
A estudante de fisioterapia Vanessa Fernandes, 22, foi uma das que se contaminou com a nova variante. O teste dela deu positivo na última sexta-feira (20), mas os sintomas começaram na terça (18). Ela acredita ter se contaminado após viajar com a família para a Ilha de Itaparica. “Fiz o teste antes de ir para a ilha e deu negativo. Só que tive contato com a família e a maioria das pessoas que voltou para casa já começou a sentir os sintomas”, conta Vanessa.
Das 22 pessoas que frequentaram a casa, pelo menos oito testaram positivo. Vanessa nunca tinha pego covid-19 desde o início da pandemia e está vacinada com três doses. Todos os infectados, porém, só tiveram sintomas leves, como dor de cabeça, moleza no corpo, tosse e febre baixa. “Desde sexta que não sinto mais nada, só um pigarro chato na garganta”, relata.
A empresária Rita Avoletta, 58, teve sintomas ainda mais leves. “Tive dor de garganta por um dia e fiquei rouca por uns quatro dias. Só fui fazer o exame porque tinha pego gripe forte em dezembro, tinha feito o exame e tinha dado negativo. E, quando foi agora em janeiro, fiquei rouca e com coriza, só que deu positivo”, narra Rita. Ela testou positivo na última terça-feira (18) e também tomou as três doses da vacina contra a covid-19.
Cidades com maior número de casos ativos
Salvador – 5.364
Guanambi – 612
Feira de Santana – 576
Camaçari – 494
Porto Seguro – 476
Jequié – 439
Barreiras – 421
Lauro de Freitas – 420
Itabuna – 358
Vitória da Conquista – 314
As informações são da Sesab
PANDEMIA – ESSA É DA OMS: ‘Continuaremos convivendo com a Covid no futuro próximo’
Diretor da Organização afirma que o mundo conseguirá conviver com o coronavirus, mas sem dar liberdade total ao SARS-CoV-2
O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, previu que a Covid-19 não vai desaparecer tão cedo e que o mundo continuará a viver com ela, mas afirmou que “aprender a viver com esta doença não significa lhe dar liberdade total”.
“Vamos conviver com a Covid-19 em um futuro próximo, e precisamos aprender a administrá-la com sistemas sustentáveis e integrados para o controle de doenças respiratórias agudas”, disse o dirigente na abertura do Comitê Executivo da OMS, que realiza nesta semana sua 150ª sessão.
Entretanto, de acordo com ele, “aprender a conviver com a Covid não significa lhe dar liberdade total, não pode significar aceitar as atuais 50 mil mortes por semana por uma doença que é previsível e tratável”.
Adhanon também pediu para que “não sejam ignoradas as consequências da ‘Covid longa’, que ainda não são totalmente compreendidas”, referindo-se às muitas pessoas que, mesmo após se recuperarem da doença manifestam múltiplos problemas de saúde.
O chefe da OMS afirmou que existem diferentes cenários para o término da fase aguda da pandemia, mas que “é perigoso assumir que a variante Ômicron é a última ou que já estamos no fim”. “Por outro lado, as condições são ótimas para que surjam novas variantes”, devido ao número recorde de infecções, que em 20 de janeiro foram as mais altas em mais de dois anos da pandemia, com quase 4 milhões de casos globais em um único dia.
Tedros lembrou que o dia 30 de janeiro marca dois anos desde que a OMS declarou uma emergência internacional para o coronavírus, quando fora da China havia menos de uma centena de casos e nenhuma morte.
“Dois anos depois, quase 350 milhões de casos e mais de 5,5 milhões de mortes foram relatados, números que sabemos serem conservadores”, enfatizou, além de advertir que agora 100 casos são confirmados em todo o mundo a cada três segundos e cinco mortes a cada minuto.
“Entendemos que todos estão cansados da pandemia, que as pessoas estão exaustas das restrições ao movimento, que as economias e as empresas estão sofrendo e que muitos governos estão andando na corda bamba tentando equilibrar o que é eficaz e o que é aceitável para a população”, concluiu.
ACONTECE EM ITABUNA-BA: DIVULGADO O CALENDÁRIO DE VACINÇÃO DESTA SEMANA. CONFIRA
Para a vacinação contra o Covid-19 nas Unidades Básicas e de Saúde da Família, a primeira, segunda e terceira dose será aplicada a partir desta terça-feira, dia 25, até a sexta-feira, das 8 às 11 e das 13 às 16 horas. Para a primeira dose contra o Covid-19, o público crianças maiores de 12 anos. A documentação é o RG, CPF ou cartão do SUS e comprovante de residência. Para a segunda dose o público pessoas que estão com data de retorno até o dia 28 de janeiro para uso das vacinas das Coronavac, Oxford e Pfizer. Vale destacar que está liberado para todos a antecipação da 2ª dose Pfizer para 60 dias. A documentação é o RG, CPF ou cartão do SUS, comprovante de residência e cartão com registro da primeira dose. Nesta terça-feira, haverá ação de segunda dose para pessoas maiores de 18 anos que estão em atraso no esquema vacinal. E também, para adolescentes de 12 a 17 anos que já tenham recebido a primeira dose da vacina Pfizer até 28 de novembro. A vacinação será na UniFTC das 17 às 20 horas. A documentação necessária é o RG, CPF ou Cartão SUS, cartão de vacina com o registro da primeira dose e comprovante de residência.
TERCEIRA DOSE E DOSE DE REFORÇO JANSSEN
Para a terceira dose nas Unidades Básicas e de Saúde da Família de amanhã até a sexta-feira, das 8 às 11 e das 13 às 16 horas, serão imunizadas pessoas maiores de 18 anos com conclusão do esquema vacinal há mais de 4 meses (a partir da data da segunda dose). Ainda na terça-feira, haverá ação de terceira dose para pessoas maiores de 18 anos e que tenham concluído o esquema vacinal há 4 meses (a partir da data da segunda dose). Além disso, haverá também dose de reforço da Janssen para pessoas maiores de 18 anos que tenham tomado a vacina (primeira dose/dose única) dentro do intervalo 2 a 6 meses. A ação será na UniFTC, das 17 às 20 horas. A documentação necessária é o RG, CPF ou Cartão SUS, cartão de vacina com o registro da última dose. O atendimento é por ordem de chegada.
VACINAÇÃO INFANTIL
Na quarta-feira, dia 26, prossegue a vacinação de primeira dose contra o Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos com a vacina da Pfizer Pediátrica. O público-alvo são crianças com comorbidades ou deficiência permanente e sem comorbidades. Para àquelas sem comorbidade, a vacinação inicia-se por ordem escalonada, sendo imunizadas nesta quarta-feira as crianças de 11 e 10 anos de idade. Vale ressaltar que àquelas com comorbidades e/ou deficiência permanente tem prioridade na vacinação. A ação será na UniFTC das 16 às 20 horas e serão disponibilizadas 300 senhas. A documentação necessária é o RG, CPF ou Cartão SUS, comprovante de residência, cartão de vacina da criança, e para aquelas que têm comorbidade e/ou deficiência, também é preciso do relatório médico (até 6 meses) com CID atestando a comorbidade/deficiência. Algumas ressalvas precisam ser seguidas na imunização deste grupo como: apresentação do cartão de vacina da criança, apresentação do relatório médico que ficará retido. A criança deverá ser acompanhada pelos pais ou responsáveis (no caso de ser o responsável, o mesmo deverá levar uma cópia do documento do pai ou da mãe e autorização por escrito assinada). Além disso, os pais ou responsáveis deverão apresentar documento pessoal com foto e a criança não pode ter sido imunizada com qualquer outra vacina nos 15 dias anteriores. As doenças que são consideradas comorbidades são Diabetes mellitus; Pneumopatias crônicas graves: Doenças Cardiovasculares; Doenças cerebrovasculares; Doença renal crônica; Imunossuprimidos; Hemoglobinopatias; Obesidade mórbida; Síndrome de Down e Cirrose hepática. Já as deficiências permanentes consideradas prioridades são a auditiva, visual, intelectual e física.
VACINAÇÃO PARA CRIANÇAS DESABRIGADAS
Na quinta na sexta-feira, dias 27 e 28, pela manhã e à tarde, a equipe da Rede de Frio do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde realizará a vacinação contra o Covid-19 (Pfizer Pediátrica) das crianças de 5 a 11 anos com e sem comorbidades que estejam alojadas nos abrigos em decorrência das enchentes. A documentação necessária é o RG, CPF ou Cartão SUS e cartão de vacina (se disponível). É preciso seguir algumas ressalvas como: a criança deverá estar acompanhada pelos pais ou responsável (no caso de ser o responsável, o mesmo deverá ter uma cópia do documento ou uma declaração do pai ou da mãe). Além disso, os pais ou responsáveis deverão apresentar documento pessoal com foto e a criança não pode ter sido imunizada com qualquer outra vacina nos 15 dias anteriores.
DADOS DA PANDEMIA: Em alta pelo 21º dia, Bahia tem maior número de casos ativos da Covid desde março de 2021
A escalada de casos ativos da Covid-19 segue acontecendo. O estado registrou o 21º dia neste domingo (23) com aumento e chegou a 19.665 registros da infecção, maior número desde 14 de março de 2021. Os dados constam em levantamento feito pelo Bahia Notícias, com base nos boletins diários da secretaria de saúde da Bahia.
O boletim epidemiológico ainda indica que, nas últimas 24 horas, foram registrados 4.081 novos casos de Covid-19, 2.727 recuperados e 3 óbitos por conta da doença. Desde o início da pandemia, 27.773 pessoas tiveram óbito confirmado.
Até o momento o estado tem 11.049.481 pessoas vacinadas com a primeira dose, 263.623 com a dose única, 9.308.143 com a segunda dose e 2.080.641 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 22.145 crianças já foram imunizadas.
PANDEMIA – ACONTECEU NO MUNDO DA CIÊNCIA: Reino Unido encontra nova mutação da variante Ômicron em 53 pessoas
Cepa BA.2 também foi encontrada em outros países europeus, principalmente na Dinamarca, onde é responsável pela metade das contaminações
Uma nova mutação da variante Ômicron da Covid-19 foi encontrada em 53 pessoas no Reino Unido. A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) informou na sexta-feira, 21, que uma variante irmã da BA.1, o tipo da Ômicron, também foi encontrada em outros países europeus. Essa cepa seria a responsável pelo aumento de casos da doença no país em dezembro. No entanto, não há indicação até o momento de que a cepa BA.2 seja mais grave. Na Dinamarca ela já é responsável de metade das contaminações, mas o governo afirma que as internações não aumentaram e que as vacinas em circulação são eficazes no combate às formas mais graves. A consultora médica chefe da UKHSA, Susan Hopkins, está confiante na eficácia dos imunizantes. “Este último conjunto de análises demonstra mais uma vez que uma dose de reforço da vacina oferece proteção significativa contra hospitalização da Ômicron. As doses de reforço também aumentam a proteção contra infecções sintomáticas e assintomáticas, o que reduzirá a transmissão na população”, explicou.
PANDEMIA: Bill Gates pede fundo internacional a pandemia mais letal que a de Covid-19
Filipe Prado/istoé dinheiro
Bill Gates acredita que a humanidade ainda irá enfrentar uma situação muito pior do que a causada atualmente pela Covid-19. O bilionário fundador da Microsoft alertou à importância de governos criarem um fundo de bilhões de dólares para se preparar à próxima pandemia. Gates argumenta que é muito provável o surgimento de um novo patógeno que seja tão transmissível quanto as variantes Ômicron e Delta do coronavírus, porém muito mais letal. A Fundação Bill & Melinda Gates junto à instituição filantrópica britânica Wellcome Trust, maior financiador não governamental de pesquisas científicas do Reino Unido, doaram U$ 300 milhões à Coalização de Inovação e Preparação de Epidemias (CEPI, na sigla em inglês). A organização científica, que tenta levantar U$ 3,5 bilhões para desenvolver novas vacinas em até 100 dias, ajudou a formar o programa Covax (Acesso Global às Vacinas da Covid-19), liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Gastar bilhões para salvar trilhões em danos econômicos e dezenas de milhões de vidas é uma política de segurança muito boa”, disse Gates ao jornal Financial Times. Gates defende que governos e filantropistas combatam a desigualdade de acesso às vacinas e que as inovações à prevenção de uma futura pandemia poderiam ser úteis na criação de vacinas ao HIV e avanços na imunização da tuberculose e malária. “Vivemos no que acredito ser uma era de epidemais e pandemias mais frequentes e mais complexas”, declarou Jeremy Farrar, diretor da CEPI, que surgiu em 2014 para enfrentar o ebola.
ACONTECEU NA PARAÍBA: É falsa informação de que criança morreu por efeito da vacina contra Covid na PB
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou ser falsa a informação de que uma criança da Paraíba teria morrido por conta de um efeito adverso da vacina contra a Covid-19. Segundo a secretaria, um vídeo que está circulando nas redes sociais, supostamente gravado no estado, mostra um pai chorando a morte do filho após ter tomado o imunizante. Segundo o Portal Correio, a SES reforçou que, até o momento, nenhum efeito adverso grave em decorrência da vacina foi registrado no estado.
Confira a nota, na íntegra:
“Circula nas redes sociais há alguns dias, um vídeo, supostamente ocorrido no estado da Paraíba, de um pai chorando a morte de seu filho e a causa seria um efeito adverso grave relacionado à vacinação contra Covid-19. Porém, não é verdadeira a informação de que tenha ocorrido na Paraíba, tampouco que tenha sido um efeito da vacina contra Covid-19. Nenhum efeito adverso grave em decorrência da vacina foi registrado no estado.
A Secretaria Estadual de Saúde da Paraiba lamenta que a dor de um pai esteja sendo utilizada para espalhar notícias falsas sobre a campanha de vacinação contra Covid-19.
Até 21 de janeiro de 2022, a Paraiba atingiu a marca de 64% de sua população completamente vacinada contra a Covid-19 e reduziu a mortalidade pela doença em 90%, dado que reafirma que a vacinação é segura e eficaz.
Não acredite em notícias sensacionalistas veiculadas por quem não tem compromisso com a defesa da vida.“
PANDEMIA: Cidade do interior de SP suspende vacinação de crianças após menina ter parada cardíaca
Nesta quarta-feira (19), o município de Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, suspendeu a vacinação de crianças com idade entre 5 e 11 anos após uma menina de 10 anos sofrer uma parada cardíaca 12 horas depois de receber a dose pediátrica da vacina da Pfizer contra a Covid-19.
Conforme o Comitê de Enfrentamento da Covid-19 do município, a criança tem quadro estável e está consciente.
O comitê tomou a decisão de suspender a vacinação um dia após o início da aplicação as dos imunizantes nas crianças da cidade. A suspensão vale por sete dias.
Em nota, o órgão alegou que “não existe dúvida sobre a importância da vacinação infantil”, mas que, diante do ocorrido, “será dado esse prazo para o acompanhamento e monitoramento diário das 46 crianças lençoenses vacinadas até o momento”.
De acordo com o comitê, o prazo é necessário para o “aprofundamento sobre o caso de forma específica e o envio de relatórios aos órgãos de controle federais e estaduais”.
O município é governado por Anderson Prado de Lima (DEM). O secretário de Saúde da gestão solicitou autorização para acesso ao prontuário médico, uma vez que o atendimento ocorreu na rede privada.
A administração municipal informou que a criança apresentou alterações nos batimentos cardíacos e desmaiou, conforme o relato do pai. Ela foi levada à rede de saúde particular e reanimada. Após ser estabilizada, a criança foi transferida para o Hospital da Unimed, em Botucatu, onde permanece sob observação.
Durante a reunião com o comitê, a prefeitura informou aos membros que, através da sua Secretaria de Saúde e da sua Vigilância Epidemiológica, já havia comunicado o fato à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, através da Vigilância em Saúde, e que aguardava resposta e instruções dos órgãos responsáveis.
Governo de São Paulo responde
Nesta quinta-feira (20), o Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo alegou que o caso não teve ligação com a primeira dose da vacina.
De acordo com as afirmações da Vigilância Epidemiológica, dez especialistas realizaram a análise e disseram que a menina de 10 anos possui uma doença congênita rara, que era desconhecida pelos pais. Entretanto, não se sabe mais sobre qual seria a doença e como ela anularia possíveis ligações do caso com a vacina, pois nada mais detalhado foi divulgado além do que alegou o Governo de São Paulo.
A vacinação de adultos segue normalmente no município.
Com informações de R7 e ISTOÉ DINHEIRO
ACONTECEU NO CÍRCULO DOS FAMOSOS: Gloria Maria é internada após ser contaminada pela Covid-19
Gloria Maria é mais uma personalidade que testou positivo para o novo coronavírus. Segundo informações do site TV Prime, após contrair a doença, a jornalista foi internada no hospital Copa Star, em Copacabana, Rio de Janeiro, na tarde de quarta-feira (19).
Além de Gloria, as suas duas filhas, Laura e Maria, também contraíram a Covid-19.
Ainda de acordo com o veículo, a quadro clínico da apresentadora é bom. A previsão de alta é para esta quinta-feira (20).
Em nota, a TV Globo confirmou a informação e explicou que Gloria Maria passou por uma avaliação com vários exames, incluindo um pneumotórax.
Prefeitura inicia a vacinação de crianças portadoras de comorbidades contra a Covid-19
Crianças com idade entre 5 e 11 anos, com comorbidades, começaram a ser vacinadas contra a Covid-19 por profissionais da Secretaria Municipal de Saúde nesta quinta-feira, dia 20, na UniFTC de Itabuna. Nesta sexta-feira, dia 21, a imunização acontece das 10 às 16 horas no mesmo local.
A imunização é prioritária para os portadores de algumas doenças, dentre elas, diabetes, cardiopatias, obesidade mórbida, câncer, HIV Aids e Síndrome de Down. Além das deficiências permanentes, como distúrbios na fala, audição e intelectual.
Para a criança com comorbidades tomar a vacina, os pais ou responsáveis precisam apresentar um laudo médico. “O laudo precisa ter o CID, assinatura e carimbo pelo médico. É necessário também a documentação dos pais”, disse o enfermeiro da Rede de Frio, José Vitor Gomes.
No sábado passado, dia 15, Itabuna recebeu um lote com 1.030 doses da vacina Pfiser pediátrica. A expectativa é de que 19 mil crianças tomem a vacina. O imunizante é aplicado em um volume de 0,2ml, por via intramuscular.
A subsecretária municipal de Saúde, Lânia Peixoto, acompanhou o primeiro dia de vacina e informou que na próxima semana, a vacina será aplicada em crianças que vivem em abrigos, indígenas e aquelas pertencentes às comunidades quilombolas. “ Após essa etapa, vamos imunizar o público de 5 a 11 anos de forma escalonada”, frisou.
A recomendação é que pós a vacina, o paciente deve ser monitorado por 20 minutos, para avaliar a ocorrência de efeitos adversos. “Essa medida faz parte de Nota Técnica do Ministério Saúde, que Itabuna adotou. Alguns efeitos já são esperados, como braço mais inchado e dor”, explicou José Vitor.
A subsecretária de Saúde reforçou a importância de o público entre 5 e11 anos ser vacinado. “Precisamos dar uma margem de segurança também aos pais, até porque as aulas já vão começar de forma presencial e é necessário que haja segurança para as crianças”, alertou Lânia Peixoto.
A professora Rita de Cassia da Silva Souza fez questão de levar o filho de 7 anos, que sofre asma.
“A vacina é muito importante. Meu filho, além de asmático, nasceu prematuro. Então para nós é um momento de alívio”, comemorou.
Já a empresária Evelyn Oliveira definiu o primeiro dia de vacina como um momento de emoção. Ela também trouxe a filha Maria Eduarda, 7 anos, para receber a dose da Pfizer pediátrica. “Diante de tantas mortes, que ocorreram, ver minha filha bem, me deixa muito feliz”, falou.
“Eu nem senti dor. Agora me sinto mais confiante”, expressou a garota de 7 anos.
MOMENTO LÚDICO
O primeiro dia da vacina para público infantil em Itabuna também foi cercado por muita diversão. Antes da aplicação da primeira dose, as crianças participaram de brincadeiras com jogos lúdicos e educativos.
O professor de Educação Física, Chariton Carvalho, chefe de Integração Esporte-Escola, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, afirmou que essa dinâmica é fundamental para tirar a tensão das crianças antes de serem vacinadas. “Trouxemos jogos criativos, e recreativos até para uma melhor socialização. Quando se fala em diversão e lazer, qualquer pessoa relaxa, principalmente uma criança”, frisou Carvalho.
Anvisa libera CoronaVac para crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos
Agência vetou dose para menores imunossuprimido
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (20) a aplicação do imunizante CoronaVac em crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos – exceto em casos de menores imunossuprimidos (com baixa imunidade). A decisão foi tomada durante reunião extraordinária da diretoria colegiada.
Crianças e adolescentes com comorbidades também poderão receber a vacina, que será aplicada em duas doses, com intervalo de 28 dias. A vacina é a mesma utilizada atualmente na imunização de adultos, sem nenhum tipo de adaptação para uma versão pediátrica.
A decisão foi unânime. Ao todo, cinco diretores votaram a favor da liberação: Meiruze Sousa Freitas, Alex Machado Campos, Rômison Rodrigues Mota, Cristiane Rose Jourdan e o próprio diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.
Por meio das redes sociais, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comentou a aprovação do uso emergencial da CoronaVac para a faixa etária de 6 a 17 anos. “Todas as vacinas autorizadas pela Anvisa são consideradas para a PNO [Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19]. Aguardamos o inteiro da decisão e sua publicação no DOU”, disse, em sua conta no Twitter.
Butantan
Por meio de nota, o Instituto Butantan, fabricante da CoronaVac em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, informou que a autorização ocorreu após avaliação de pedido enviado à Anvisa no dia 15 de dezembro, embasado em estudos de segurança e resposta imunológica vindos de países como Chile, China, África do Sul, Tailândia e também do Brasil.
“A CoronaVac é cientificamente comprovada como a vacina mais segura e com menos efeitos adversos, além de ser a vacina mais utilizada em todo o mundo, com mais de 211 milhões de doses administradas no público infantil e juvenil (de 3 a 17 anos) somente na China”, destacou o comunicado. “O Instituto Butantan, que há 120 anos trabalha a serviço da vida, está preparado para fazer parte de mais esta batalha para derrotar o vírus da covid-19 no país”, concluiu a nota. (AG BRASIL)