Israel intensificou seus ataques na região do aeroporto internacional de Beirute, em meio a uma nova onda de bombardeios direcionados à capital libanesa. De acordo com informações do Ministério dos Transportes do Líbano, explosões foram registradas nas proximidades do aeroporto, e a presença de caças israelenses foi confirmada na área. Um dos mísseis disparados caiu nas imediações do aeroporto, mas não houve relatos de danos significativos. A administração do aeroporto assegura que as operações seguem normalmente. O aeroporto de Beirute é um ponto crucial para a evacuação de cidadãos estrangeiros que buscam deixar a região afetada pelo conflito. Atualmente, os voos são limitados, com a maioria das operações realizadas por companhias aéreas locais, enquanto as empresas europeias suspenderam seus serviços para a cidade. O governo brasileiro está organizando voos para auxiliar na retirada de seus cidadãos que desejam deixar o Líbano. Os bombardeios israelenses têm se concentrado especialmente no subúrbio de Dahyeh, uma área considerada um reduto do Hezbollah, resultando em danos significativos a prédios na região. As operações militares visam especificamente Hashem Safieddine, que ocupa a posição de chefe do conselho executivo do Hezbollah. O Ministério da Saúde do Líbano reportou que, nas últimas 24 horas, 37 pessoas perderam a vida e 151 ficaram feridas em decorrência dos ataques. A escalada do conflito tem gerado preocupações internacionais, com diversos países monitorando a situação de perto. A comunidade internacional tem chamado por um cessar-fogo e por negociações que possam levar a uma resolução pacífica. Enquanto isso, a população civil continua a sofrer com os efeitos devastadores dos bombardeios e da instabilidade na região.
MUNDO DAS GUERRAS
MUNDO DAS GUERRAS > Enquanto pondera resposta ao Irã, Israel concentra ataques no Líbano
O Exército de Israel enviou tropas adicionais para reforçar sua invasão do Líbano, onde trava combates diretos com o Hezbollah. Nesta quarta (2) oito soldados israelenses morreram. Caças bombardearam uma clínica em Beirute, matando cinco pessoas – foi o segundo ataque ao centro da capital libanesa esta semana No total, 46 pessoas foram mortas ontem em ataques de Israel no Líbano. Enquanto o governo de Israel pondera a resposta aos ataques de mísseis iranianos de terça-feira, 1º, o Hezbollah disse que seus combatentes haviam entrado em confronto com os israelenses em pelo menos uma cidade libanesa, Maroun al-Ras, perto da fronteira de Israel.
A morte dos oito soldados foi um saldo relativamente alto para o Exército israelense comparado com as perdas diárias que sofreu em Gaza. Os militares de Israel informaram que eles foram mortos por mísseis antitanque do Hezbollah. Todos tinham entre 21 e 23 anos. De acordo com o jornal israelense Hareetz, 716 soldados foram mortos desde 7 de outubro, quando Israel declarou guerra ao Hamas, após o ataque terrorista que matou 1,2 mil pessoas no sul do país. Desses militares, 346 foram mortos em operações na Faixa de Gaza. Os combates no Líbano ocorrem enquanto o Oriente Médio permanece apreensivo em razão da saraivada de mísseis do Irã contra Israel Embora os 180 mísseis tenham sido em sua maioria interceptados pela defesa aérea de Israel, com a ajuda dos EUA e de outros aliados, Netanyahu disse que o Irã havia “cometido um grande erro” e “pagaria por isso”.
O porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, afirmou que o país ainda decidirá a resposta – “quando, onde e como”. Questionado por jornalistas, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que não apoia um ataque a instalações nucleares iranianas, acrescentando que ele e outros líderes do G-7 defendiam o direito de Israel de responder, mas acreditavam que a resposta deveria ser proporcional. Segundo ele, os líderes do G-7 concordaram em impor sanções adicionais ao Irã, já sob duras restrições econômicas do Ocidente.
A Guarda Revolucionária do Irã disse ontem que os disparos de mísseis de terça-feira foram uma retribuição pelos recentes assassinatos de líderes do Hezbollah e do Hamas, ambos grupos apoiados por Teerã, que travam uma guerra por procuração contra Israel. O general Mohamed Bagheri, principal oficial militar iraniano, afirmou os ataques de terça-feira tinham como alvo bases militares e a sede do serviço de inteligência de Israel, o Mossad.
O Exército de Israel admitiu ontem que algumas bases militares sofreram “impactos” de mísseis do Irã, mas garantiu que as aeronaves e a infraestrutura foram poupadas. Fotos mostraram danos em outros lugares, incluindo uma escola no sul de Israel e em prédios em Tel-Aviv. Teerã disse que considera sua resposta “encerrada” e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que seu país não quer guerra, mas prometeu “atacar novamente se Israel promover qualquer ação retaliatória”. Os disparos de mísseis iranianos aconteceram um dia após as forças terrestres israelenses avançarem em partes do sul do Líbano em uma invasão cujo objetivo declarado é eliminar a capacidade do Hezbollah de atacar Israel.
MUNDO DAS GUERRAS > Israel promete resposta a ataque de mísseis do Irã
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que o arquirrival Irã irá pagar pelo lançamento de mísseis contra Israel nesta terça-feira, enquanto Teerã garantiu que qualquer retaliação levaria a uma “vasta destruição”, aumentando os temores de uma guerra generalizada.
À medida que Washington expressava total apoio ao seu tradicional aliado Israel, as Forças Armadas do Irã disseram que uma intervenção direta dos apoiadores de Israel contra Teerã provocaria um “forte ataque” do Irã nas suas “bases e interesses” na região.
O preço do petróleo subiu 5% devido aos temores de uma guerra mais ampla entre os dois inimigos e o Conselho de Segurança da ONU agendou uma reunião sobre o Oriente Médio para quarta-feira.
“O Irã cometeu um grande erro esta noite — e pagará por isso”, disse Netanyahu no início de uma reunião política, de acordo com um comunicado.
A Guarda Revolucionária do Irã disse que o ataque foi uma retaliação pelos assassinatos de líderes militantes por Israel e pela agressão no Líbano contra o movimento armado Hezbollah, apoiado pelo Irã, e em Gaza.
Os temores de que o Irã e os EUA sejam arrastados para uma guerra regional aumentaram com a intensificação do ataque de Israel ao Líbano nas últimas duas semanas, incluindo o início de uma operação terrestre na segunda-feira, e seu conflito de um ano na Faixa de Gaza.
No ataque desta terça-feira, o Irã disparou mais de 180 mísseis balísticos contra o território israelense, disse Israel. Sirenes soaram por todo o país, e explosões foram ouvidas em Jerusalém e no vale do rio Jordão. Israelenses se juntaram em abrigos antiaéreos e repórteres na televisão estatal se deitaram no chão durante transmissões ao vivo.
As forças iranianas usaram pela primeira vez mísseis hipersônicos Fattah e 90% dos mísseis atingiram com sucesso seus alvos em Israel, segundo a Guarda Revolucionária.
As defesas aéreas de Israel foram ativadas e a maioria dos mísseis foi interceptada “por Israel e uma coalizão de defesa liderada pelos Estados Unidos”, disse o contra-almirante israelense Daniel Hagari em um vídeo no X, acrescentando: “O ataque do Irã é uma escalada grave e perigosa.”
A região central de Israel recebeu “um pequeno número” de explosões e houve outros ataques no sul do país, disse ele. Os militares israelenses publicaram um vídeo de uma escola na cidade central de Gadera, que foi fortemente danificada por um míssil iraniano.
Não houve feridos, de acordo com Israel, mas um homem foi morto na Cisjordânia ocupada, segundo autoridades locais.
Navios de guerra da Marinha dos EUA dispararam cerca de uma dúzia de interceptores contra mísseis iranianos que se dirigiam a Israel, informou o Pentágono.
O presidente norte-americano, Joe Biden, manifestou total apoio dos EUA a Israel e descreveu o ataque do Irã como “ineficaz”. Ele disse que houve uma discussão ativa sobre a forma como Israel irá responder e que irá conversar com Netanyahu.
Israel prometeu consequências para o ataque.
“Nós agiremos. O Irã em breve sentirá as consequências de suas ações. A resposta será dolorosa”, disse o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, a repórteres.
A Casa Branca prometeu igualmente “consequências graves” para o Irã e o porta-voz Jake Sullivan disse numa conferência de imprensa em Washington que os EUA iriam “trabalhar com Israel para que isso acontecesse”.
Sullivan não especificou quais seriam essas consequências, mas não chegou a apelar à contenção de Israel, como os Estados Unidos fizeram em abril, quando o Irã levou a cabo um ataque com drones e mísseis contra Israel. O Pentágono disse que os ataques aéreos desta terça-feira foram cerca do dobro do tamanho do ataque de abril.
Qualquer resposta israelense ao ataque de mísseis desta terça seria recebida com uma “vasta destruição” da infraestrutura israelense, afirmou o Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, por sua vez, num comunicado divulgado pelos meios de comunicação social estatais, prometendo também atingir ativos regionais de qualquer aliado israelense que se envolvesse.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou que a sua operação era defensiva e apenas dirigida às instalações militares e de segurança israelenses. Mais cedo, a agência noticiosa estatal iraniana afirmou que Teerã tinha como alvo três bases militares israelenses. O Irã fez um apelo pela ação do Conselho de Segurança da ONU.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou aquilo que chamou de “escalada após escalada”, afirmando: “Isto tem de acabar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo”.
MUNDO DAS GUERRAS > Ataque a tiros em Tel Aviv deixa pelo menos oito mortos
Um ataque a tiros em uma estação de trem em Jaffa, Tel Aviv, resultou na morte de pelo menos oito pessoas na noite de terça-feira (1). As autoridades policiais estão investigando a possibilidade de terrorismo e realizam buscas em um hotel que pode estar relacionado ao atirador. O incidente ocorreu em um contexto de intensificação das medidas de segurança, em resposta a recentes ataques aéreos do Hezbollah e disparos vindos do Irã. Em decorrência da nova onda de violência, as Forças Armadas de Israel (FDI) implementaram mudanças nas políticas de segurança, que incluem restrições a atividades educacionais e reuniões em espaços abertos e fechados. Essas ações foram tomadas após uma série de disparos do Hezbollah, que resultaram em feridos e aumentaram a tensão na região.
Além das medidas de segurança, Israel anunciou operações limitadas no sul do Líbano, emitindo um ultimato para que os moradores de 30 localidades deixassem suas residências. Apesar das movimentações, tanto o Hezbollah quanto a ONU afirmaram que não houve incursões de tropas israelenses no território libanês até o momento. A escalada do conflito entre Israel e grupos armados na região tem gerado preocupações em nível internacional, com diversos países acompanhando de perto a situação. As sirenes de alerta foram acionadas em várias partes de Israel, refletindo a gravidade da situação e a necessidade de proteção da população. (JP)
MUNDO DAS GUERRAS > Irã dispara mísseis balísticos contra Israel em retaliação a morte de líderes do Hezbollah
Na tarde desta terça-feira (1), o Irã disparou mísseis balísticos em direção a Israel, conforme relataram as Forças de Defesa de Israel (FDI). Sirenes soaram em diversas localidades, incluindo Tel-Aviv e Jerusalém, com mais de 100 mísseis sendo lançados. O Exército israelense confirmou que os projéteis atingiram o território, mas até o momento não há relatos de vítimas ou feridos. A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que o ataque é uma retaliação pelas mortes de líderes do Hezbollah e advertiu que novos ataques poderão ocorrer caso o Irã seja alvo de agressões. Autoridades dos Estados Unidos já haviam sinalizado a possibilidade de um ataque iraniano, aumentando a preocupação na região. Em resposta à situação, Israel fechou seu espaço aéreo e redirecionou voos. As FDI também informaram sobre operações terrestres no Líbano, com o objetivo de desmantelar a infraestrutura do Hezbollah, envolvendo um contingente de 10 mil soldados.
As tensões entre Israel e o Hezbollah se intensificaram nas últimas semanas, com uma série de ataques. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morreu após ataques israelenses em Beirute na noite de sexta-feira (27). O Hezbollah confirmou a informação em um comunicado divulgado neste sábado (28) Este ataque representa a segunda ofensiva do Irã contra Israel em 2024. O primeiro ocorreu em abril, quando o país lançou 170 drones e 120 mísseis balísticos, em resposta a um bombardeio israelense. (JP)
MUNDO DAS GUERRAS > Irã afirma que morte do seu general em Beirute ‘nunca ficará sem resposta’
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou neste domingo (29) que a morte de um general de brigada da Guarda Revolucionária iraniana em um ataque lançado por Israel em Beirute “nunca ficará sem resposta”. “Sem dúvida, este crime horrível do regime agressor sionista nunca ficará sem resposta”, disse Araqchi, que está em Nova York participando na Assembleia Geral da ONU, em um comunicado. “O aparelho diplomático também utilizará todos os meios possíveis, as suas capacidades políticas, diplomáticas, jurídicas e internacionais para perseguir os criminosos e aqueles que os apoiam”, acrescentou.
O chefe da diplomacia iraniana descreveu a morte do vice-comandante de operações da força militar, o general de brigada Abbas Nilforushan, como “um ato cruel e covarde” e um exemplo da “natureza terrorista e criminosa do regime sionista”. Nilforushan morreu na sexta-feira nos ataques israelenses contra Beirute, nos quais também morreu o líder da milícia libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, um dos principais aliados no país persa. O aviso de Araqchi é o mais duro pronunciado até agora por uma autoridade iraniana, que até agora tinha mostrado alguma cautela sem defender uma resposta direta de Teerã contra Israel.
A própria Guarda Revolucionária condenou a morte do seu general, mas não fez menção a uma possível vingança. Um completo contraste com a reação à morte de sete membros da Guarda Revolucionária no consulado iraniano em Damasco no último mês de abril, em um ataque atribuído a Israel e após o qual se multiplicaram os apelos à vingança. Em retaliação, o Irã lançou centenas de mísseis e drones contra Israel em meados de abril, na primeira vez em que Teerã atacou diretamente o território israelense, em um bombardeio que, apesar da sua natureza espectacular, quase não causou danos.
Jovem Pan com informações da EFE
MUNDO DAS GUERRAS > EUA reforçam tropas, Israel conduz novos ataques e Iêmen também vira alvo de bombardeios
A Síria também foi alvo de ataques por parte das forças israelenses, que atingiram ‘alvos específicos’ e confirmaram a morte de 15 pessoasO ataque acontece após os houthis terem disparado mísseis contra Israel durante os últimos dois dias
As Forças Armadas dos EUA determinaram o “aumento de suas capacidades de suporte aéreo” no Oriente Médio e colocaram tropas em “estado de prontidão elevada” para serem deslocadas à região por causa do aumento da tensão e da escalada militar após a morte do líder da milícia xiita libanesa Hezbollah, Hasan Nasrallah, em um bombardeio de Israel, e da ação israelense no Iêmen. Segundo a agência Reuters, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, autorizou os militares a reforçarem a sua presença no Oriente Médio com capacidades de apoio aéreo “defensivas” e a colocar outras forças num estado de prontidão elevado. “(Austin) aumentou a prontidão de forças adicionais dos EUA para serem destacadas, elevando nossa preparação para responder a várias contingências”, disse o porta-voz do Pentágono, major-general da Força Aérea, Patrick Ryder, em um comunicado neste domingo (29).
A declaração não detalhou quais novas aeronaves seriam enviadas à região. “O secretário Austin deixou claro que se o Irã, os seus parceiros ou os seus representantes aproveitarem este momento para atacar o pessoal ou os interesses americanos na região, os Estados Unidos tomarão todas as medidas necessárias para defender o nosso povo”, acrescentou Ryder. O anúncio foi feito dois dias depois de o presidente Joe Biden ter orientado o Pentágono a ajustar a postura das forças dos EUA no Oriente Médio em meio a preocupações crescentes de que a morte do líder do Hezbollah, grupo financiado e apoiado militarmente pelo Irã, poderia provocar uma retaliação de Teerã. “Os Estados Unidos estão determinados a impedir que o Irã e parceiros e procuradores apoiados pelo Irã explorem a situação ou expandam o conflito”, disse em um comunicado o porta-voz do Pentágono.
Ele também alertou que, “se o Irã ou grupos apoiados por Teerã usarem este momento para visar pessoal americano ou interesses na região, os Estados Unidos tomarão todas as medidas necessárias para defender nosso povo”. O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse no domingo que os Estados Unidos estão observando o que o Hezbollah fará para tentar preencher seu vácuo de liderança, “e continuam a conversar com os israelenses sobre quais são os próximos passos certos.” O Departamento de Estado dos EUA ainda não ordenou uma retirada de pessoal do Líbano. Mas, na semana passada, oficiais dos EUA disseram à Reuters que o Pentágono estava enviando algumas dezenas de tropas adicionais para o Chipre para ajudar o exército a se preparar para cenários incluindo uma retirada de americanos do Líbano. O Pentágono disse que as forças dos EUA estavam sendo preparadas para serem deslocadas, se necessário. “(Austin) aumentou a prontidão de forças adicionais dos EUA para se deslocarem, elevando nossa preparação para responder a várias contingências”, disse Ryder em um comunicado.
Novos bombardeios no Líbano
O Exército de Israel bombardeou “dezenas” de novos alvos no Líbano contra a milícia xiita radical libanesa Hezbollah neste domingo, 29, dois dias após matar o chefe do movimento pró-iraniano, Hasan Nasrallah. A aviação militar israelense “atacou dezenas de alvos terroristas em território libanês nas últimas horas”, informou um porta-voz militar no Telegram. Ele especificou que os ataques tiveram como alvo locais de lançamento de foguetes contra Israel, edifícios militares e depósitos de armas.
A Força de Defesa israelense, desde sábado, 28, “bombardeou centenas de alvos terroristas do Hezbollah no Líbano”, acrescentou o porta-voz. Na última sexta-feira (27) um ataque aéreo de Israel matou Hasan Nasrallah, líder da milícia radical. Os líderes israelenses estavam cientes de seu paradeiro havia meses e decidiram atacá-lo na semana passada porque acreditavam ter apenas uma pequena janela de oportunidade antes de o líder do Hezbollah desaparecer em outro local, segundo três altos funcionários da defesa israelense.
Aniquilação da cadeia de comando do Hezbollah
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram neste domingo, 29, ter matado outros 20 altos oficiais do Hezbollah, de diferentes patentes, quando mataram Hasan Nasrallah em um bobmardeio à sede da milícia radical xiita na sexta-feira. Além de Nasrallah, algumas das lideranças incluem Ali Karaki, líder da frente sul da milícia xiita libanesa. As IDF também afirmam ter matado Ibrahim Hussein Jazini, chefe da unidade de segurança de Nasrallah, e Samir Tawfiq Dib, que as IDF descrevem como “confidente e conselheiro de longa data de Nasrallah”. Segundo os militares israelenses, a sede do Hezbollah estava incorporada sob vários prédios civis.
Os militares israelenses também afirmaram nas redes sociais que teriam “eliminado” quase toda a cadeia de comando do grupo extremista. De acordo com o exército israelense, mais de 20 membros do Hezbollah morreram no bombardeio de sexta-feira contra o quartel-general do grupo extremista libanês em Beirute Em resposta, o Hezbollah afirmou que continuaria lutando contra Israel, e continuou a disparar foguetes contra o país.
Ataque a rebeldes houthis
Israel lançou ataques aéreos contra usinas de energia e um importante porto marítimo no Iêmen para atingir os rebeldes houthis apoiados pelo Irã. As Forças Aéreas de Israel informaram neste domingo, 29, em um comunicado postado no X, que “em uma operação aérea de grande escala, dezenas de aeronaves, incluindo caças, aviões de reabastecimento e inteligência atacaram alvos militares do regime terrorista Houthi nas áreas de Ras Issa e Hodeidah no Iêmen”. “A FDI atacou usinas de energia e um porto marítimo, que são usados para importar petróleo”. A agência de notícias Houthi divulgou um comunicado respondendo à “agressão israelense em Hodeidah”, dizendo: “A frente de apoio iemenita não vai parar, nossos ataques contra o inimigo sionista não vão parar”.
O ataque acontece após os houthis terem disparado mísseis contra Israel durante os últimos dois dias, e intensifica os conflitos no Oriente Médio. Os houthis são rebeldes iemenitas, que pertencem à minoria xiiita do país, e são financiados pelo Irã com armas e apoio militar e logístico. Eles fazem parte do chamado eixo da resistência liderado por Irã, que inclui o Hamas e o Hezbollah. “Ao longo do último ano, os Houthis têm operado sob a direção e o financiamento do Irã, e em cooperação a milícias iraquianas, a fim de atacar o Estado de Israel, prejudicar a estabilidade regional e interromper a liberdade global de navegação”, afirmaram os militares israelenses em comunicado oficial.
Em meados de setembro, o grupo havia feito um ataque de míssil ao centro de Israel, em apoio aos palestinos. À época, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia afirmado que os houthis pagariam um preço alto pelo ataque. Israel tem feito uma série de ataques a outros países do Oriente Médio nas últimas semanas. No sábado, por exemplo, o país já havia anunciado a morte de Sayyed Hassan Nasrallah, número 1 e principal rosto do Hezbollah, que comandava o grupo extremista no Líbano desde 1992.
Jovem Pan com informações do Estadão Conteúdo
MUNDO DAS GUERRAS > Após discurso de Netanyahu na ONU, Israel ataca quartel-general do Hezbollah em Beirute
Porta-voz das Forças Armadas israelenses revelou que o principal alvo era o líder do grupo terrorista, Hassan Nasrallah, que teria conseguido escapar ileso
O Exército de Israel lançou um ataque direcionado ao quartel-general do Hezbollah, localizado em Dahiyeh, um subúrbio de Beirute. O contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz das Forças Armadas israelenses, revelou que o principal objetivo da operação era o líder do grupo, Hassan Nasrallah, que, segundo informações, conseguiu escapar ileso. O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, expressou sua indignação, afirmando que Israel desconsidera os apelos internacionais por um cessar-fogo. Hagari argumentou que a sede do Hezbollah foi estrategicamente construída sob edifícios residenciais, o que, segundo ele, coloca a população civil em risco, servindo como um escudo humano. O porta-voz defendeu a ação militar como uma medida necessária para garantir a segurança do povo israelense.
De acordo com uma fonte ligada ao Hezbollah, os ataques resultaram na destruição de seis edifícios. O ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, relatou uma “dizimação completa” de quatro a seis prédios residenciais, alertando que muitas pessoas podem estar presas sob os escombros, aumentando a preocupação com o número de vítimas. Após o ataque, a Defesa Civil libanesa mobilizou suas equipes de emergência para a área afetada, onde o estrondo foi descrito como ensurdecedor e uma densa nuvem de fumaça tomou conta do local. As operações de resgate estão em andamento. Em uma advertência clara, Netanyahu também direcionou suas palavras ao Irã. “Se o Irã nos atacar, atacaremos de volta”, afirmou o premiê, enfatizando que Israel tem a capacidade de atingir qualquer local no território iraniano. Ele também destacou que os ataques israelenses no Líbano só cessarão quando todos os objetivos militares forem alcançados, indicando a continuidade das operações na região.
MUNDO DAS GUERRAS > Ucrânia alerta contra ‘ações hostis’ após denunciar concentração de tropas de Belarus na fronteira
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia divulgou informações sobre a presença de um número significativo de tropas e equipamentos militares de Belarus na fronteira com a Ucrânia. Segundo o comunicado, essa movimentação ocorre sob a justificativa de exercícios militares, com a presença de tanques, artilharia e sistemas de defesa aérea na região de Gomel. Embora Belarus não esteja oficialmente envolvido no conflito, o país, que é aliado da Rússia, permite que seu território seja utilizado por forças russas. O governo da Ucrânia fez um apelo a Belarus, alertando sobre os riscos de seguir ordens de Moscou e solicitando a retirada das tropas posicionadas na fronteira. De acordo com a Jovem Pan, além disso, as autoridades ucranianas enfatizaram que os exercícios militares realizados na área representam um risco à “segurança global”, especialmente devido à proximidade da central nuclear de Chernobyl. Essa situação se agrava após a Ucrânia ter realizado uma incursão na região russa de Kursk, onde o presidente Volodymyr Zelensky anunciou que as forças ucranianas avançaram três quilômetros e conquistaram o controle de mais dois vilarejos. A concentração de tropas belarussas na fronteira é vista como uma manobra que pode intensificar as tensões na região, levando a um aumento das preocupações sobre a estabilidade e a segurança na Europa Oriental. O governo ucraniano continua monitorando a situação de perto, ciente das implicações que essa movimentação pode ter para o conflito em curso.
MUNDO DAS GUERRAS > Zelensky critica Brasil e China por propostas de paz insatisfatórias
Durante sua participação na Assembleia-Geral da ONU, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez críticas ao Brasil e à China, acusando-os de facilitar a continuidade da guerra promovida por Vladimir Putin. Ele expressou sua insatisfação com propostas de paz que, segundo ele, desconsideram os interesses da Ucrânia e levantou questionamentos sobre as verdadeiras motivações de Brasil e China ao buscarem apoio internacional. Zelensky já havia manifestado sua desaprovação em relação a um plano de paz apresentado pelos dois países em maio, argumentando que tal proposta não estava alinhada com os princípios estabelecidos pela ONU. Desde o início do conflito em 2022, o presidente ucraniano tem defendido sua própria fórmula de paz em diversos discursos na organização.
Além das críticas às iniciativas de paz, o líder ucraniano também alertou sobre os planos da Rússia de atacar usinas nucleares na Ucrânia, enfatizando o potencial risco de um desastre nuclear. Essa preocupação se soma ao fato de que, desde o início da guerra, a Ucrânia já enfrentou a perda de aproximadamente 80% de sua infraestrutura elétrica.
MUNDO DAS GUERRAS > Ucrânia confirma que ‘Plano de Vitória’ pedirá convite formal de adesão à Otan
O chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, confirmou de Nova York, nesta terça-feira (24), que a aspiração de seu país de ingressar na Otan está incluída no chamado “Plano de Vitória” que o presidente Volodmir Zelenski apresentará aos Estados Unidos e demais aliados. “Durante meu discurso no Conselho de Relações Internacionais em Nova York, observei que o Plano de Vitória contém componentes militares e diplomáticos. O convite da Otan à Ucrânia faz parte do Plano de Vitória”, escreveu Yermak em sua conta na rede social X. Yermak também pediu para que os países da Aliança “não deem atenção às ameaças de escalada da Rússia” no caso da adesão da Ucrânia, que até agora não conseguiu obter o compromisso firme que buscava de que seria admitida como membro da Otan.
A inclusão dessa solicitação no “Plano de Vitória” – uma lista de propostas para fortalecer a posição da Ucrânia que Zelensky apresentará na sexta-feira ao presidente dos EUA, Joe Biden, antes de repassá-la aos outros parceiros de Kiev — foi revelada por vários veículos de comunicação citando fontes familiarizadas com o documento. “Peço aos nossos aliados que aumentem e acelerem a entrega de pacotes de assistência militar”, disse Yermak na conferência, que ocorre às margens da Assembleia Geral da ONU em Nova York, de acordo com um comunicado do gabinete presidencial ucraniano.
MUNDO DAS GUERRAS > Israel intensifica ofensiva na fronteira libanesa após bombardeio em Beirute
Aviões israelenses bombardearam o sul do Líbano neste sábado (21), aumentando os temores de uma guerra total, um dia depois de um bombardeio que matou 37 pessoas, incluindo terroristas do Hezbollah, em um subúrbio de Beirute. “Na última hora, lançamos um ataque em larga escala no sul do Líbano, depois de identificar os preparativos do Hezbollah para disparar contra o território israelense”, disse o porta-voz do Exército, Daniel Hagari, durante a noite, acrescentando que ‘dezenas de aviões da força aérea’ estavam envolvidos na operação.
Mais cedo, Israel disse que tinha como alvo “milhares de plataformas de lançamento de foguetes” na área “prontas para uso”. O movimento terrorista pró-iraniano Hezbollah anunciou que havia disparado dezenas de foguetes contra posições militares no norte de Israel – “cerca de 90”, de acordo com o exército israelense.
O Hezbollah abriu uma frente na fronteira com Israel há quase um ano, após o início da guerra na Faixa de Gaza, em apoio ao seu aliado islamista Hamas, no poder nesse território palestino.
A Defesa Civil de Gaza anunciou neste sábado que pelo menos 21 pessoas foram mortas em um bombardeio israelense contra uma escola onde os desabrigados estavam abrigados, mas que, segundo o Exército israelense, era usada como base por “terroristas”.
Conflitos dos últimos dias
O bombardeio de sexta-feira (20) no sul da capital libanesa, que deixou uma enorme cratera, atingiu uma área densamente povoada. O número de mortos, 37, incluindo três crianças, pode aumentar, pois “os destroços ainda estão sendo retirados” do prédio destruído, de acordo com o Ministério da Saúde.
“Estávamos em casa quando ouvimos um estrondo. Pensamos que a guerra havia começado”, disse Zeinab, uma dona de casa de 35 anos que pediu para ser identificada apenas pelo nome.
Uma fonte próxima ao Hezbollah disse que o ataque teve como alvo sua força de elite, a unidade Radwan, que estava realizando uma reunião em um porão, acrescentando que 16 de seus membros foram mortos. O Hezbollah disse que entre os mortos estavam Ibrahim Aqil, chefe da unidade, bem como Ahmed Mahmoud Wahbi, que estava encarregado das operações militares até o início deste ano.
A operação israelense de sexta-feira ocorreu após duas ondas de explosões de pagers e walkie-talkies usados por terroristas do Hezbollah, que entre terça e quarta-feira deixaram 39 pessoas mortas e quase 3.000 feridas em redutos da milícia no Líbano, segundo autoridades.
Israel não comentou os ataques, que ocorreram principalmente na periferia sul de Beirute, bem como no sul e no leste do Líbano, três redutos do Hezbollah. O chefe do grupo islamista, Hasan Nasrallah, no entanto, culpou o Hezbollah pelas explosões e prometeu “punição justa”.
A ONU disse que estava “profundamente preocupada” com a situação e conclamou “todas as partes a reduzir a escalada imediatamente” e “mostrar o máximo de contenção”. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, cancelou sua participação na Assembleia Geral da ONU em Nova York por causa, segundo ele, dos “horríveis massacres israelenses” no Líbano.
Escola que abriga refugiados é bombardeada
Após o bombardeio de sexta-feira perto de Beirute, Hagari, disse que a intenção não era provocar “uma ampla escalada na região”. Até agora, os principais objetivos de Israel têm sido a destruição do Hamas, no poder em Gaza desde 2007, e o retorno dos reféns ainda mantidos no território palestino.
A guerra de Gaza eclodiu em 7 de outubro de 2023, quando combatentes islâmicos mataram 1.205 pessoas no sul de Israel, a maioria civis, de acordo com uma contagem baseada em dados oficiais israelenses, que inclui reféns mortos ou mortos enquanto estavam em cativeiro em Gaza.
Dos 251 sequestrados durante a incursão islâmica, 97 ainda estão presos em Gaza, embora 33 deles tenham sido declarados mortos pelo exército israelense.
A ofensiva israelense em resposta a essa incursão matou pelo menos 41.391 palestinos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território, que a ONU considera confiáveis.
Na Cidade de Gaza, no norte, a Defesa Civil disse que um bombardeio na escola Al Zaytun C, que abrigava milhares de pessoas deslocadas, matou “21 pessoas, incluindo 13 crianças e seis mulheres”, uma delas grávida.
O exército israelense disse que “realizou um bombardeio contra terroristas que operavam dentro de um centro de comando e controle do Hamas na Cidade de Gaza”.
FONTE: JOVEM PAN